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saúde e meio ambiente dependem de boas práticas com bovinos mortos pelo frio • Portal DBO

    saude e meio ambiente dependem de boas praticas com bovinos

    A Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEMADESC), por meio da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Mato Grosso do Sul (Iagro-MS), emitiu Nota Técnica nesta terça-feira, 20 de junho, atualizando os números sobre mortes bovinas por hipotermia, devido ao “frio” do ano.

    Além disso, o documento tratava de uma série de cuidados com os animais em termos de nutrição, manejo e conforto, a fim de evitar que outros climas frios causassem tantos estragos.

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    Enfaticamente, Iagro também reforçou a necessidade de dar a destinação correta às carcaças, evitando assim problemas sanitários e ambientais.

    Atualizando Números – Da última captura até o momento, as mortes saltam de pouco mais de 1.500 para 2.725 com expectativa de crescimento, quando mais ocorrências forem apuradas.

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    Os destaques ficam por conta dos municípios de Nova Andradina liderando as perdas. Foram 601 óbitos em 32 propriedades. Batayporã vem em seguida com 396 e 21 fazendas.

    No entanto, graves fatos ocorreram em Aquidauana, com 386 óbitos em uma única fazenda, revelando a fragilidade de seu funcionamento. Aliás, Iagro destacou no documento os problemas nutricionais do gado submetido a essas baixas temperaturas. “A dieta carente de energia, principalmente, e também de proteína, sempre será mais sensível”. O total de perdas é de responsabilidade de 92 fazendas do Mato Grosso do Sul.

    Forte recomendação – A preocupação imediata de Iagro diz respeito ao destino de tantas carcaças de animais mortos. Ela alerta para a geração de crise sanitária e poluição ambiental. Diz:

    “Em relação aos animais mortos, sua remoção deve ser feita o mais rápido possível, a fim de evitar danos decorrentes da putrefação dessas carcaças, como é o caso do botulismo, infecção tóxica causada pela ingestão de toxinas produzidas por bactérias do gênero Clostridium em condições de anaerobiose, entre outras doenças.

    A legislação brasileira prescreve algumas formas de descarte de carcaças de animais mortos com o objetivo de prevenir a poluição do ar, do solo e da água, proteger as fontes de água e administrar adequadamente os resíduos. Algumas são utilizadas com maior frequência pelos produtores, como enterrar as carcaças no próprio ambiente, devido ao seu menor custo.

    A técnica de enterro tem variações. Em geral, cava-se uma cova de 1 a 1,2 metros de profundidade, sendo que a largura e o comprimento devem ser adequados ao tamanho e número total de animais mortos. É necessário evitar enterrar animais onde o lençol freático está próximo à superfície e manter uma distância mínima de 150 metros das fontes de água.

    Não deve ser enterrado em locais sujeitos a inundações ou erosão. A adição de cal controla o mau cheiro, mas limita a atividade microbiana que acelera a degradação, de modo que os cadáveres demoram mais para se decompor. É importante identificar e vedar os locais de enterro, evitando a contaminação e a entrada acidental de gado e pessoas nessas áreas.

    O enterro de animais mortos tem algumas vantagens como a contenção permanente de focos de doenças e é adequado para as mais diversas topografias, principalmente onde é possível usar retroescavadeira para cavar a trincheira. Outra forma de disposição bastante utilizada é a disposição das carcaças no meio ambiente (cemitérios), opção de menor custo e menos trabalhosa, porém, como o animal morto fica em vala a céu aberto, a carcaça fica acessível à ação de necrófagos ou necrófagos, bem como predadores (onça).

    Nesse tipo de disposição, o risco de transmissão de doenças é alto, pode haver contaminação do solo e da água, há risco de dispersão de organismos patogênicos no ar e, para determinadas situações, as possíveis doenças ‘cause mortis’ permanecem sem eficácia ao controle. O descarte de animais mortos também é feito por meio da queima das carcaças com materiais combustíveis como palha, galhos de árvores e restos de madeira em geral.

    Essa opção pode incluir estratégias como construir uma pira, queimar cadáveres em fossas abertas ou usar estruturas de concreto/metal (caixas) com fluxo de ar. A incineração envolve a queima de material orgânico em um sistema construído com material refratário (recipiente, câmara, recipiente) usando ar forçado.

    A compostagem (considerada um método econômico e ambientalmente correto de descarte de animais mortos) é um processo natural no qual bactérias, fungos e outros microrganismos transformam a matéria orgânica em um produto estabilizado chamado composto.

    A compostagem de gado morto envolve duas etapas, a primeira, onde os cadáveres dos animais são colocados em uma caixa de compostagem ou pilha de palha e um agente volumoso e pesado em carbono, como serragem ou palha, é adicionado para cobrir completamente o gado morto. corpos mortos. Estrume pode ser adicionado para acelerar o processo de decomposição.

    A segunda fase envolve virar a pilha de compostagem de tempos em tempos para introduzir ar, alimentando assim os microorganismos aeróbicos (precisam de oxigênio) e eles vão degradar os materiais produzidos na primeira etapa em dióxido de carbono (CO2) livre de mau cheiro. e água (H2O). Este estágio/fase faz com que a temperatura da célula aumente, matando os vírus e bactérias mais comuns.

    A compostagem exige tempo e esforço, mas os custos de matéria-prima são mínimos, o controle de doenças é bom e o composto resultante pode ser usado como fertilizante ou na estruturação do solo. O biodigestor ou biogás corresponde à criação de um ambiente, que podemos chamar de ecossistema bacteriano misto, sem oxigênio, que transforma o animal morto em metano, dióxido de carbono e lodo.

    É um processo de digestão anaeróbica de cadáveres que requer um equilíbrio de várias populações microbianas, onde inicialmente ocorre a hidrólise, quebrando lipídios, polissacarídeos, proteínas e a transformação de ácidos nucléicos em ácidos graxos, monossacarídeos, aminoácidos e purinas e pirimidinas. As bactérias acetogênicas os convertem em ácidos orgânicos, dióxido de carbono e hidrogênio.

    Os ácidos orgânicos são então convertidos em metano e dióxido de carbono. O processo de digestão anaeróbica converte o animal morto em biogás (metano) que pode ser usado para gerar eletricidade e aquecer as instalações rurais.

    Diante dessas opções e de acordo com as condições das propriedades rurais do MS, o mais recomendado é associar métodos eficientes com baixo custo e acessíveis ao produtor ou associar mais de uma técnica como a construção de valas associadas à queima de cadáveres animais para posterior enterro dos restos mortais. Devemos reforçar a necessidade de cumprimento da legislação ambiental quanto à construção de valas em casos de grande número de animais.

    Se você tiver alguma dúvida ou precisar de orientação adicional, entre em contato conosco em um de nossos escritórios por e-mail. [email protected] ou WhatsApp notifique IAGRO (67) 9 9961-9205. O IAGRO coloca-se à disposição e conta com a participação e colaboração de todos. Contamos com a colaboração de todos no intuito de preservar a saúde e o bem-estar dos rebanhos do nosso Estado.”

    Fonte: Portal DBO