Pular para o conteúdo

Taxa de desemprego no Brasil registra queda surpreendente de 8% no 2º trimestre

    Taxa de desemprego do Brasil cai a 8% no 2º tri, abaixo do esperado

    Por Camila Moreira

    SÃO PAULO (Reuters) – O Brasil encerrou o segundo trimestre com uma taxa de desemprego de 8,0%, abaixo do esperado e a mais fraca para o período em quase dez anos, em meio a uma forte queda no número de empregados e um aumento nos ocupados.

    Patrocinadores

    Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) divulgados nesta sexta-feira ficaram abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de taxa de 8,2%.

    No primeiro trimestre, a taxa havia ficado em 8,8%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o resultado ainda mostra forte queda ante os 9,3% verificados no mesmo período do ano anterior.

    Patrocinadores

    O mercado de trabalho brasileiro vem mostrando força e resiliência no primeiro semestre de 2023, mas segundo analistas tende a perder fôlego pela frente, após a expectativa de crescimento mais fraco da atividade econômica, o que pode levar parte da população a procurar emprego novamente .

    No segundo trimestre, o número de desempregados caiu 8,3% em relação aos três primeiros meses do ano, totalizando 8,647 milhões de pessoas, o que ainda representa uma queda de 14,2% em relação ao mesmo período de 2022.

    O total de ocupados cresceu 1,1% de abril a junho, chegando a 98,910 milhões, alta de 0,7% em relação ao segundo trimestre do ano passado, ainda que o movimento tenha sido marcado pela informalidade.

    “O segundo trimestre registrou queda na taxa de desemprego, após crescimento no primeiro trimestre do ano. Esse movimento aponta para a recuperação do padrão sazonal desse indicador”, disse a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.

    “Pelo lado da ocupação, a expansão de trabalhadores na administração pública, defesa, previdência, educação, saúde humana e serviços sociais, no trimestre e no ano”, acrescentou.

    Enquanto o número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado ficou praticamente estável no período, com aumento de 0,2%, para 36,773 milhões, os que não tinham carteira de trabalho assinada aumentaram 2,4%, totalizando 13,109 milhões.

    A taxa de informalidade atingiu 39,2% no segundo trimestre, segundo o IBGE, ante taxa de 39,0% no primeiro trimestre e 40,0% no mesmo período de 2022.

    “O tipo de vínculo que se destaca como responsável pelo crescimento do emprego vem de um dos segmentos da informalidade, que é o emprego sem carteira assinada”, explicou Beringuy.

    O contingente de desanimados diminuiu, chegando a 3,672 milhões no segundo trimestre, redução de 5,1% em relação aos três primeiros meses do ano

    No período, o rendimento real habitual foi de 2.921 reais, estável em relação ao trimestre anterior, mas expansão de 6,2% em relação ao segundo trimestre de 2022.

    (Camila Moreira)


    Jornal Campo do Campo
    No segundo trimestre de 2023, o Brasil registrou uma taxa de desemprego de 8,0%, a mais fraca em quase dez anos. Esse resultado ficou abaixo das expectativas, que eram de uma taxa de 8,2%. No trimestre anterior, a taxa de desemprego havia sido de 8,8%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).

    A queda no desemprego foi impulsionada por uma forte diminuição no número de desempregados e um aumento nos ocupados. O total de desempregados caiu 8,3% em relação ao trimestre anterior, chegando a 8,647 milhões de pessoas, o que representa uma queda de 14,2% em comparação ao mesmo período do ano passado. Já o número de ocupados aumentou 1,1%, totalizando 98,910 milhões, sendo que a maioria desses empregos foi na informalidade.

    Há expectativas de que o mercado de trabalho perca fôlego nos próximos meses, devido ao crescimento econômico mais fraco e ao aumento na procura por emprego por parte da população. A taxa de informalidade ficou em 39,2% no segundo trimestre, e a quantidade de trabalhadores sem carteira de trabalho assinada aumentou 2,4%. No período, o rendimento real habitual foi estável em relação ao trimestre anterior, mas teve uma expansão de 6,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

    Esses dados indicam uma recuperação no mercado de trabalho, porém frágil e fortemente marcada pela informalidade.

    Fonte
    **Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**