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Algodão requer cuidados

    Algodao requer cuidados

    Com projeção estimada em cerca de 3 milhões de toneladas para a safra 2022/2023, o que representa um aumento de 17,6% em relação ao ano anterior, a expansão das áreas de cultivo de algodão no Brasil tem sido significativa nos últimos anos. Regiões como Mato Grosso, Bahia, Goiás e Minas Gerais se destacam na produção nacional.

    Como toda e qualquer atividade agrícola, a cotonicultura requer cuidados específicos quanto às técnicas de colheita, beneficiamento e armazenamento. Também está sujeito a variações de temperatura e umidade, desde o plantio e colheita até o beneficiamento e industrialização. Portanto, a colheita do algodão é uma etapa crucial. Deve ocorrer no momento certo, quando as cápsulas de algodão estiverem maduras. Esse momento é importante para garantir a qualidade da fibra e o rendimento da lavoura.

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    Cortar – Em meados da safra 2022/2023, os produtores esperam que não haja chuva significativa na reta final da safra, pois o teor de umidade do algodão é fator essencial no manejo da colheita e também no beneficiamento.

    A Portaria 55/1990 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) recomenda que para o armazenamento convencional o percentual de umidade para o algodão em caroço seja de 12% e para o algodão em pluma (fardo) de 10%. O produto que não estiver dentro desses limites poderá estar sujeito a descontos. “Recomendamos que o produtor fique atento ao clima e também à umidade das cápsulas nos dias que antecedem a colheita”, explica o agrônomo Roney Smolareck, da Loc Solution, representante da marca Motomco de medidor de umidade.

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    Segundo ele, é necessário, portanto, controlar a umidade em todos os locais por onde o algodão, seu caroço e suas penas passam ou são colocados para evitar a deterioração em alta velocidade e intensidade.

    Fácil de usar e com resultados precisos, o Medidor de Umidade de Algodão 999CT tem o melhor método para mostrar a quantidade percentual de umidade no algodão. O dispositivo foi desenvolvido em duas escalas de medição – núcleo e pena. Possui princípio de medição baseado em resistência elétrica e interface com teclado de membrana e display LCD. Confira no vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=IcuyH4r1Qeg&t=2s

    Segundo Roney Smolareck, o aparelho pode ser usado diariamente para monitorar a umidade da lavoura. “Por se tratar de uma cultura sensível, é importante que a colheita comece e termine com a umidade da pluma dentro do percentual tolerável recomendado pelo Mapa. Ou seja, deve-se evitar os extremos com limites máximo de 12% e mínimo de 6%. “De forma muito simples, é possível saber exatamente o teor de umidade da cápsula ao usar o aparelho”, diz Smolareck.

    Indústria – A cotonicultura nacional atinge anualmente níveis exorbitantes, colocando o Brasil entre os maiores produtores e exportadores de algodão do mundo. Mas só é possível atingir altos valores em termos de produtividade e rendimento de penas, por meio do potencial genético e manejo da cultura adaptados aos biomas brasileiros. Todo esse potencial justifica o investimento em boas práticas e tecnologias de ponta para colheita e enfardamento.

    O enfardamento é uma etapa essencial na produção agrícola, proporcionando benefícios em termos de transporte e armazenamento.

    Samantha Mendes, especialista em mercado e desenvolvimento de produtos da Tama Brasil, empresa líder no mercado de enfardamentos agrícolas, explica que a Tama produz filme de polietileno, 100% reciclável, com proteção contra raios UV para enfardamento, desenvolvido exclusivamente para máquinas John Deere. O Tamawrap foi desenvolvido para a CP (Colhedora de Algodão) e possui 2 linhas de produtos: Linha Premium nas cores Amarelo e Rosa e Linha Value, na cor Azul Céu.

    As diversas tecnologias embutidas no filme da Tama (Tamawrap), desenvolvido entre a empresa e a John Deere, permitem que o fardo fique muito robusto, protegido das intempéries. “Nosso fardo pode ficar no campo por até 6 meses, com garantia, e até um ano no algodoeiro, podendo ser movimentado várias vezes sem sofrer danos ou perdas”, explica Samantha.

    O processo de enfardamento permite padronizar as dimensões, já que o peso depende da umidade do algodão colhido. “Nossos fardos protegem o algodão contra danos mecânicos e sujeira, chuva e intempéries, garantindo que o produto chegue ao destino em boas condições”, afirma Samantha. Outro aspecto relevante para garantir a manutenção da qualidade é enfardar o algodão quando a umidade estiver em nível adequado. O especialista destaca que, durante o beneficiamento, o algodão passa por um processo de limpeza para retirada de impurezas, como folhas, galhos, entre outros. Uma vez livre de impurezas e folhas, o núcleo é separado da pluma.

    Após o beneficiamento, a pena é prensada e colocada em fardos de 225 quilos, seguindo a padronização da comercialização. Os fardos são compostos de algodão em pluma, e armazenados em locais apropriados, até chegarem ao seu destino no mercado externo ou nacional – para os Portos ou para a indústria têxtil local.



    Fonte: Agro