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TECO Latin America 2022 discutiu tendências, tecnologias e…

Promovido pela Novozymes, o evento também foi palco do lançamento da nova planta de levedura avançada da empresa

A 8ª edição do TECO Latin America, principal evento do setor de etanol de milho na América Latina, reuniu os mais importantes representantes do segmento na região, entre produtores, investidores, associações e fornecedores de tecnologia, para apresentar as principais tendências do mercado indústria. O evento, organizado pela Novozymes, empresa dinamarquesa líder em biotecnologia e na produção de enzimas e leveduras para o mercado de etanol de milho no mundo, aconteceu de 8 a 9 de agosto, em São Paulo, e contou com mais de 220 participantes.

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“Desde 2015, o TECO é uma plataforma de insights para tomada de decisão para empresas de etanol de milho na América Latina. Esse ano não foi diferente. Tivemos dois dias de grande intercâmbio e amplo debate sobre desafios, oportunidades, tendências em tecnologia e sustentabilidade na indústria de biocombustíveis. Foi uma alegria poder receber pessoalmente todos os nossos clientes e parceiros, após dois anos de pandemia, e reconectar com as novidades desse setor que vem crescendo de forma muito importante e interessante”, afirma William Yassumoto, Presidente Regional da Novozymes para a América Latina.

O encontro teve como objetivo ampliar a discussão sobre os desafios e oportunidades da indústria de etanol de milho no Brasil e em outros países da América Latina e o grande potencial de crescimento desse setor nos próximos anos. Dividido em três blocos de debate, o evento abordou as tendências econômicas e tecnológicas do setor, economia vegetal e excelência operacional, tudo ancorado no pilar fundamental do setor, a sustentabilidade.

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Na abertura do evento, o presidente regional da Novozymes para a América Latina anunciou a abertura de uma nova planta de levedura avançada ainda este ano. Instalada no site de Araucária, no Paraná, a usina terá capacidade para suprir a demanda do mercado de etanol de milho na América Latina e está ligada às projeções de expansão do setor para os próximos anos, que atenderá à crescente demanda por biocombustíveis.

“Na nova planta, produziremos leveduras avançadas que permitirão aos produtores locais de etanol de milho gerenciar suas plantas com mais flexibilidade e rendimento. Nosso objetivo é aproximar ainda mais a inovação global da Novozymes do mercado latino-americano; além de garantir o abastecimento local aos produtores da região com segurança e eficiência”, afirma William Yassumoto.

A série de palestras começou com o painel sobre o cenário econômico ‘Tendências de mercado para a indústria’, que contou com palestras de representantes do sistema financeiro, poder público e consultorias de mercado. Na apresentação ‘Sustentabilidade e financiamento da agricultura brasileira’, representantes do RoboBank – Fabiana Alves, Diretora Executiva, e Andy Duff, Gerente de Pesquisa, apontaram a necessidade de seguir caminhos de crescimento alinhados com a sustentabilidade e a necessidade de gerenciar plantas de milho etanol industrial plantas e o plantio do grão de acordo com as regras atuais de descarbonização. “Negócios mais sustentáveis ​​são mais atrativos para os bancos”, disse Fabiana Alves.

O tema ‘Visão Geral da Matriz Energética Global’ foi apresentado pela Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Argus Media, Ana Loureiro, que abordou o potencial e a multimodalidade da matriz energética brasileira, destacando em especial o crescimento do setor de etanol de milho e a utilização de resíduos industriais para o aproveitamento de todos os DDGs desta indústria.

Fechando o painel, o vice-presidente de Marketing de Biosoluções Industriais da Novozymes, Hans Ole Klingenberg, trouxe uma discussão sobre ‘O futuro das biorrefinarias’, na qual explorou potenciais produtos que podem ser gerados a partir de biorrefinarias de etanol em um futuro próximo, aumentando a geração de valor neste setor. O superintendente do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), Cleiton Gauer, apresentou o ‘Cenário de indicadores fundamentais para a indústria de etanol de milho’ e o desempenho das indústrias do setor instaladas em Mato Grosso. Ele destacou o grande crescimento dessa indústria em seu estado em menos de uma década e o incentivo do Imea à prática do reflorestamento com eucalipto, fonte de energia para a indústria de etanol de milho que utiliza cavacos de madeira em suas caldeiras.

