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A Importância da Organização: Como Fazer

Sumário

1. Introdução

2. Mastite contagiosa e sua transmissão durante a ordenha

2.1. O impacto econômico da mastite

2.2. Agentes causadores da mastite contagiosa

3. Importância da linha de ordenha na prevenção da mastite contagiosa

3.1. Indicadores do rebanho

3.2. Passos para uma boa linha de ordenha

4. A importância dos colaboradores no processo de ordenha

Introdução

A ordem com que as vacas são ordenhadas, conhecida como linha de ordenha, é fundamental para a saúde do úbere e a qualidade do leite. Neste artigo, abordaremos a importância da linha de ordenha na prevenção da mastite contagiosa, uma das principais doenças nos rebanhos leiteiros. Exploraremos os impactos econômicos da mastite e os agentes causadores, além de fornecer orientações para estabelecer uma boa linha de ordenha. Também discutiremos o papel dos colaboradores no processo de ordenha e a importância do alinhamento entre eles.

A ordem com que as vacas são ordenhadas, o que é conhecido como linha de ordenha, se refere a uma sequência específica com que os grupos ou lotes de animais passam pela ordenha, o que pode variar de acordo com a fazenda e das condições de saúde do rebanho.

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Isso é importante por diversas razões, mas principalmente quando pensamos na saúde do úbere e consequentemente na qualidade do leite, tendo em vista que o principal objetivo é fazer com que vacas doentes não contaminem vacas sadias.

Nesse artigo iremos tratar a importância da realização da linha de ordenha, evidenciando os principais impactos que isso pode ter na saúde do úbere por ser usada como uma estratégia de controle da mastite contagiosa, além de trazermos pontos que devem ser levados em consideração para ordenar os animais na ordenha.

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Mastite contagiosa e sua transmissão durante a ordenha

Sabemos que a mastite é uma das principais doenças nos rebanhos leiteiros e que essa enfermidade é um processo inflamatório da glândula mamária, causada geralmente por bactérias, o que gera grandes perdas econômicas para uma fazenda.

Estudos relatam que pode haver até 30% de perda de produtividade devido à mastite, além da desvalorização do leite pela Contagem de Células Somáticas (CCS) alta.

Exemplo de bonificação e penalização por CCS e CBT, mostrando que quanto mais alto os resultados, maior é o desconto no preço do leite. Fonte: Danilo Cavalcanti Gomes

Um grande problema presente nas fazendas é a mastite contagiosa, que rapidamente pode se espalhar pelo rebanho, trazendo grandes prejuízos econômicos.

Os agentes mais comuns são Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae, os quais na maioria das vezes podem não apresentar manifestação clínica, o que dificulta o diagnóstico nos rebanhos.

Em sua maioria, sua transmissão ocorre durante a ordenha, com o uso da mesma ordenhadeira em uma vaca contaminada e depois em uma vaca sadia, contaminando-a.

Dessa forma, quando é realizado o diagnóstico de agentes contagiosos, já se tem um grande número de animais contaminados.

Para identificar e combater a mastite contagiosa, deve-se ficar atento aos indicadores do rebanho. A realização do exame de CCS individual é um grande aliado no combate à mastite contagiosa, visto que traz o resultado de cada animal, possibilitando que os animais de CCS alta sejam avaliados com maior atenção.

No caso da mastite contagiosa, pode-se observar na fazenda uma alta taxa de novos casos de mastite a cada mês, bem como animais com mastite crônica, o que pode ser indicativo de contaminação de agentes contagiosos de um animal para outro.

Pensando então em reduzir e controlar casos de mastite no rebanho, a prática mais utilizada é a linha de ordenha, a qual consiste em determinar de forma estratégica uma ordem dos lotes de animais para evitar que os animais contaminados contaminem as vacas sadias.

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Como ter uma boa linha de ordenha?

Para uma boa linha de ordenha, alguns passos devem ser seguidos:

1. Identificar os animais com CCS acima de 200 mil

O comparativo do CCS entre meses é de grande ajuda para se ter o comportamento desses agentes no rebanho, observando a prevalência (número de vacas com CCS alta em relação ao rebanho) e a incidência (número de novos casos de CCS alta no rebanho) nos animais.

Com isso, tem-se um mapeamento da saúde do úbere do rebanho, podendo determinar quais animais possuem mastite subclínica.

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2. Cultura bacteriana dos animais com CCS alta

É de extrema importância determinar os agentes presentes no rebanho.

