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Revitalização de pastagens: propostas da Embrapa

Criando Soluções Sustentáveis para Áreas de Pastagens Degradadas

O Brasil enfrenta um desafio ambiental significativo: cerca de 28 milhões de hectares de áreas de pastagens estão em degradação, equivalente ao tamanho do estado do Rio Grande do Sul. Este problema não apenas impacta o meio ambiente, mas também apresenta oportunidades para a implementação de práticas sustentáveis nas áreas afetadas. Neste artigo, vamos explorar como as áreas de pastagens degradadas podem ser convertidas em sistemas de produção agropecuários e florestais sustentáveis.

O Potencial das Áreas em Degradação

No cerrado, estados como Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul são os que apresentam as maiores extensões de áreas de pastagens degradadas. O reaproveitamento dessas áreas para cultivo de grãos, como arroz, feijão, milho, trigo, soja e algodão, poderia representar um aumento significativo na área total plantada no Brasil. A criação do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas demonstra o reconhecimento da importância dessas ações para a economia e o meio ambiente.

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Explorando Novas Oportunidades Sustentáveis

O planejamento cuidadoso e a implementação de políticas públicas são essenciais para o sucesso na conversão de áreas degradadas. A Embrapa, por meio de seu livro com mais de 30 sugestões de políticas públicas, destaca a importância de considerar fatores biofísicos, socioeconômicos e ambientais no processo de recuperação. Além disso, é fundamental oferecer suporte aos produtores, como acesso ao crédito, capacitação e assistência técnica, para garantir a viabilidade e sustentabilidade desses projetos.


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Planejamento

O desenvolvimento sustentável de áreas de pastagens degradadas requer um planejamento cuidadoso e personalizado. É fundamental considerar informações sobre o ambiente biofísico, a infraestrutura disponível, questões socioeconômicas e o histórico de evolução pecuária local. Cada área a ser recuperada demanda um estudo detalhado para a definição de ações eficazes, de acordo com o livro publicado pela Embrapa.

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Condições para o reaproveitamento

Após o planejamento, é crucial criar condições favoráveis para o reaproveitamento das áreas degradadas. Isso inclui a disponibilidade de crédito agrícola, capacitação dos produtores rurais e assistência técnica especializada. A integração de políticas públicas, o acesso facilitado ao crédito, a educação no campo e a assistência técnica contínua são essenciais para a estruturação de projetos sustentáveis. Eduardo Matos, superintendente de Estratégia da Embrapa, destaca a importância de um trabalho conjunto e contínuo para garantir o sucesso da iniciativa.

Desafios e oportunidades

O Brasil possui vastas áreas de pastagens degradadas com potencial para diversas formas de reaproveitamento econômico. A criação do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas demonstra um compromisso do governo federal com a utilização sustentável dessas áreas, visando promover o desenvolvimento agropecuário e florestal. No entanto, superar os desafios e aproveitar as oportunidades requer uma abordagem integrada, que considere aspectos ambientais, econômicos e sociais em cada região.


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Conclusão

Diante do cenário de vastas áreas de pastagens em degradação no Brasil, é crucial a implementação de programas como o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis. A recuperação dessas áreas não apenas contribui para o aumento da produção agrícola, pecuária e energética, mas também promove a sustentabilidade ambiental e econômica.

O planejamento detalhado e a integração de políticas públicas, crédito, capacitação dos produtores e assistência técnica são fundamentais para o sucesso desse tipo de iniciativa. A Embrapa, com sua experiência e conhecimento, tem papel fundamental nesse processo, oferecendo soluções e direcionamentos para a recuperação dessas áreas.

É essencial que a sociedade, o governo e os produtores rurais atuem em conjunto para viabilizar a conversão de pastagens degradadas, garantindo tanto a produtividade quanto a preservação ambiental. A conscientização e ações efetivas são passos importantes para transformar essas áreas em sistemas de produção sustentáveis e gerar impactos positivos a longo prazo para o país.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Análise: Oportunidades de conversão de pastagens degradadas no Brasil

O Brasil enfrenta o desafio de lidar com 28 milhões de hectares de áreas de pastagens degradadas, com potencial para diversas formas de reaproveitamento. O cerrado é o bioma mais afetado, com estados como Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais liderando em áreas degradadas. A criação do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas pelo governo federal visa incentivar a recuperação dessas áreas para usos sustentáveis.
Para saber mais sobre as oportunidades e desafios desse cenário, continue a leitura e descubra como o planejamento e a integração de políticas públicas são essenciais para transformar essas áreas.

