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Biocontrole na cafeicultura: principais estratégias.

    Controle biológico de pragas na cafeicultura: principais estratégias

    O mercado de insumos biológicos (controle biológico) cresce na ordem de 10 a 15% ao ano no mundo

    Identifique as seções principais:

    1. Microrganismos, parasitoides e predadores no controle biológico de pragas do café

    2. Por que os microrganismos são os produtos biológicos mais utilizados no Brasil?

    3. Onde adquirir os produtos biológicos?

    4. Controle biológico de pragas com bactérias e fungos entomopatogênicos

    5. Controle biológico de pragas com parasitoides

    6. Controle biológico de pragas com predadores

    Introdução:

    O mercado de insumos biológicos para o controle de pragas, conhecido como controle biológico, tem apresentado um crescimento significativo tanto no Brasil como no mundo. Os microrganismos, parasitoides e predadores têm sido amplamente utilizados para combater pragas agrícolas, sendo especialmente relevantes no cultivo do café. Neste artigo, exploraremos os principais agentes de controle biológico utilizados no controle de pragas do café e discutiremos suas vantagens e como adquirir esses produtos.

    O mercado de insumos biológicos (controle biológico) cresce na ordem de 10 a 15 % ao ano no mundo. No Brasil o controle biológico envolvendo macro e microrganismos vem crescendo 20% ao ano.

    Podem ser utilizados para o controle biológico de pragas do café:

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    • Microrganismos (fungos, bactérias e vírus);
    • Parasitoides;
    • Predadores.

    Os produtos biológicos mais utilizados no Brasil são os microrganismos como fungos, bactérias e vírus, pois são mais facilmente aceitos pelos produtores.

     

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    Muito provavelmente pessoas envolvidas com o agronegócio já utilizaram ou conhecem alguém que utilizou Trichoderma spp., Beauveria bassiana, Metarhizium spp., Baculovírus ou Bacillus spp.

    Os parasitoides são insetos minúsculos, pequenas vespinhas, que parasitam os ovos e larvas/lagartas de seus hospedeiros (pragas).

    Atualmente no Brasil, existem empresas que criam parasitoides para serem liberados em campo; na cultura da cana-de-açúcar por exemplo, em cerca de 3,5 milhões de hectares é liberado o parasitoide Cotesia flavipes (parasitoide de larvas) e em cerca de 2 milhões de hectares são tratados com Trichogramma galloi (parasitoide de ovos), ambos os parasitoides são utilizados para o controle da broca da cana (Diatraea saccharalis) (Parra et al., 2019).

    Ainda existem os predadores tais como vespas (marimbondos), percevejos, moscas, ácaros, joaninhas e crisopídeos. Esses insetos ocorrem naturalmente nas lavouras e podem auxiliar no controle de pragas.

    Qual o motivo da maior aceitação dos microbiológicos?

    A maior aceitação está ligada a forma de aplicação desses produtos, que é semelhante à aplicação dos produtos químicos tradicionais.

    Esses produtos ainda possuem um tempo de prateleira, podendo ser armazenados antes da utilização, o que proporciona uma boa logística nas propriedades agrícolas.

    Uma curiosidade em relação aos produtos biológicos é a forma de registro do produto. Ao contrário dos produtos químicos que são registrados por praga e por cultura, os produtos biológicos, de modo geral, são registrados apenas por praga e podem ser utilizados em qualquer cultura em que aquela praga ocorra.

    Onde adquirir os produtos biológicos? 

    Esses produtos podem ser comprados em cooperativas e casas agropecuárias. Caso em sua região não tenha essa possibilidade, ou o comércio local não trabalhe com esse tipo de produto, uma alternativa é entrar em contato via internet com as empresas do ramo de biológicos.

    Vale ressaltar que é muito importante adquirir esses produtos de empresas idôneas, e estar atento às condições de armazenamento dos mesmos.

    O grupo Rehagro possui uma empresa que trabalha com biológicos, a Biomip.

    Controle biológico de pragas com bactérias e fungos entomopatogênicos

    Os fungos, bactérias e vírus utilizados para realizar controle biológico são classificados como microbiológicos.

