o abate de porco no Brasil atingiu 14,07 milhões de cabeças entre abril e junho deste ano. O total, recorde na série histórica iniciada em 1997, representa um aumento de 7,2% em relação ao mesmo período de 2021, e de 3% em relação ao primeiro trimestre de 2022.
Ainda no segundo trimestre deste ano, o abate de bovinos totalizou 7,38 milhões de cabeças sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária.
Isso significa um aumento de 3,5% em relação ao mesmo período de 2021 e de 5,7% em relação ao primeiro trimestre de 2022.
Os dados, que fazem parte das Estatísticas da Produção Pecuária, foram divulgados hoje (6), no Rio de Janeiro, pela Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O supervisor de indicadores pecuários do IBGE, Bernardo Viscardi, disse que a proteína suína é um substituto da carne bovina, que teve seu consumo reduzido desde 2020 devido à alta dos preços.
Para ele, fatores externos ajudam a explicar porque cerca de 81,3% da produção de suínos permaneceu no mercado interno no período pesquisado.
“Nos últimos anos, a exportações estavam em alta, especialmente para China. Após o controle da peste suína africana e a substituição do rebanho chinês, as exportações sofreram uma redução considerável.
Outros destinos aumentaram as importações, mas não conseguiram compensar a desaceleração da demanda chinesa”, explicou.
No abate de bovinos, segundo Viscardi, houve o segundo trimestre consecutivo de aumento após um período de baixa, principalmente no abate de fêmeas, que, desde o final de 2019, vinha sendo poupado para atividades reprodutivas. “A recente desvalorização dos bezerros parece estar levando a um maior descarte de fêmeas. Também é relevante considerar que a carne de fêmeas, principalmente de novilhas, está sendo mais demandada pelo mercado externo”, disse.
Os dados indicaram um grande aumento na participação do estado de São Paulo face ao mesmo período do ano anterior, com um acréscimo de cerca de 163 mil cabeças. “Aparentemente, parte do abate realizado em Mato Grosso e Goiásque teve problemas com embargos devido ao mercado chinês e reduziu suas escalas de abate no período, foi transferido para os frigoríficos de São Paulo”, observou o analista.
Frango
O número de cabeças de frango abatidas entre abril e junho ficou em 1,50 bilhão. O volume significa quedas de 1,4% em relação ao mesmo período de 2021 e de 2,7% em relação ao primeiro trimestre de 2022. Mesmo com a retração, o mês de maio apresentou o melhor resultado de toda a série histórica, iniciada em 1997.
“As exportações de aves foram recorde no trimestre, influenciadas pelo conflito na Ucrânia, que também é importante fornecedora dessa proteína, e pela ocorrência de surtos de gripe aviária em produtores do hemisfério norte”, acrescentou o supervisor do IBGE.
Leite
De acordo com a pesquisa, a aquisição de leite entre abril e junho teve o pior resultado desde 2016. Foram 5,40 bilhões de litros comprados, queda de 7,6% em relação ao mesmo período de 2021.
De acordo com o analista, o setor de laticínios tem dificuldade em repassar os custos da cadeia produtiva ao consumidor final.
“O preço do leite sofreu um aumento considerável no período, mas, mesmo assim, não conseguiu compensar os custos de alimentação complementar dos rebanhos e outras despesas como energia e medicamentos”, explicou.
Além disso, fatores climáticos contribuíram para os resultados. “A escassez de chuvas nos estados do Centro-Sul no primeiro trimestre comprometeu a qualidade da silagem utilizada para complementar a alimentação animal durante o período tipicamente seco do segundo trimestre.”
Ovos
Com 998,82 milhões de dúzias, a produção de ovos de galinha no segundo trimestre de 2022 foi a maior já registrada para aquele período desde o início da série histórica.
O levantamento também indicou que, entre as unidades da Federação, o estado de São Paulo continuou sendo o maior produtor, com 27,3% da produção nacional, seguido por Minas Gerais (9,2%) e Paraná (9,1%).
Couro
A Pesquisa Trimestral de Couros revelou que os curtumes analisados receberam 7,49 milhões de peças no segundo trimestre do ano, o que representa uma queda de 0,9% em relação ao mesmo período de 2021 e um aumento de 5,1% em relação ao 1º trimestre. trimestre de 2022.
Procurar
Segundo o IBGE, a Pesquisa Trimestral de Abates de Animais fornece “informações sobre o número total de cabeças abatidas e o peso total de carcaças para as espécies de bovinos (touro, vaca, novilho e novilha), suínos e frangos, tendo como unidade a estabelecimento que realiza o abate sob fiscalização sanitária federal, estadual ou municipal. A periodicidade da pesquisa é trimestral e, para cada trimestre do ano civil, os dados são desagregados mês a mês”.
O IBGE destacou ainda que, para atender às solicitações dos usuários de acesso mais rápido às informações sobre a situação da pecuária, a partir do primeiro trimestre de 2018, começaram a ser divulgados os Primeiros Resultados da Pesquisa Trimestral de Abate de Animais para o Brasil. , a título provisório. Eles estão disponíveis aproximadamente um mês antes do lançamento dos Resultados Completos.
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