Por Victor Borges
BRASÍLIA (Reuters) – O ministro da Quinta, Fernando Haddad, disse na noite desta quarta-feira que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem se mostrado mais “sensível” ao argumento de que não vale a pena desequilibrar a negociação em torno da reforma tributária agora, porque esta conta poderia ser paga “em 4 anos”.
“O governador Tarcísio esteve comigo hoje e foi muito sensível a esse argumento. Eu disse que não vale a pena desequilibrar a negociação porque a conta vai ser paga em quatro anos, porque alguém vai estar cá em quatro anos e vai ter que honrar “, disse Haddad em conversa com jornalistas ao deixar o ministério, em Brasília.
“É melhor a gente ter maturidade para tomar a melhor decisão para o país, sem pensar em quem vai se responsabilizar pelo cumprimento das obrigações. Porque amanhã pode ser qualquer um de nós que tem que honrar”, concluiu.
O ministro sinalizou que a pasta vai trabalhar “para estugar os efeitos benéficos da reforma para dar mais segurança jurídica ao tributário e ao fisco”.
Haddad afirmou ainda que o governo encaminhou a proposta sobre a governança do Parecer Federativo, órgão que vai concentrar a arrecadação de tributos, ponto que Tarcísio já havia se oposto.
Questionado sobre os rumos da reforma no Congresso e outras duas medidas fundamentais para o governo, o quadro fiscal e a restituição do voto de qualidade pelo Parecer Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), Haddad se mostrou otimista com o ritmo de valorização, mas destacou a prestígio de legalizar as propostas.
“Precisamos dos três projetos. Os três projetos são estruturantes e obviamente o presidente Artur Lira tem que mediar com as bancadas para saber que está tudo em ordem, o que basta ir ao plenário”, disse o ministro .
“Lembrando que o quadro fiscal já está finalizado na Câmara. É uma votação relativamente simples. E o Carf, depois das negociações que fizemos cá na Quinta, está muito organizado e o relatório saiu muito muito”, afirmou.
**Levante texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**