    No mercado brasileiro de insumos biológicos existem diversos fungos que são comercializados para as mais diversas pragas de várias culturas.

    Fungo Beauveria bassiana

    Especialmente para a cafeicultura, o fungo Beauveria bassiana tem sido bastante utilizado para o controle da broca do cafeeiro, e também para o controle de cochonilhas.

    Controle biológico sendo feito com fungo atacando a broca do café

    A – Fungo Beauveria bassiana atacando a broca do cafeeiro. (Foto: José Nilton).

    B- Fungo B. bassiana atacando cochonilha do cafeeiro. (Foto: Diego Baquião – Rehagro).

    Aplicação da Beauveria

    É recomendado aplicar nas horas mais frescas do dia, preferencialmente no final da tarde. Evitar aplicação em condição de temperatura acima de 27ºC ou na presença de ventos fortes (velocidade acima de 10 Km/hora), bem como com umidade relativa do ar abaixo de 70%.

    Se aplicar a Beauveria em dias secos o produto perderá totalmente a eficiência, pois a falta de umidade irá causar a morte do fungo, portanto se atente a esse aspecto!

    Para o controle dos nematoides que ocorrem no cafeeiro (Meloidogyne incognita, Meloidogyne paranaensis e Meloidogyne exigua), são vendidos produtos à base de bactérias (Bacillus licheniformis, Bacillus subtilis, Bacillus amyloliquefaciens) e de fungo (Paecilomyces lilacinus).

    Controle biológico de pragas com parasitoides

    Parasitóides são agentes de controle biológico classificados como macrobiológicos, uma outra forma de se referir aos parasitoides é inimigo natural.

    Ainda não existem parasitoides registrados comercialmente para o controle do bicho mineiro ou para a broca do cafeeiro, todavia, há várias pesquisas visando o controle biológico natural desta praga.

    Os parasitoides que são frequentemente encontrados nas lavouras de café parasitando o bicho mineiro são: Centistidea striata; Orgilus niger; Stiropius reticulatus, Closterocerus coffeellae, Horismenus aeneicolis, Proacrias coffeae e Cirrospilus sp. Esses insetos são pequenas vespinhas que medem cerca de 1 mm ou até menos. 

    Exemplos de parasitoides que controlam o bicho mineiro no café

    A – Centistidea striata, B –Orgilus niger, C –Stiropius reticulatus, D –Closterocerus coffeellae, E –Horismenus aeneicolis, F –Proacrias coffeae, G –Cirrospilus sp.

    Fonte: Marques (2017). (Fotos Kulian Basil Santa Cecília Marques).

    Como os parasitoides matam o bicho mineiro e a broca?

    Normalmente esses parasitoides matam a larva do bicho mineiro, veja o processo no desenho ilustrativo abaixo. 

    Exemplo do processo em que o parasitoide mata a larva do bicho mineiro.

    Desenho representativo do parasitismo da larva do bicho mineiro (Desenho: Elenice Apª Fortes).

    Os parasitoides que atacam a broca do cafeeiro são, a vespa de Uganda (Prorops nasuta) e a vespa da Costa do Marfim (Cephalonomia stephanoderis). Também são pequenas vespinhas que medem cerca de 5-6 mm. A vespa de Uganda parasita tanto a larva quanto a pupa da broca do cafeeiro.

    Vespa da Costa do Marfim e Vespa da Uganda - exemplos de parasitoides

    A -Vespa da Costa do Marfim Cephalonomia stephanoderis, B -Vespa da Uganda Prorops nasuta (Fonte: Portilla e Streeett, 2008).

    Exemplo do processo em que o parasitoide ataca a broca do cafeeiro.

    Desenho representativo do processo de parasitismo da broca do cafeeiro pela vespa da Vespa da Uganda Prorops nasuta (Desenho: Elenice Apª Fortes).

    Esses parasitoides que atacam o bicho mineiro e a broca do cafeeiro ocorrem naturalmente nas lavouras cafeeiras com manejo mais sustentável, que têm cultivos intercalares diversificados, que utilizam produtos seletivos ou que tenham matas próximas. Matas e cultivos intercalares servem como abrigo para os parasitoides, e são fonte de alimento.

