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Quase terminada a semeadura do trigo no Rio Grande do Sul.

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Com área cultivada de trigo na safra 2023 estimada em 1.505.704 hectares, a lavoura está em fase de finalização de implantação. Segundo o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (27/07), 97% da área já foi implantada, restando apenas a conclusão das atividades em áreas maiores, localizadas nas regiões altas do Planalto e Campos de Cima da Serra. Quanto ao desenvolvimento das lavouras, 97% estão na fase de desenvolvimento vegetativo e 3% em floração.

Segundo técnicos da Emater/RS-Ascar, o estabelecimento inicial da cultura do trigo continua apresentando resultados superiores aos observados nas duas safras anteriores, evidenciando um desenvolvimento inicial satisfatório. O cenário climático dos últimos períodos teve um impacto positivo na cultura, permitindo a retomada do processo de enraizamento e desenvolvimento. Também foi observado um aumento no perfilhamento das plantas, que ocorreu durante a conjunção de baixas temperaturas e alta incidência de radiação solar.

Na região de Ijuí, a semeadura do trigo está praticamente encerrada, dentro do período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), restando apenas algumas lavouras para implantar com recursos próprios, para consumo nas propriedades. É possível perceber visualmente os estragos causados ​​pelas chuvas torrenciais dos dias 12/07 e 13/07. O carreamento de solo das áreas mais altas para as mais baixas resultou em perdas significativas de fertilizantes e sementes, além do assoreamento de drenos, açudes e áreas de menor altitude. Algumas lavouras que foram semeadas mais cedo e estão em fase de alongamento sofreram acamamento devido aos ventos, mas devem se recuperar.

As lavouras de aveia branca iniciam o processo de maturação, com 1% das áreas implantadas neste estádio fenológico, que também apresenta as seguintes fases: 75% em desenvolvimento vegetativo, 17% em floração, 7% em enchimento de grãos e 1% em início do processo de amadurecimento. Essa distribuição de fases indica o escalonamento do plantio, contribuindo para a otimização do manejo da lavoura. Aproveitando a melhora das condições climáticas, os produtores intensificaram os tratamentos fitossanitários, principalmente o controle de doenças fúngicas, que surgiram nas últimas semanas, afetando as folhas e caules das plantas.

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Na região próxima ao rio Uruguai, as áreas onde a aveia branca foi implantada anteriormente apresentam acamamento pontual devido às chuvas e ventos do ciclone extratropical. Algumas dessas áreas estão sendo manejadas para a implantação da cultura do milho, a fim de minimizar possíveis danos e evitar atrasos na semeadura precoce do cereal. Este fato pode reduzir a área prevista para colheita de grãos de aveia.

Na canola, as condições climáticas do período proporcionaram um ambiente propício para a realização dos tratos culturais e, ao mesmo tempo, estimularam o crescimento frutífero da cultura. O controle de plantas daninhas também apresentou resultados satisfatórios neste contexto. Atualmente, 66% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 26% em floração e 8% em enchimento de grãos.

A semeadura da cevada está terminando. Durante o período, a exposição solar e as baixas temperaturas, aliadas à umidade adequada do solo, foram favoráveis ​​ao crescimento e desenvolvimento da cultura e contribuíram para a menor incidência de doenças, possibilitando a realização de tratamentos fúngicos, quando necessário. A cultura da cevada está atualmente em fase de desenvolvimento vegetativo, e algumas culturas localizadas no Planalto Médio estão entrando em fase de floração, embora esse percentual ainda não atinja 1%.

OLÉRICO E FRUTAS

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Cebola – Na região administrativa da Emater/RS-Ascar, em Pelotas, o transplante de mudas para canteiros permanentes de produção avança lentamente devido às condições climáticas e à umidade do solo. Devido à passagem do ciclone extratropical nos dias 12/07 e 13/07, alguns produtores acionaram o seguro agrícola como forma de mitigar as perdas. As áreas já transplantadas se desenvolvem bem. Não há problemas fitossanitários, mas o clima úmido e a baixa insolação podem favorecer o desenvolvimento de doenças, exigindo tratamentos preventivos nas lavouras. Os produtores estão plantando bulbos para a produção de sementes, que tem sido prejudicada pelo clima nas últimas semanas. A expectativa é plantar 120 hectares em Herval, principal produtor.

