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Aplicativo de mensagens ajudou na realização de um projeto durante a pandemia

    Aplicativo de mensagens ajudou na execucao de um projeto durante

    No auge da pandemia de Covid-19, um aplicativo geral de mensagens foi decisivo para o seguimento e sucesso de um projeto de cultivo de mandioca, no município de Marabá, no sudeste do Pará. A experiência é relatada em publicação que conta uma vez que produtores familiares finalizaram a implantação de Unidades Demonstrativas (UDs) de dois sistemas de produção com a cultura da mandioca, recebendo informações técnicas, remotamente, por meio da rede social. E a produtividade média da raiz superou as expectativas.

    A cidade de Marabá é um importante polo do agronegócio paraense, e está localizada sobre 550 km de Belém, capital do estado. Com a enunciação do estado de pandemia em 2019 e a propagação da doença nos anos seguintes, a equipe do projeto MandioTec (Tecnologias para reunir valor e produção sustentável da mandioca por agricultores familiares da Amazônia), também iniciada naquele ano, teve paralisar as atividades presenciais. A iniciativa de gerar um grupo em um aplicativo de mensagens e dar perpetuidade às ações partiu dos próprios agricultores, conforme explica o pesquisador Raimundo Brabo.

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    Realizado no Pará pela Embrapa Amazônia Oriental, o MandioTec faz segmento do Projeto Amazônia Integrada (PiAmaz), financiado com recursos do Fundo Amazônia e operacionalizado pelo Banco Vernáculo de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A pesquisadora relata na publicação que nos primeiros meses de 2019 foi firmada uma parceria com a Associação dos Pequenos e Médios Produtores Rurais de Lagedo II, entidade com muro de século agricultores cadastrados na estação.

    Porquê segmento da parceria, foram realizadas diversas atividades práticas e teóricas, uma vez que cursos, dia de campo e instalação de experimentos, presencialmente, no período de 11 de junho de 2019 a 19 de fevereiro de 2020, quando o seguimento físico precisou ser interrompido , atendendo às orientações sanitárias da estação.

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    Saiba mais sobre tecnologias

    Trio de Produtividade da Mandioca – é um processo pedagógico desenvolvido para facilitar o entendimento e adoção de tecnologias pelos agricultores familiares, formado por três componentes que mais impactam na produtividade da mandioca: seleção e namoro reto da semente de mandioca, plantio no espaçamento de 1 mx 1 controle de vegetalidade daninhas nos primeiros 150 dias de cultivo da mandioca.

    Sistema Bragantino – A tecnologia dispensa o uso do queimação no preparo da dimensão para o plantio e visa o cultivo contínuo na mesma dimensão, com até três safras por ano, em rotação e consórcio de feijão-caupi com mandioca, milho ou arroz, em substituição de monocultivo de mandioca, uma vez que
    opção ao protótipo tradicional utilizado pelos agricultores

    A subida produtividade de raízes nos experimentos incentivou os agricultores

    Segundo o exegeta Moisés Modesto, gerente técnico da MandioTec, a subida produtividade nos experimentos animou os produtores, e isso motivou a geração do grupo de mensagens para que as atividades de transferência de tecnologia e boas safras não acabassem durante a pandemia.

    O exegeta explicou que foram instalados um totalidade de 8 experimentos entre Unidades de Mostra, Unidades de Reparo de duas tecnologias sociais campeãs de produtividade: o Trio de Produtividade e o Sistema Bragantino.

    Os agricultores receberam orientações técnicas presenciais desde o preparo do solo, plantio, tratos culturais, adubação e colheita, que foram realizadas durante os 12 meses do ciclo da cultura.

    Nas primeiras safras, os experimentos registraram média entre 30 e 40 toneladas de raízes por hectare/ano, o duplo da média estadual. Outra novidade que chamou a atenção dos produtores foi a possibilidade de diversificação de produtos e, com isso, aumento de renda e segurança nutrir, com o consórcio de outras culturas, uma vez que milho, feijoeiro, jerimum e até melancia, conforme preconiza o Sistema Bragança. . .

    Em muro de um ano e meio de seguimento virtual, foram realizados 1.381 e os resultados são colhidos até hoje, mais de um ano em seguida o término das atividades.

    A MandioTec fortaleceu a tradição da cultura da mandioca na comunidade

    A comunidade de Lagedo II já foi uma das maiores produtoras de mandioca do sudeste paraense, uma vez que lembra o cultivador e técnico agrícola Arlei Petrônio Martins da Silveira, um dos entusiastas do projeto e integrante do grupo de mensagens divulgado na publicação.

    O produtor comentou que a atividade começou a desabar em 2009, com a degradação do solo e a falta de entrada a tecnologias, levando várias famílias de produtores a abandonarem o cultivo da mandioca. Por isso, conta o produtor, a chegada da MandioTec foi recebida com muita alegria na região. “Podemos voltar às nossas raízes”, comentou Arlei.

    Animação que trouxe resultados, pois já nos primeiros anos do projeto Arlei registrou uma das maiores produtividades registradas na MandioTec, com 80 ton/ha/ano.

    Para Arlei, que continua aumentando a produtividade com o conhecimento adquirido, a MandioTec proporcionou uma mudança totalidade na forma de produção, pois até portanto ainda era geral o sistema de derrubada e queima, sem sementes de qualidade, nem conhecimento de técnicas adequadas de espaçamento, limpeza tempo e demais tratos culturais recomendados pelo sistema de Bragança e pelo trio da produtividade. “Para mim foi um divisor de águas, pois consegui passar de 15 toneladas para 80, usando o trio de produtividade e de 15 para 30 toneladas, no sistema Bragantino, o que ainda me garantiu subida produtividade em milho, feijoeiro, jerimum e melancia” , comemorou.

    Comunidade ganha moradia de farinha

    O presidente da Associação dos Produtores do Lagedo II, Ronildo Timóteo, também é outro entusiasta da Mantioteca. Ele conta que com o projeto vislumbrou a diversificação da produção e hoje colhe melancia nas entrelinhas do sistema agroflorestal implantado na propriedade.

    Mas os ganhos não pararam por aí, e a expectativa é conseguir posicionar a comunidade de Lagedo II novamente uma vez que grande produtora da raiz no município.

    Isso porque, com base nos conhecimentos adquiridos com o projeto, a associação se sentiu fortalecida, concorreu e ganhou uma moradia de farinha mecanizada, por meio de parceria com a prefeitura de Marabá. “A moradia de farinha será instalada ainda levante ano e com as tecnologias trazidas pela Mandiotec vamos incentivar o cultivo da raiz não só na comunidade, mas também comprar mandioca de outras comunidades, fortalecendo toda a masmorra da região”, afirma o gerente da associação.

    Fonte: Agro