    Outra informação importante é que os parasitoides são sensíveis a aplicação de inseticidas químicos, sendo assim, em áreas com aplicação frequente desses produtos se torna um local inadequado para a sua sobrevivência.

    Tratando da temática de diversificação do cultivo de café a fim de conservar e manter os parasitoides nas lavouras, Tomazella et al. (2022) relataram que a utilização de árvores arbóreas (abacate, mogno, teca, macadâmia e cedro) em cultivos cafeeiros, proporcionou maior abundância e riqueza de parasitoides, comparado a lavoura cultivada a pleno sol (Figura 6).

    Neste caso, além dos parasitoides contribuírem com a regulação do bicho mineiro, ainda é possível o produtor vender os produtos das árvores consorciadas (madeira e frutos).

    Espécies que podem ser plantadas próximas à lavoura de café

    Riqueza de espécies por tempo em todos os tratamentos com letras minúsculas apresentando diferença estatística segundo o teste de Scott-Knott a 5%.

    Todos os parasitoides apresentados são bons agentes de controle biológico para regular a população da broca e do bicho mineiro, porém atualmente a única forma de manter as populações desses insetos nas lavouras cafeeiras é implementando medidas sustentáveis; tornando o meio propício para sua sobrevivência.

    Nos últimos anos no Brasil tem crescido o mercado de liberação de parasitoides, neste caso, os insetos são criados em laboratórios e são liberados (milhares) nas lavouras por drone, como por exemplo, os parasitoides utilizados para o controle da broca da cana de açúcar.

    Porém, ainda não foi desenvolvida uma técnica com bom custo/benefício para criar em laboratório os parasitoides que controlam o bicho mineiro e a broca.

    Calendário agrícola do café

    Controle biológico de pragas com predadores

    Os predadores também são agentes de controle biológico classificados como macrobiológicos. São exemplos de predadores, os crisopídeos, vespas, moscas, percevejos, ácaros.

    Em relação aos percevejos e ácaros é importante ressaltar que existem aqueles que são considerados pragas (fitófagos), pois se alimentam de plantas e os considerados predadores, que se alimentam de outros insetos.

    Atualmente o predador mais estudado para a cafeicultura é o crisopídeo (Chrysoperla externa), também conhecido como bicho lixeiro. Esse inseto tem a capacidade de regular a população do bicho mineiro.

    Ainda não existe registro comercial desse predador para o controle do bicho mineiro, contudo, vários produtores realizam a liberação desses insetos nas lavouras cafeeiras.

    Além disso, o crisopídeo por ser um predador generalista, que se alimenta de diversos insetos e pequenos artrópodes, pode predar os ácaros e inclusive há relatos da sua atuação no controle da broca do café também, mas ainda são necessários mais estudos voltados a esse tema.

    Quem se alimenta da larva do bicho mineiro é a larva do crisopídeo, o inseto adulto se alimenta de pólen e néctar, por isso, para manutenção desse inseto na área é fundamental a presença de plantas que fornecem pólen e néctar, como por exemplo: trigo mourisco na entrelinha do cafeeiro, crotalária, etc. O adulto mede cerca de 12–16 mm.

    Exemplos de fotos do crisopídeo

    A -Adulto do crisopídeo (Foto: Gilson Pereira -Rehagro), B -Adulto do crisopídeo (Foto:  John Schneider), C – Larva do crisopídeo (Foto: John Schneider), D – Larva do crisopídeo (Foto: Gilson Pereira -Rehagro), E – Flor do trigo mourisco para manutenção dos crisopídeos em lavouras cafeeiras (Foto: Larissa Cocato -Rehagro)

    Controle biológico com ácaros predadores

    Nas lavouras cafeeiras podem ser encontrados ácaros predadores, ou seja, ácaros que se alimentam dos ácaros fitófago/praga (ácaro vermelho e ácaro da mancha anular).

