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Setor produtivo paranaense reforça medidas de controle da Gripe Aviária

    1689084532 Setor produtivo paranaense reforca medidas de controle da Gripe Aviaria

    A Adapar acompanha a evolução dos casos por meio de rígidos protocolos de vigilância sanitária. Sistema Faep/Senar-PR trabalha em parceria para tranquilizar produtores rurais

    Até o momento, o Paraná tem cinco casos confirmados de Influenza Aviária Altamente Patogênica (IAAP), além de dois surtos em investigação, segundo atualização do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Os casos afetam apenas aves silvestres migratórias, o que não afeta a situação sanitária do Paraná e do Brasil. O setor produtivo e a defesa agropecuária estadual, com apoio do governo federal, estão reforçando medidas e ações para conter a propagação da doença no estado. A apresentação desse cenário ocorreu durante reunião do Núcleo de Cadecs, promovida pelo Sistema FAEP/SENAR-PR, na última segunda-feira (3), com a participação de membros das Comissões Técnicas (CTs) de Avicultura e Suinocultura do entidade.

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    Os cinco casos positivos foram confirmados em aves silvestres no litoral. Três focos foram identificados em Pontal do Paraná: uma ave da espécie Trinta-Réis-Real ( Thalesseus maximus ), uma das espécies de Trinta-réis-de-bando ( Thalesseus maximus ) e uma Gaivota Europeia ( Chroicocephalus maculipennis ). Os outros dois casos estão localizados em Antonina e Paranaguá, também em aves da espécie Trinta-Réis-Real.

    “As investigações acontecem desde os primeiros alertas na América do Sul e, com isso, a vigilância ativa foi intensificada. Os surtos positivos em aves silvestres não interferem em nenhuma etapa da cadeia, seja produção, abate, exportação e comercialização. Tudo ocorre normalmente. Além disso, esses casos estão no litoral, que estão dentro de um raio seguro de distância das regiões produtoras, e temos condições geográficas que restringem a migração dessas aves para esses locais”, destaca Nicolle Wilsek, técnica do Departamento Técnico e Econômico Departamento (DTE).

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    vigilância aprimorada

    Quando um caso positivo é confirmado, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) segue um protocolo de investigação em um raio de dez quilômetros do local onde a ave foi encontrada. Como o Litoral do Paraná não possui produção comercial significativa de aves, não há propriedades de produção comercial próximas aos casos identificados.

    “Estamos fazendo de tudo para conter a Gripe Aviária no Paraná. Temos uma equipe que percorre o litoral todos os dias e atende 100% das notificações suspeitas, com outros órgãos trabalhando conosco na identificação de surtos. Até o momento está tudo sob controle”, resume Rafael Gonçalves Dias, gerente de Saúde Animal da Adapar.

    Segundo Dias, o prazo entre a coleta de amostras dos animais suspeitos e o resultado do diagnóstico laboratorial é de dois dias. No caso das propriedades dedicadas à produção de subsistência, já está sendo feito o mapeamento das aves e das condições clínicas.

    Além do trabalho desenvolvido pela Adapar e outras organizações do setor produtivo, como o Sistema FAEP/SENAR-PR, os produtores rurais precisam adotar medidas de precaução, como intensificar a higienização das mãos e definir roupas e calçados de uso exclusivo dentro das fazendas; reforçar os cuidados com o fechamento de frestas para evitar que qualquer outro animal, inclusive aves silvestres, entre em contato com aves comerciais; restringir o acesso de pessoas não autorizadas às instalações avícolas; e não manuseie aves silvestres mortas ou com sinais clínicos da doença.

    Todas as suspeitas de gripe aviária, incluindo sinais respiratórios ou neurológicos ou alta mortalidade súbita em aves, devem ser comunicadas à Adapar pessoalmente nas unidades locais, pelo telefone (41) 3313-4013 ou pelo telefone plataforma e-Sisbravet .

    Atualização de protocolos

    O Mapa já atualizou os protocolos de como serão conduzidos os procedimentos caso seja confirmado o foco positivo em fazendas de produção comercial. Atualizações e informações sobre a situação da doença no Brasil podem ser acessadas em site do órgão . O painel de consulta de casos confirmados é atualizado em tempo real.

    Em caso de disseminação para aves comerciais, a técnica do Sistema FAEP/SENAR-PR garante que o controle da doença também siga a mesma agilidade. “Nesse caso, a fazenda ficará isolada e tudo em um raio de dez quilômetros será considerado foco e vigiado. Após a realização do abate sanitário, lavagem e desinfecção do galpão, o local entrará em período de desocupação sanitária por 28 dias. Depois, a produção é liberada normalmente”, explica Nicolle.

    As possíveis indenizações, se necessárias, estão atualmente previstas para receber recursos do governo federal, após passarem por uma comissão de avaliação. “Estamos otimistas de que não teremos problemas com nossos rebanhos comerciais, pois temos protocolos de biossegurança bem desenvolvidos e estruturados e temos confiança no setor”, avalia o técnico do Sistema FAEP/SENAR-PR.

    A suinocultura e qualquer outra atividade do setor pecuário também não sofrerão nenhum tipo de embargo caso se confirme o foco positivo na avicultura comercial.

    Fonte: Noticias Agricolas