O presidente executivo da UNEM, Guilherme Nolasco, falou sobre as ‘Fronteiras da produção de etanol de milho no Brasil’, destacando o cenário de crescimento do setor nos últimos cinco anos e o grande potencial do Brasil como um dos principais produtores de etanol de milho da América Latina . A estimativa, segundo Nolasco, é que a produção brasileira de etanol de milho chegue a 10 bilhões de litros até 2031. Na safra 22/23, a projeção de produção é de 4,5 bilhões de etanol de milho, de um total de . Ele também destacou a transformação que o setor de etanol vem presenciando, com a ascensão do etanol de milho como alternativa promissora e complementar para a produção de etanol em planta flex, principalmente na entressafra.

‘Sustentabilidade no coração da estratégia empresarial’ foi o tema da palestra do CEO da FS Fueling Sustainability, Rafael Abud, que apresentou o projeto de carbono negativo que está sendo testado na planta industrial da FS localizada em Lucas do Rio Verde, MT. A ideia é armazenar o CO2 produzido pela planta industrial no subsolo e assim comercializar etanol de milho com pegada de carbono negativa. Os mercados internacionais estão exigindo cada vez mais produtos com baixo teor de carbono na produção. Uma produção mais verde – uso de biomassa, menores níveis de fertilizantes, redução do desmatamento e carbono negativo – vai atrair e conquistar mais e novos mercados, defendeu o executivo.

No painel dedicado às tendências tecnológicas da indústria – Trends in Process Technology, o Líder de Engenharia de Processos da Katzen International, Ethan Campbell, a Gerente Comercial América do Sul da Fluid Quip Technologies, Mariana Feritas, e a Analista de Desenvolvimento da ICM O negócio Daniel Ruschel destacou a expansão do setor nos últimos cinco anos e o potencial de crescimento ainda maior para o futuro. Para isso, é necessário que as plantas industriais se tornem ainda mais rentáveis ​​e sustentáveis, seguindo a tendência de descarbonização do meio ambiente e maior eficiência na produção de etanol de milho com aproveitamento integral de DDGs.

As apresentações sobre a melhoria do desempenho econômico da planta industrial aconteceram no segundo dia do evento em dois momentos. Na primeira, o painel ‘Expanding Market Horizons’ discutiu a importância dos DDGs para a indústria e estratégias para extrair mais do milho. O tema ‘Atualizações de aplicações de DDGS em Bovinos’, foi apresentado pelo Gerente Global de Tecnologia da Nutron Cargill Nutrição Animal, Pedro Veiga; a ‘Visão geral das aplicações de DDG além dos ruminantes’, pelo Diretor de Inovação da ICM, Ryan Mass; e ‘Análise de mercado da cadeia do etanol de milho’, pelo sócio-diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres.

As estratégias de atuação da planta agrícola de acordo com o contexto de mercado, resultando em formas de extrair mais dos ativos, foram discutidas no painel ‘Maximizando a Operação e Gerando Resultados’. Nele, os temas apresentados foram os seguintes: ‘Operação de alto desempenho alavancando resultados financeiros’, pelo gerente de vendas do setor da Novozymes North America, Ryan Knight; ‘Impactos da modernização da USIMAT no desempenho industrial’, pelo Presidente da USIMAT, Alfredo Scholl; e ‘Criação de plantas de alta produtividade’, pelo Diretor de Operações da LucasE3 para América Latina, Aparício Bezerra;

O painel ‘Process Excellence’ apresentou palestras sobre ‘Elementos de desempenho na aplicação de extrato de lúpulo no controle de contaminação’ pelo Gerente de Vendas Técnicas da BetaTec Hop Products na América do Norte, Steve Lacombe, ‘Avanços no óleo’, pelo Coordenador de Projetos de Engenharia da Fluid Quip Technologies, Marc Byrne, e com uma palestra do Cientista de Aplicação de Biotecnologia da Novozymes, Dale Earls, que falou sobre ‘Bioinovações nas Barreiras do Processo de Quebra de Levedura’.

Ao final do TECO 2022, o CEO do CBKK, Marcello Brito, falou sobre a necessidade urgente do agronegócio brasileiro seguir regras internacionais e nacionais sobre sustentabilidade e descarbonização da produção. Em sua palestra ‘A integração global da agricultura brasileira, efeitos e desafios’, Brito ressaltou que a aplicação das normas de proteção ambiental será cada vez mais exigida pela sociedade civil e pelos governos de todos os países. “O setor de etanol de milho tem uma grande responsabilidade e oportunidade de intensificar a aplicação de práticas sustentáveis ​​em suas plantas industriais, colaborar com a sustentabilidade do meio ambiente e também atrair mais negócios”, concluiu o executivo.



Fonte: Noticias Agricolas

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