    Esses ácaros pertencem às famílias Phytoseiidae, Tydeidae, Stigmaeidae e Cunaxidae.  Em campo, uma forma de diferenciar o ácaro predador do ácaro fitófago é pelo tamanho, o ácaro predador costuma ser maior, com pernas mais longas e se locomover mais rapidamente.

    Não existe atualmente um produto comercial com ácaros predadores para o controle dos ácaros do cafeeiro.

    Portanto, para a manutenção da população dos ácaros predadores nas lavouras, é importante adotar práticas sustentáveis (cultivo intercalar, preservação de fragmentos florestais adjacentes ao cafeeiro, utilizar produtos seletivos) e evitar o uso indiscriminado de acaricidas.

    De acordo com Fernandes (2013) o consórcio de crotalária, braquiária e cravo com o cafeeiro, é uma importante tática para promover o controle biológico conservativo de ácaros predadores. Pois em lavouras consorciadas foi registrada maior diversidade desses inimigos naturais.

    Conclusão

    O controle biológico tem ganhado grande expressividade nos últimos anos e está sendo utilizado na cafeicultura para o controle das principais pragas, o bicho mineiro e a broca.

    Para conseguir uma cafeicultura sustentável é fundamental o emprego do manejo integrado de pragas (MIP), ou seja, utilizar em conjunto as diversas formas para regular a população de determinada praga, conciliando o manejo químico, biológico, cultural e genético.

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    Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?

    O mercado de insumos biológicos, também conhecido como controle biológico, tem apresentado um crescimento significativo em todo o mundo. Estima-se que esse setor cresça anualmente entre 10% e 15% globalmente. No Brasil, o controle biológico, que envolve o uso de macro e microrganismos, tem crescido ainda mais rápido, com um aumento de cerca de 20% ao ano.

    No controle biológico de pragas do café, podem ser utilizados diferentes tipos de agentes biológicos, como microrganismos (fungos, bactérias e vírus), parasitoides e predadores. Dos agentes biológicos disponíveis, os microrganismos são os mais utilizados no Brasil, devido à sua maior aceitação pelos produtores. Fungos, bactérias e vírus são exemplos de microrganismos utilizados no controle biológico de pragas do café.

    No país, já é bastante comum encontrar produtores que utilizam ou conhecem alguém que utiliza microrganismos como Trichoderma spp., Beauveria bassiana, Metarhizium spp., Baculovírus ou Bacillus spp. Esses microrganismos têm mostrado eficácia no controle de pragas do café. Além disso, existem empresas no Brasil que criam parasitoides para serem liberados em campo. Um exemplo disso é a liberação do parasitoide Cotesia flavipes em plantações de cana-de-açúcar para o controle da broca da cana.

    Além dos microrganismos e dos parasitoides, existem também os predadores que podem auxiliar no controle de pragas do café. Vespas, percevejos, moscas, ácaros, joaninhas e crisopídeos são exemplos de predadores que ocorrem naturalmente nas lavouras e podem ajudar a controlar as pragas.

    Uma das principais razões para a maior aceitação dos agentes microbiológicos, como os microrganismos, é a forma de aplicação desses produtos, que é semelhante à aplicação de produtos químicos tradicionais. Além disso, esses produtos têm um tempo de prateleira, o que facilita o armazenamento e a logística nas propriedades agrícolas.

    É importante ressaltar que os produtos biológicos são registrados apenas por praga, ao contrário dos produtos químicos, que são registrados por praga e por cultura. Isso significa que os produtos biológicos podem ser utilizados em qualquer cultura em que ocorra a praga para a qual eles são registrados.

    Para adquirir os produtos biológicos, é possível encontrá-los em cooperativas e casas agropecuárias. Caso não haja essa possibilidade na região ou o comércio local não trabalhe com esses produtos, uma alternativa é entrar em contato com empresas do ramo de biológicos via internet. É importante adquirir esses produtos de empresas confiáveis e manter atenção às condições de armazenamento.

    O controle biológico de pragas do café também pode ser realizado com o uso de bactérias e fungos entomopatogênicos. Esses microrganismos são classificados como agentes microbiológicos e são eficazes no controle de diversas pragas de diferentes culturas. Um exemplo é o fungo Beauveria bassiana, que tem sido amplamente utilizado para o controle da broca do cafeeiro e de cochonilhas.

