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Zoneamento de risco climático agrícola atualizado para o café na Bahia

    Zoneamento de risco climatico agricola atualizado para o cafe na

    Foto: Agência Brasil

    A versão atualizada do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para o café para o estado da Bahia foi publicada pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (5). ). Os novos resultados passaram a classificar alguns municípios adicionais dentro das categorias de baixo risco climático na região da Chapada Diamantina.

    O setor produtivo local solicitou ao Departamento de Gestão de Riscos (Deger/Mapa) a revisão dos resultados para sequeiro, alegando que tal produção seria viável em algumas áreas. Parte relevante da produção local é proveniente de áreas irrigadas, cultura já indicada como plenamente viável pelos resultados anteriores do Zarc, que, no entanto, não as identificou para sequeiro.

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    A região permaneceu subestimada devido à condição predominante em seu entorno, com clima predominantemente quente e seco e semiárido, e também pelo reduzido número de estações meteorológicas com séries históricas de duração suficiente. Para atualizar estatísticas e estimar a real viabilidade de sequeiro na região, foi realizada uma missão técnica no âmbito da cooperação técnica entre Embrapa, Mapa e Proagro – Banco Central do Brasil.

    O levantamento realizado por uma equipe de pesquisadores da Embrapa resultou na indicação de favorabilidade para o cultivo do café seco em uma área formada por uma estreita faixa de terra de transição, com altitude predominante acima de 800 metros, orientada de norte a sul e abrangendo alguns municípios. ou parte de municípios.

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    A versão atualizada do Zarc Café passou a incluir municípios, principalmente da zona norte da Chapada, como Bonito, Seabra, Iraquara, Mulungu do Morro, Morro do Chapéu, entre outros.

    Missão

    A missão técnica organizada pela Embrapa, coordenadora da Rede Zarc, contou com a participação de pesquisadores de quatro centros de pesquisa, que percorreram municípios da região da Chapada Diamantina, na Bahia, visitando áreas produtoras de café e entrevistando técnicos e produtores locais. A iniciativa foi realizada entre os dias 24 e 27 de julho passado.

    O objetivo da expedição foi coletar dados sobre produtividade, fenologia, condições climáticas, solo e relevo, além de informações sobre o cultivo de café de sequeiro na região para ampliar a base de conhecimento do Zarc do Café.

    Ao chegar na região, os pesquisadores constataram tratar-se de um ambiente com características particulares, com cafezais bem manejados, com alto vigor vegetativo e produtividade acima da média estadual.

    Características

    Entre as principais características favoráveis ​​verificadas pelos especialistas estão:

    Água – Devido à altitude elevada, acima de 900 metros na maioria dos cafezais avaliados, a região possui ambiente térmico ameno, com temperaturas médias mensais variando entre 18 e 25°C, proporcionando baixas taxas de perda de água pelo processo de evapotranspiração.

    chuvas – O regime pluviométrico é fortemente influenciado pelo relevo local, com acumulações anuais entre 800 e 1200 milímetros por ano, com boa distribuição ao longo do ano e restrição hídrica mais acentuada em apenas dois meses do ano.

    Chão – Observou-se que as culturas são normalmente cultivadas em solos profundos, característicos de Latossolos, com boa fertilidade natural, bem manejados e de alto nível tecnológico.

    A expedição contou com os pesquisadores Gustavo Rodrigues, Fernando Macena, Balbino Evangelista e Maurício Coelho, da Embrapa Agricultura Digital, Cerrados, Aquicultura e Pesca e Mandioca e Fruticultura, respectivamente.

    Atualização do Zarc

    No processo de atualização do Zarc, foram selecionadas duas séries históricas adicionais de estações pluviométricas das regiões produtoras de café e mais 16 séries de dados pluviométricos estimados por satélite. Além disso, o raio de influência dos pontos da estação foi reduzido para gerar resultados mais localizados na Chapada, adequados à particularidade da região.

    Com base nisso, foi criada uma nova versão para o não irrigado Zarc Café Arábica, possibilitando identificar com maior precisão os municípios com viabilidade de produção e menor risco climático para o café não irrigado, explica o coordenador da Rede Zarc, pesquisador Eduardo Monteiro. , da Embrapa Agricultura Digital.

    “As informações verificadas localmente, somadas à inclusão de novos dados meteorológicos no processamento do café Zarc, permitiram uma avaliação mais precisa e localizada, permitindo comprovar a viabilidade do cultivo com risco dentro dos limites aceitáveis ​​para a produção de café naquele país. região”, destaca Monteiro.

    Da Embrapa Agricultura Digital

    Fonte: Agro