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Produtores avaliam impactos das chuvas e retomam plantio

    Produtores retomam plantio e avaliam impactos após as chuvas

    Retomada do plantio das culturas de verão no Paraná

    A melhora no clima nos últimos dias possibilitou a retomada do plantio das culturas de verão, como soja, milho, arroz e trigo. No entanto, as chuvas também causaram impactos negativos em algumas produções, como o arroz, trigo, cevada e feijão. Confira a análise completa do Boletim de Conjuntura Agropecuária do Deral, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), relativo à semana de 3 a 9 de novembro.

    Por Fernanda Toigo/Sou Agro

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    Sumário

    1. Retomada do Plantio das Culturas de Verão

    – Avanço do plantio de soja e milho

    – Condição das áreas já plantadas

    2. Problemas na Produção do Arroz

    – Impacto das chuvas nas lavouras de arroz irrigado

    – Possibilidade de replantio

    3. Trigo e Cevada em Colheita

    – Problemas nas lavouras de trigo

    – Desclassificação da cevada para a indústria cervejeira

    4. Reflexos das Tempestades no Feijão e no Coco

    – Impacto nas áreas de plantio de feijão

    – Cultivo e colheita do coco no Paraná

    5. Produção de Carne Bovina, Peru e Ovos

    – Comercialização e exportação de carne bovina e de peru

    – Projeções para a produção e exportação de ovos

    6. Fonte e Autoria do Artigo

    A melhora no clima nos últimos dias, com as chuvas dando trégua em todo o Estado, possibilitou a retomada do plantio das culturas de verão, particularmente soja e milho. De outro lado, foi possível evidenciar problemas de produção em arroz, que estava em período de semeadura, e trigo e cevada, já em colheita. As análises constam no Boletim de Conjuntura Agropecuária relativo à semana de 3 a 9 de novembro, documento preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

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    Ainda sobre o plantio, o relatório divulgado registra que a soja está com 73% dos 5,8 milhões de hectares plantados, enquanto o milho atingiu 95% dos 314 mil hectares previstos para a safra. Com o tempo firme, projeta-se avanço consistente sobretudo da soja, que tem um pequeno atraso no Sul do Estado.

    No entanto, as áreas que já estavam plantadas apresentaram piora nas condições. No caso da soja, o plantio chegou a 92% das lavouras estavam boas e baixou para 89%, enquanto as áreas em situação média subiram de 7% para 9%. No milho houve redução de 83% para 78% para as lavouras consideradas boas, e aumentou de 15% para 19% as medianas.

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    ARROZ – O boletim do Deral aponta que o cereal também foi bastante prejudicado pelas chuvas. A estimativa de outubro para o arroz irrigado era de que 81% da área de 18 mil hectares estava plantada e as lavouras desenvolviam-se bem. No entanto, houve mudança significativa.

    As chuvas atingiram as cabeceiras do Rio Ivaí e seus afluentes, causando inundações nas margens. Ali estão oito dos 10 municípios que mais produzem arroz, concentrando 80% da área destinada ao produto. Estima-se que mais de 10 mil hectares ficaram submersos ao menos um dia, o que pode acarretar perda significativa, ainda que haja possibilidade de replantio.

    TRIGO E CEVADA – Para essas duas culturas de inverno, que estavam em colheita, o período pós-chuva permitiu confirmar os problemas já previstos. O trigo tem ainda 8% da área de 1,4 milhão de hectares a ser colhida. Nesta semana apenas 23% foram classificados como boas, ante 42% da semana anterior. Nas últimas áreas colhidas havia muitos grãos germinados na espiga.

    No caso da cevada, a colheita avançou 16 pontos porcentuais e chegou a 70% da área de 87,3 mil hectares, com grande parte da produção desclassificada para uso na indústria cervejeira. Na fração de 30% a colher, apenas 28% estão em boas condições, ante 37% da semana anterior.

    FEIJÃO – O feijão também teve reflexos das últimas tempestades. O plantio chegou a 86% dos 111,4 mil hectares previstos, avançando apenas 3 pontos percentuais desde a semana anterior. No campo, as áreas em condições boas diminuíram 11 pontos percentuais e estão em 62%, enquanto 34% estão medianas e 4%, ruins.