Agentes como Streptococcus agalactiae são de rápida transmissão, mas de fácil tratamento. Isso dá oportunidade à fazenda de retirar o agente de seu rebanho com a utilização de antibioticoterapia.

Já no caso de Staphylococcus aureus, estratégias devem ser pensadas, visto que essa bactéria possui uma baixa resposta à antibioticoterapia, o que pode levar a uma mastite crônica nos animais. Sua eliminação dos rebanhos é muito difícil, principalmente em multíparas, o que leva muitos produtores a descartar animais infectados por esse agente.

3. Redivisão dos lotes

A separação dos animais em lotes facilita o manejo e evita erros. Uma divisão recomendada seria a seguinte:

  1. Vacas primíparas sem mastite.
  2. Vacas multíparas que nunca tiveram mastite.
  3. Vacas que já tiveram mastite, mas foram curadas.
  4. Vacas com mastite subclínica.
  5. Vacas com mastite clínica.

Entretanto, sabemos que realizar a divisão dessa forma pode não ser uma realidade na maioria das fazendas leiteiras, mas isso não pode inviabilizar que uma linha de ordenha seja instituída sempre preconizando que primíparas sadias sejam ordenhadas primeiro e as vacas que compõe o lote de mastite clínica ou tratamento sejam as últimas a passarem pela ordenha.

No caso de fazendas com Staphylococcus aureus, onde o descarte desses animais não é possível, é prudente fazer um lote apenas com esses animais, retirando o agente do rebanho aos poucos, utilizando a contaminação pelo agente como um critério para descarte dos animais.

4. Alinhamento com os colaboradores a ordem dos lotes

Os colaboradores da fazenda desempenham um papel fundamental na realização da linha de ordenha e para o sucesso da operação.

Tendo em mente a experiência e conhecimento sobre o manejo de ordenha, o que inclui entender o funcionamento dos equipamentos de ordenha e os procedimentos adequados que as pessoas que trabalham na ordenha possuem, ter alinhamento sobre a importância da realização da linha de ordenha é essencial.

Essas pessoas serão responsáveis pela observação dos animais, garantia de higiene e qualidade do leite, registro de dados, como por exemplo a presença de grumos, além de identificar e segregar esses animais e determinar tratamentos.

Vacas durante a ordenha

Animais durante a ordenha. Fonte: Acervo Rehagro

Após a instalação do novo manejo, a linha de ordenha, deve-se acompanhar as mudanças de CCS e as culturas bacterianas frequentemente, para remanejar animais curados e novas infecções, podendo atingir os melhores resultados com o novo manejo.

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Julia Mattoso - Equipe Leite Rehagro

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A importância da ordem de ordenha na saúde do úbere e na qualidade do leite

Introdução

A ordem com que as vacas são ordenhadas, ou seja, a linha de ordenha, é um processo fundamental na pecuária leiteira. A maneira como os grupos ou lotes de animais passam pela ordenha pode variar de acordo com a fazenda e as condições de saúde do rebanho. Neste artigo, iremos discutir a importância dessa prática, destacando os principais impactos na saúde do úbere e no controle da mastite contagiosa.

A mastite contagiosa e sua transmissão durante a ordenha

A mastite é uma das principais doenças que afetam os rebanhos leiteiros, causando inflamação na glândula mamária e resultando em perdas econômicas significativas para a fazenda. A mastite contagiosa é um grande problema, pois pode se espalhar rapidamente pelo rebanho, causando prejuízos ainda maiores.

Os agentes causadores mais comuns são o Staphylococcus aureus e o Streptococcus agalactiae. Eles muitas vezes não apresentam sintomas clínicos, o que dificulta o diagnóstico nos rebanhos. A transmissão desses agentes ocorre durante a ordenha, quando a mesma ordenhadeira é utilizada em vacas contaminadas e, em seguida, em vacas saudáveis, provocando a contaminação.

Para combater a mastite contagiosa, é fundamental identificar os indicadores de saúde do rebanho. O exame de CCS individual é uma ferramenta importante nesse processo, pois permite avaliar os animais com alta contagem de células somáticas e adotar medidas específicas para esses casos.

Importância da linha de ordenha na prevenção da mastite contagiosa

A prática da linha de ordenha é essencial para reduzir e controlar os casos de mastite no rebanho. Através dessa estratégia, é possível prevenir a contaminação de vacas saudáveis por animais doentes. A seguir, apresentamos algumas orientações para estabelecer uma boa linha de ordenha:

1. Identificação dos animais com CCS acima de 200 mil: Monitorar a variação do CCS entre os meses ajuda a entender o comportamento da mastite no rebanho, identificando os animais com mastite subclínica.

