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Tabaco em pauta: subcomissão da Assembleia do Rio Grande do Sul reúne lideranças em Santa…

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Na próxima terça-feira, dia 20 de junho, às 16h30, dirigentes terão reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin, no Ministério da Indústria e Comércio, em Brasília, para discutir o assunto.

A Subcomissão em Defesa do Setor Produtivo do Fumo, vinculada à Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia do Rio Grande do Sul, promoveu nesta sexta-feira, 16 de junho, a primeira das dez reuniões previstas para acontecer no interior do Rio Grande do Sul com o objetivo de debater e tratar do futuro, da relevância econômica e social do setor, bem como coletar dados e manifestações para formular e encaminhar o posicionamento do Rio Grande do Sul – maior estado produtor do Brasil – em relação às disposições da 10ª Conferência das Partes (COP 10) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT).

O encontro de trabalho reuniu cerca de 300 pessoas na Câmara Municipal de Santa Cruz do Sul, entre representantes da cadeia produtiva, autoridades, políticos e empresários. A proposta foi feita pelo deputado Marcus Vinícius de Almeida, coordenador da Subcomissão. “Queremos dar voz àqueles que são frequentemente julgados, sem direito a defesa. Não podemos deixar que pessoas que ignoram a realidade do produtor ditem o futuro dos nossos municípios”, comentou. Segundo o deputado, a comissão fará reuniões em 10 municípios, ouvindo produtores e empresas.

O deputado estadual Elton Weber presidiu a sessão e abriu os trabalhos. “Sabemos que o governo federal terá assento na COP e queremos assumir, de forma unida, com todas as entidades ligadas a este setor, uma posição. Para que ela não assuma posições ideológicas, mas sim posições que estejam de acordo com o que ela produz e se relaciona com o dia a dia do setor”, disse Weber. O deputado registrou que os ministérios foram convidados a participar e lamentou a ausência de representantes.

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O presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, falou sobre suas expectativas para os próximos meses. “Temos muito trabalho pela frente; o que vimos em outras edições é que a cadeia produtiva não é ouvida. O Brasil, por sua posição de liderança mundial, deve ser protagonista na defesa da cadeia produtiva. Infelizmente, não é isso que temos visto e as medidas da Convenção-Quadro sempre são rapidamente aplicadas em nosso país. É dessa velocidade que o subcomitê precisa agora. Precisamos de um trabalho rápido para que o relatório fique pronto antes de agosto, para que possamos ser efetivos nas proposições relacionadas a Brasília. É necessário o apoio de todos, mas em Brasília. A pressão política é a única maneira de seguirmos em frente”, disse Schünke.

Várias autoridades falaram durante a reunião. Confira:

Todos nós aqui sabemos a importância do tabaco. Em Santa Cruz do Sul, certamente, 70% do faturamento vem das empresas. A produção e exportação do tabaco são essenciais para o nosso município e é preciso refletir: o que será do nosso município sem o tabaco? Este trabalho é muito importante e o relatório será valioso, porque se o governo federal não ouvir, vamos levantar nossas preocupações sobre o assunto com eles. Helena Hermany, prefeita de Santa Cruz do Sul.

É difícil acreditar que ainda hoje não tenhamos a regulamentação do tabaco aquecido e do cigarro eletrônico pela Anvisa. E, surpreendentemente, muitos que são contra o cultivo do tabaco defendem a legalização da maconha. Edivilson Brum, deputado estadual.

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Tive a oportunidade, como prefeito, de fazer parte de uma delegação que acompanhou algumas COPs. E precisamos pensar no objetivo dessa guerra travada contra a cadeia produtiva. Acima das questões sanitárias e de muito conflito ideológico, existe um ranço contra uma indústria e um setor organizado. Precisamos sensibilizar os ministérios e, de forma especial, o Itamaraty. E manter a delegação de líderes na porta da COP, mesmo sem acesso, faz diferença. Airton Artus, deputado estadual.

Estamos aqui pelos fumicultores, que sustentam suas famílias, que mandam seus filhos para a universidade, por causa do tabaco. E também para as empresas que geram renda, empregos, impostos. Queremos que os governos federal e estaduais envolvidos nesse debate saibam o que já sabemos: se não tivermos fumicultura, sim, teremos um problema econômico em nosso Brasil. Kelly Moraes, deputada estadual.

Aqui falamos para um público que aplaude quando defendemos o setor. Mas, na esfera federal, já fomos vaiados e chamados de assassinos. Além da questão da saúde, é preciso entender que há interesses comerciais nesses ataques à fumicultura brasileira, principalmente por parte de ONGs antifumo, financiadas para esse fim. Mais do que isso, Estados Unidos e Argentina não são signatários da Convenção-Quadro e estão torcendo para que paremos a produção em nosso país. E se parássemos de produzir tabaco, o número de fumantes diminuiria? Certamente não. Como diretriz, sugiro que a subcomissão solicite uma vaga na CONICQ, a fim de fornecer o contraponto necessário. E, mais do que isso, estender a outros estados produtores, para que tenhamos maior representatividade política. Marcelo Moraes, deputado federal.

Precisamos conscientizar os prefeitos das regiões produtoras sobre a importância do tabaco para seus municípios. Precisamos estar todos juntos e o Amprotabaco está à disposição nessa defesa. Guido Hoff, executivo da Associação dos Municípios Fumicultores (Amprotabaco).

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As regiões produtoras de tabaco apresentam um dos melhores índices de desenvolvimento em relação aos demais estados. Apelamos ao governo federal para que conheça a realidade do nosso setor. Ninguém aqui faz campanha pelo consumo, mas é preciso liberdade, principalmente para produzir algo que gere renda e emprego para tanta gente. Sugere-se que o governo, ao invés de destinar dinheiro para campanhas antitabagismo, o utilize para promover políticas públicas voltadas para a agricultura familiar. Sérgio Reis, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santa Cruz do Sul e representante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (FETAG-RS) e da Fentifumo.

Participamos, direta ou indiretamente, de todas as COPs e não entendemos como o Brasil pode querer desestruturar um setor produtivo, gerador de renda e bem-estar social. Mas seguimos firmes, com a mesma força e vontade de sempre defender os produtores de tabaco. Marco Antonio dos Santos, representante da FARSUL.

Acataremos o pedido de representação do governo do Estado nestas obras e posso dizer que estamos cientes da importância econômica e social. Sou fumicultor e agricultor e me surpreendo quando o governo federal fala em diversificação. Saímos da monocultura há muitos anos com o apoio dos sindicatos, da Afubra, das empresas de tabaco. E quem não quer reconhecer esse trabalho não quer estar em contato com a realidade. Dalvo Wink, Coordenador Regional da Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul.

Colocamos a Universidade à disposição e entendemos que nós, assim como outros setores da região, devemos nos unir a essa luta tão importante. Não há dúvidas de que a matriz econômica e social é fortalecida pelo setor fumageiro. Rafael Henn, Reitor da UNISC.

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Quando comparada com outras culturas, como soja e milho, tradicionais na diversificação da propriedade, o rendimento médio de um hectare de fumo equivale a 6,52 hectares de soja e 6,85 hectares de milho. O produtor não precisa plantar comida, precisa plantar fumo para ter comida na mesa. Benício Albano Werner, presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).

Lamentamos a falta de sensibilidade de nossos gestores na esfera federal. O governo não pode fazer uma campanha como a de 31 de maio. Naquele país, o tabaco é legal. Tenho certeza que vamos virar esse jogo. Jarbas Daniel da Rosa, prefeito de Venâncio Aires e vice-presidente da AmproTabaco.



Fonte: Noticias Agricolas

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