    No controle biológico de pragas do café, também é possível usar parasitoides, que são pequenas vespinhas que parasitam os ovos e larvas das pragas. No entanto, ainda não existem parasitoides registrados comercialmente para o controle do bicho mineiro ou da broca do cafeeiro. Pesquisas estão em andamento visando o desenvolvimento de controle biológico natural para essas pragas.

    Os predadores também são agentes de controle biológico que podem ser utilizados no controle de pragas do café. Crisopídeos, vespas, moscas, percevejos e ácaros são exemplos de predadores que ocorrem naturalmente nas lavouras de café e podem contribuir para o controle de pragas. O crisopídeo, por exemplo, é conhecido como o “bicho lixeiro” e pode regular a população do bicho mineiro.

    É importante destacar que a diversificação do cultivo de café pode ser uma estratégia eficaz para conservar e manter parasitoides e predadores nas lavouras. Árvores arbóreas como abacate, mogno, teca, macadâmia e cedro podem proporcionar abrigo e alimento para esses agentes de controle biológico.

    Em relação aos predadores, o crisopídeo tem sido bastante estudado para a cafeicultura. Esse inseto é um predador generalista e se alimenta de diversos insetos e pequenos artrópodes. Além de regular a população do bicho mineiro, o crisopídeo também pode contribuir para o controle de ácaros e até mesmo da broca do café.

    Em resumo, o controle biológico de pragas do café envolve o uso de diferentes agentes biológicos, como microrganismos, parasitoides e predadores. Esses agentes podem ser adquiridos em cooperativas, casas agropecuárias ou através de empresas especializadas. A diversificação do cultivo de café e a implementação de práticas sust
    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

    Conclusão:

    O controle biológico de pragas do café utilizando insumos biológicos vem se fortalecendo tanto no Brasil quanto no mundo. O uso de microrganismos, parasitoides e predadores tem se mostrado eficiente no controle de pragas, com destaque para os microrganismos que são amplamente aceitos pelos produtores devido à facilidade de aplicação e armazenamento. No entanto, é importante adquirir esses produtos de empresas confiáveis e estar atento às condições de armazenamento. Além disso, o manejo sustentável das lavouras, com cultivos intercalares diversificados e preservação de matas próximas, proporciona um ambiente propício para a sobrevivência dos parasitoides e predadores, garantindo um controle natural das pragas do café.

    Perguntas com respostas:

    Por que os produtos microbiológicos são mais aceitos pelos produtores?
    Os produtos microbiológicos são mais aceitos pelos produtores devido à sua forma de aplicação, que é semelhante à dos produtos químicos tradicionais. Além disso, esses produtos possuem um tempo de prateleira, o que permite sua armazenagem antes da utilização, oferecendo uma boa logística nas propriedades agrícolas.

    Onde adquirir os produtos biológicos?
    Os produtos biológicos podem ser adquiridos em cooperativas e casas agropecuárias. Caso não haja essa possibilidade na região, é possível entrar em contato com empresas do ramo de biológicos pela internet.

    Como os parasitoides controlam as pragas do café?
    Os parasitoides são insetos minúsculos que parasitam os ovos e larvas/lagartas de suas hospedeiras (pragas). Eles matam as larvas impedindo seu desenvolvimento e reprodução, controlando assim a população das pragas.

    Qual a importância da diversificação do cultivo de café para o controle biológico?
    A diversificação do cultivo de café, utilizando árvores arbóreas consorciadas, como abacate, mogno e cedro, proporciona um ambiente propício para a sobrevivência dos parasitoides e predadores. Essas árvores servem como abrigo e fonte de alimento para esses insetos, contribuindo para o controle natural das pragas do café.

    Existe registro comercial de predadores para o controle do bicho mineiro?
    Atualmente, não existe registro comercial de predadores, como o crisopídeo, para o controle do bicho mineiro. No entanto, alguns produtores realizam a liberação desses insetos nas lavouras cafeeiras para auxiliar no controle dessa praga.

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