Morango – Na região administrativa da Emater-RS/Ascar de Bagé, os produtores de morango de Alegrete relatam uma produção ainda pouco expressiva. Os frutos apresentam tamanho pequeno, menor intensidade de cor e sabor, além de deformações. Na região de Lajeado, em Feliz, maior produtor de morango da região e onde são cultivados 50 hectares, os produtores já têm produção de mudas deste ano, com boa carga de frutas. As condições climáticas estão sendo favoráveis ​​ao desenvolvimento de doenças fúngicas, devido à alta umidade e dias nublados, exigindo estratégias de manejo dos produtores, preferencialmente com produtos biológicos. O quilo do morango está a R$ 20,00, e há relatos de que a procura está normal.

PASTOS E CRIAÇÕES

As pastagens de aveia e azevém responderam bem às condições climáticas, mas algumas áreas foram prejudicadas por fortes chuvas. A pastagem nativa está sendo utilizada como suporte forrageiro, mas seu crescimento está desacelerando devido à queda das temperaturas.

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CARNE E CRIAÇÃO DE BOVINOS – O estado corporal do gado tem variado de acordo com a disponibilidade de pastagens de inverno. As fases predominantes são a recria e a gestação, existindo alguns lotes de porcas que já estão a dar à luz. O mercado interno está com baixa demanda e os produtores estão mantendo os animais em busca de melhores preços futuros. Enquanto isso, a comercialização de bezerros para recria aumentou devido ao período de desmame. Na região de Caxias do Sul, a condição corporal dos animais está em declínio, devido à restrição alimentar, típica da época. Os touros ainda são mantidos separados para garantir uma boa condição nutricional na época de reprodução, enquanto as vacas prenhes são monitoradas. O preço do boi segue estável, com baixa comercialização.

CRIAÇÃO DE OVELHAS – Pastagens de aveia e azevém estão sendo utilizadas, proporcionando ganho de peso adequado para todas as categorias do rebanho. O período é de parto, bem como a prevenção de doenças dos cascos e ataques de predadores. Muitos produtores estão adotando estratégias para evitar a perda de cordeiros por hipotermia. Na região de Passo Fundo, é o último período de parto das ovelhas. As práticas de destacamento e castração de cordeiros já estão sendo realizadas. Na região de Porto Alegre, os animais apresentam boa condição corporal, inclusive as mães em fase de parto. Seguem-se os cuidados com as doenças dos cascos devido ao excesso de umidade no solo. Mais uma vez, os produtores relatam ataques de cães predadores a cordeiros.


Jornal Campo do Campo
De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar, a implantação da lavoura de trigo na safra 2023 está em fase de finalização. Até o momento, 97% da área estimada de 1.505.704 hectares já foi implantada, faltando apenas a conclusão das atividades em áreas maiores, localizadas nas regiões altas do Planalto e Campos de Cima da Serra. O desenvolvimento das lavouras está satisfatório, com 97% na fase de desenvolvimento vegetativo e 3% em floração. O estabelecimento inicial da cultura do trigo apresentou resultados superiores aos das últimas duas safras, graças às condições climáticas favoráveis.

Quanto às lavouras de aveia branca, o plantio está escalonado, contribuindo para a otimização do manejo. Os produtores estão intensificando os tratamentos fitossanitários para combater doenças fúngicas que surgiram recentemente.

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Na cultura da canola, as condições climáticas estão propícias para os tratos culturais e estimulando o crescimento. A cevada também está se desenvolvendo bem, com exposição solar, baixas temperaturas e umidade adequada do solo.

No setor de hortaliças, o plantio de cebola está avançando lentamente devido às condições climáticas. Os produtores estão enfrentando problemas fitossanitários, exigindo tratamentos preventivos nas lavouras. Na produção de morango, alguns produtores relatam problemas de tamanho, cor e sabor dos frutos, além de deformações, devido ao clima úmido e dias nublados.

No setor de criação de animais, as pastagens de aveia e azevém estão respondendo bem, mas algumas áreas foram prejudicadas por chuvas fortes. O mercado interno de carne bovina está com baixa demanda, e a comercialização de bezerros para recria aumentou devido ao desmame. Na criação de ovelhas, as pastagens de aveia e azevém estão sendo utilizadas, proporcionando ganho de peso adequado. Os produtores também estão tomando cuidados para evitar a perda de cordeiros por hipotermia e ataques de predadores.

Fonte
**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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