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Projeto avalia o uso de biológicos no sistema soja-algodão

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A importante contribuição dos produtos biológicos para a produção agrícola brasileira já está consolidada. Diferentes projeções apontam para o forte crescimento da indústria desse setor, bem como o interesse dos produtores rurais em utilizar essa ferramenta de gestão. Ciente de seu papel em contribuir para uma agricultura cada vez mais sustentável e rentável, por meio de informações de pesquisa que resultam do cenário de cada safra, a Fundação de Amparo à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) vem desenvolvendo o Projeto Biológico.

Conduzido pela equipe do setor de Fitopatologia e Biológicos da instituição, o projeto foi idealizado na safra 2020/21 com a instalação de tratamentos no Centro de Aprendizagem e Difusão (CAD) em Nova Mutum e Sapezal. No ciclo 2022/23, os trabalhos decorrem maioritariamente no CAD Oeste, em Sapezal, e iniciaram-se a 19 de outubro, com a sementeira da soja.

Os pesquisadores João Paulo Ascari e Karla Kudlawiec, integrantes da equipe, que também inclui a pesquisadora Mônica Müller, explicam os principais objetivos do projeto. Entre eles está a avaliação do desempenho de produtos biológicos no controle de doenças, pragas e nematoides nas lavouras de soja e algodão, bem como sua contribuição no manejo integrado. E com as informações elucidadas a cada safra, disseminar as estratégias e seus resultados aos produtores rurais.

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“Hoje, o controle de pragas e doenças, principalmente no sistema soja-algodão, está muito intensificado no uso de defensivos químicos, mas existem outras alternativas disponíveis. A utilização de biocontroladores é uma forma de alcançar mais sustentabilidade, aumentando o manejo já praticado, com resultados de produtividade satisfatórios para o produtor e com menor impacto ao meio ambiente”, destaca João Ascari.

Como funciona

Na edição 2022/23, duas empresas participarão da iniciativa com o posicionamento de seus respectivos produtos, Biocontrol e Lallemand. O objetivo macro do projeto é reunir informações a partir de práticas que combinem aplicações químicas e biológicas e mostrar as diferentes opções disponíveis ao produtor”, enfatiza Karla Kudlawiec.

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De forma multidisciplinar, a pesquisa inclui análises nematológicas, severidade de doenças que afetam a cultura avaliada, monitoramento de infestações de pragas e resultados de produtividade.

Para a interpretação dos dados obtidos em campo, o setor de Data Science da Fundação MT, atualmente composto pelos pesquisadores Paulo Souza e Danilo dos Reis Cardoso Passos, desenvolveu uma Plataforma de Análise exclusiva para o projeto. São ferramentas para análises estatísticas robustas, que consideram a natureza da distribuição dos dados e reportam com resultados interativos.

Cada empresa participante tem acesso a quatro tratamentos – testemunha, padrão químico, manejo biológico e manejo integrado, posicionando seus produtos apenas dentro do biológico e integrado.

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No padrão químico foi feito o tratamento das sementes e depois programadas as aplicações foliares para doenças e pragas, à medida que atingem o nível de controle, sendo apenas o inoculante um bioinsumo. No padrão biológico também é realizado o tratamento de sementes, o planejamento das aplicações foliares e o uso do químico será fornecido conforme a necessidade ou não, dependendo do posicionamento do portfólio utilizado.

No integrado, será mantido o manejo químico (TS e aplicações foliares) e adicionado o manejo biológico, com bionematicidas, bioinseticidas (conforme monitoramento da população da praga) e biofungicidas. Para a parcela com testemunha, utiliza-se apenas o inoculante biológico no tratamento de sementes, sem realizar o controle de pragas e doenças.

Após o término da safra de soja, o projeto continua durante a safra de algodão, com a semeadura em Sapezal prevista para 25 de janeiro de 2023.

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Expectativas, resultados e divulgação

Os pesquisadores acreditam que, nessa cultura da soja, as doenças que podem estar mais presentes e serão alvo dos resultados da pesquisa são a mancha-alvo e a cercosporiose. Entre as pragas, a expectativa é de maior pressão de lagartas, sugadores (percevejos) e moscas-brancas.

Dados de severidade, quais doenças e pragas estiveram presentes, possíveis nematóides na área e o resultado de produtividade do Projeto Biológico serão apresentados em eventos da Fundação MT. “Levaremos os dados para Reunião Técnica da Soja, Reunião Técnica do Algodão, mas também em rodadas com produtores e visitas técnicas. O relatório final também estará disponível para a comunidade em geral por meio do aplicativo da Fundação MT”, apontam os responsáveis.

Os especialistas apontam ainda que a intenção é desenvolver o projeto por mais tempo e, assim, ter consistência de dados para serem divulgados aos produtores. “Cada temporada é uma condição diferente, então precisamos trazer dados de várias temporadas e assim ter maior consistência nos resultados com diferentes materiais, diferentes cenários, e mostrar a viabilidade do uso de agentes biológicos”, finaliza João Ascari.

Para mais informações sobre o Projeto Biológico na safra 2022/23, entre em contato com o pesquisador João Ascari, em [email protected].

Fundação MT: Criada em 1993, a instituição desempenha importante papel no desenvolvimento da agricultura, apoiando o meio agropecuário em sua missão de fornecer informações técnicas, imparciais e confiáveis ​​para orientar a tomada de decisão do produtor. A sede está localizada em Rondonópolis-MT, com três laboratórios e estufas, seis Centros de Aprendizagem e Difusão (CAD) distribuídos pelo Estado nos municípios de Sapezal, Sorriso, Nova Mutum, Itiquira, Primavera do Leste com ponto de apoio em Campo Verde e Serra da Petrovina em Pedra Preta. Para mais informações acesse www.fundacaomt.com.br e baixe o aplicativo da instituição.

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Fonte: Agro

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