2. Realização de cultura bacteriana nos animais com CCS alta: Determinar os agentes causadores presentes no rebanho é fundamental para adotar as medidas adequadas de controle. Alguns agentes podem ser tratados com antibióticos, enquanto outros exigem estratégias específicas.

3. Redivisão dos lotes: Separar os animais em lotes facilita o manejo e evita erros. Uma divisão recomendada inclui vacas primíparas sem mastite, vacas multíparas sem mastite, vacas que já tiveram mastite e foram curadas, vacas com mastite subclínica e vacas com mastite clínica.

4. Alinhamento com os colaboradores sobre a ordem dos lotes: Os colaboradores desempenham um papel fundamental na implementação e sucesso da linha de ordenha. É importante alinhar com eles a importância dessa prática e garantir que possuam o conhecimento e as habilidades necessárias para realizá-la corretamente.

Conclusão

A ordem de ordenha é um processo essencial na pecuária leiteira para garantir a saúde do úbere e a qualidade do leite. O controle da mastite contagiosa é uma das principais razões para adotar essa prática, evitando a contaminação de vacas sadias por animais doentes. Seguindo os passos mencionados acima, é possível estabelecer uma boa linha de ordenha e obter resultados positivos na prevenção e controle da mastite no rebanho.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Conclusão

A realização da linha de ordenha é fundamental para a saúde do úbere e a qualidade do leite. Evitar a contaminação de vacas sadias por vacas doentes é essencial para o controle da mastite contagiosa, uma das principais doenças nos rebanhos leiteiros. A transmissão da mastite geralmente ocorre durante a ordenha, quando uma vaca contaminada é ordenhada antes de uma vaca sadia, espalhando a infecção. A linha de ordenha estratégica, realizada de acordo com a condição de saúde dos animais, ajuda a reduzir e controlar os casos de mastite no rebanho.

Pergunta 1: Por que a ordem de ordenha é importante para a saúde do úbere e a qualidade do leite?

A ordem de ordenha é importante para evitar a contaminação de vacas sadias por vacas doentes, reduzindo os casos de mastite contagiosa.

Resposta: A ordem de ordenha é importante para evitar a contaminação de vacas sadias por vacas doentes, reduzindo os casos de mastite contagiosa.

Pergunta 2: Onde ocorre a transmissão da mastite contagiosa?

A transmissão da mastite contagiosa geralmente ocorre durante a ordenha, quando uma vaca contaminada é ordenhada antes de uma vaca sadia.

Resposta: A transmissão da mastite contagiosa geralmente ocorre durante a ordenha, quando uma vaca contaminada é ordenhada antes de uma vaca sadia.

Pergunta 3: Como identificar e combater a mastite contagiosa?

A realização do exame de CCS individual é um aliado no combate à mastite contagiosa, permitindo que os animais com CCS alta sejam avaliados com maior atenção. Além disso, é importante realizar a cultura bacteriana dos animais com CCS alta para determinar os agentes presentes no rebanho e adotar estratégias de tratamento adequadas.

Resposta: A realização do exame de CCS individual é um aliado no combate à mastite contagiosa, permitindo que os animais com CCS alta sejam avaliados com maior atenção. Além disso, é importante realizar a cultura bacteriana dos animais com CCS alta para determinar os agentes presentes no rebanho e adotar estratégias de tratamento adequadas.

Pergunta 4: Como ter uma boa linha de ordenha?

Para ter uma boa linha de ordenha, é importante identificar os animais com CCS acima de 200 mil, realizar cultura bacteriana desses animais, redividir os lotes de acordo com a condição de saúde dos animais e alinhar a ordem dos lotes com os colaboradores da fazenda.

Resposta: Para ter uma boa linha de ordenha, é importante identificar os animais com CCS acima de 200 mil, realizar cultura bacteriana desses animais, redividir os lotes de acordo com a condição de saúde dos animais e alinhar a ordem dos lotes com os colaboradores da fazenda.

Pergunta 5: Como acompanhar e ajustar a linha de ordenha?

Após a instalação da linha de ordenha, é necessário acompanhar as mudanças de CCS e realizar culturas bacterianas frequentemente para remanejar animais curados e identificar novas infecções. Isso permitirá atingir os melhores resultados com o novo manejo.

Resposta: Após a instalação da linha de ordenha, é necessário acompanhar as mudanças de CCS e realizar culturas bacterianas frequentemente para remanejar animais curados e identificar novas infecções. Isso permitirá atingir os melhores resultados com o novo manejo.

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