A proposta de criação de um sistema voluntário de rastreabilidade individual de bovinos e bubalinos no Brasil foi tema de reunião da Comissão Nacional de Pecuária de Corte da CNA, nesta terça-feira (5).
O documento foi elaborado pela CNA e pelo setor produtivo e inclui, entre outros, três pontos fundamentais: a adesão dos produtores deve ser voluntária; os pecuaristas deverão ter um período mínimo de oito anos para adaptação; e a gestão e controlo da distribuição dos números oficiais e da base de dados será da responsabilidade da CNA e não estará disponível ao público.
“Neste momento, o Ministério da Agricultura está analisando a viabilidade desses itens e propondo alguns ajustes. Se for preciso, vamos sentar à mesa e tentar negociar, já que o pecuarista é o ator principal nesse processo e, se ele não enxergar nenhum benefício, sua adesão será prejudicada, afetando toda a cadeia”disse o presidente da Comissão, Francisco Olavo de Castro.
Outro assunto debatido no encontro foi a Portaria 831/2023, da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, que prevê consulta pública sobre os requisitos mínimos de identidade e qualidade para produtos elaborados com matérias-primas de origem vegetal.
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Representantes da Comissão Nacional da Pecuária de Corte manifestaram preocupação com o assunto, uma vez que a utilização de termos para produtos de origem animal, como leite, hambúrguer, carne e queijo, nos rótulos dos produtos à base de plantas pode causar confusão entre os consumidores e até prejudicar a cadeia produtiva de carne, leite e outros.
“Atualmente existem vários produtos vegetais utilizando essas nomenclaturas, então a consulta pública é uma oportunidade para propor mudanças para não causar danos a nenhum setor”, afirmou o assessor técnico da CNA, Rafael Ribeiro.
O encontro também discutiu a situação da pecuária nacional, projeto da Confraria da Carcaça Nelore e do Sistema Painel CNA.
Fonte: Ascom CNA
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