FAQs sobre Conversão de Pastagens Degradadas no Brasil

1. Quais os desafios enfrentados na efetivação do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas?

O principal desafio está no planejamento localizado das ações, considerando aspectos biofísicos, socioeconômicos e ambientais. Além disso, é necessário integrar políticas públicas, fornecer acesso a crédito, capacitar produtores e oferecer assistência técnica.

2. Como as áreas de pastagens degradadas podem ser reaproveitadas de forma sustentável?

O reaproveitamento passa pelo cultivo de grãos, reflorestamento, aumento da produção pecuária e até produção de energia. Cada área requer um estudo localizado para avaliar as melhores práticas de manejo e recuperação.

3. Qual a importância do livro publicado pela Embrapa com sugestões de políticas públicas?

O livro oferece mais de 30 sugestões de políticas públicas baseadas na expertise do Brasil, com foco em viabilizar a conversão de pastagens degradadas em sistemas produtivos sustentáveis. É um guia para gestores e produtores interessados em aderir ao programa.

4. Como a Embrapa contribui para o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas?

A Embrapa atua fornecendo conhecimento técnico e científico, além de auxiliar na elaboração de estratégias de planejamento e implementação das ações. A empresa busca promover a sustentabilidade e a eficiência produtiva nas áreas degradadas.

5. Quais os benefícios econômicos da conversão de pastagens degradadas no Brasil?

A conversão dessas áreas pode impulsionar diversos setores, como a agricultura, pecuária, reflorestamento e até a geração de energia. O aumento da produtividade e a diversificação das atividades econômicas contribuem para o desenvolvimento sustentável do país.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Verifique a Fonte Aqui

O Brasil tem pelo menos 28 milhões de hectares (ha) de áreas de pastagens em degradação com potencial para conversão em agricultura, reflorestamento, aumento da produção pecuária ou até para produção de energia. O volume de hectares equivale ao tamanho do estado do Rio Grande do Sul.Revitalizacao de pastagens propostas da EmbrapaRevitalizacao de pastagens propostas da Embrapa

O cerrado é o bioma com o maior número de áreas em degradação. Os estados com as  maiores áreas são o Mato Grosso (5,1 milhões de ha), Goiás (4,7 milhões de ha), Mato Grosso do Sul (4,3 milhões de ha), Minas Gerais (4,0 milhões de ha) e o Pará (2,1 milhões de ha).

Para ter uma ideia das possibilidades de reaproveitamento, se toda essas áreas fossem usadas para o cultivo de grãos (arros, feijão, milho, trigo, soja e algodão) haveria uma aumento de 35% a área total plantada no Brasil (comparação com a safra 2002/2023).

A extensão do problema e as diferentes possibilidades de reaproveitamento econômico dessas áreas fizeram o governo federal a criar no final do ano passado o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (Decreto nº 11.815/2023).

Para implantar o programa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, publicou em um livro mais de 30 sugestões de políticas públicas, que o país tem experiência e tecnologia desenvolvida para implantação.

Planejamento 

Apesar da expertise acumulada, a efetivação é um desafio. Cada área a ser recuperada exige estudo local. O planejamento das ações “deve levar em consideração informações sobre o ambiente biofísico, a infraestrutura, o meio ambiente e questões socioeconômicas. Além disso, é preciso avaliar o histórico de evolução pecuária no local e entender quais fatores condicionam a adoção dos sistemas vigentes”, descreve o livro publicado pela estatal.

A partir do planejamento, é necessário criar condições para o reaproveitamento das áreas: crédito, capacitação dos produtores e assistência. “É preciso integrar políticas públicas, fazer com que os produtores rurais tenham acesso ao crédito, ampliar o serviço de educação no campo, e dar assistência técnica e extensão rural para a estruturação de projetos e para haja um trabalho contínuo e não uma coisa pontual”, assinala o engenheiro agrônomo Eduardo Matos, superintendente de Estratégia da Embrapa.

Nesta sexta-feira (26), a empresa faz 51 anos de funcionamento. A cerimônia de comemoração, nesta quinta-feira (25), contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um exemplar do livro foi entregue à comitiva presidencial.

No total, as áreas de pastagem ocupam 160 milhões de hectares, sendo aproximadamente 50 milhões de hectares formados por pasto natural e o restante pasto plantado. A área de produção de grãos totaliza 78,5 milhões de hectares, e as florestas plantadas para uso econômico ocupam uma área aproximada de 10 milhões de hectares.

De acordo com o IBGE, a atividade agropecuária ocupa mais de 15 milhões de pessoas no Brasil. Um terço desses empregos são na pecuária bovina (4,7 milhões). O país é o segundo maior produtor de carne bovina do mundo e o maior exportador (11 milhões de toneladas).


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