    COCO – O boletim agropecuário discorre também sobre o coco. Na fruticultura nacional é cultivado em 189,5 mil hectares. Ceará, Pará e Bahia estão à frente. No Paraná, o coco se desenvolve no Norte e Noroeste. Em 2022, a colheita rendeu 1,5 mil toneladas em 213 hectares, com Valor Bruto de Produção de R$ 3,9 milhões.

    Nas Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasas) foram transacionadas 6,6 mil toneladas do produto no ano passado, com giro de R$ 24,3 milhões, a um preço médio de R$ 3,65 o quilo. A fruta chegou principalmente da Bahia (21,6%), do Espírito Santo (18,9%) e do Rio Grande do Norte (14,4%).

    CARNE BOVINA E PERU – Após iniciar novembro com altas, o preço da arroba bovina acumula queda e foi comercializada a R$ 228,50 nesta semana. A proximidade do final do ano, com a entrada do 13º salário, tende a aumentar a demanda no curto prazo, pois historicamente a carne bovina é a preferida dos brasileiros.

    O boletim registra ainda que a exportação de carne de peru pelo Brasil chegou a 53,6 mil toneladas nos três trimestres de 2023, de acordo com o Agrostat Brasil/Mapa. Isso resultou em receitas de US$ 158,7 milhões. O Paraná é o terceiro principal produtor e exportador (US$ 33,137 milhões e 12.550 toneladas), atrás do Rio Grande do Sul (US$ 70,402 milhões e 20.620 toneladas) e Santa Catarina (US$ 55,183 milhões e 20.490 toneladas) .

    OVOS – A produção nacional de ovos deve atingir 55,5 bilhões de unidades em 2023, pelas projeções da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), citada pelo documento do Deral. Um pequeno aumento em relação às 52 bilhões de unidades do ano passado.

    Também está previsto crescimento, ainda que reduzido, no consumo per capita no Brasil, de 241 unidades em 2022 para 242 unidades por pessoa este ano. Já as exportações estão em ascensão, com estimativas de embarque de 32,5 mil toneladas este ano, contra 9,47 mil toneladas no ano passado.

    (COM AEN)

    (Fernanda Toigo/Sou Agro)

    Retomada do Plantio de Culturas de Verão

    A retomada do plantio das culturas de verão, especialmente soja e milho, foi possibilitada pela melhora no clima, com as chuvas dando uma trégua em todo o Estado. No entanto, a produção de arroz, trigo, cevada, feijão e coco foi afetada pelas últimas tempestades, segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

    Soja e Milho

    O relatório revela que a soja está com 73% dos 5,8 milhões de hectares plantados, enquanto o milho atingiu 95% dos 314 mil hectares previstos para a safra. O tempo firme está contribuindo para o avanço consistente do plantio de soja, apesar de um pequeno atraso no Sul do Estado. No entanto, as áreas já plantadas apresentaram piora nas condições, com redução na qualidade das lavouras de soja e milho.

    Arroz

    O arroz irrigado foi bastante prejudicado pelas chuvas, com estimativas de que mais de 10 mil hectares ficaram submersos ao menos um dia. Isso pode acarretar perdas significativas, apesar da possibilidade de replantio. As inundações nas margens do Rio Ivaí e seus afluentes afetaram oito dos 10 municípios que mais produzem arroz, concentrando 80% da área destinada ao produto.

    Trigo e Cevada

    As chuvas também prejudicaram a colheita de trigo e cevada. O trigo tem ainda 8% da área de 1,4 milhão de hectares a ser colhida, mas apenas 23% foram classificados como boas. Na cevada, a colheita avançou, mas grande parte da produção foi desclassificada para uso na indústria cervejeira.

    Feijão e Coco

    O feijão teve reflexos das últimas tempestades, com áreas em condições boas diminuindo e áreas medianas e ruins aumentando. Quanto ao coco, o boletim agropecuário discorre sobre o cultivo em diferentes regiões do país e seu rendimento.

    Carne Bovina e Peru

    O preço da arroba bovina acumula queda, mas a proximidade do final do ano tende a aumentar a demanda. Em relação à carne de peru, o Brasil exportou 53,6 mil toneladas nos três trimestres de 2023, resultando em receitas de US$ 158,7 milhões. O Paraná é o terceiro principal produtor e exportador do produto.

    Ovos

    A produção nacional de ovos deve atingir 55,5 bilhões de unidades em 2023, com previsão de crescimento no consumo per capita no Brasil e também nas exportações.

    (Fernanda Toigo/Sou Agro)

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

    Os destaques do Boletim de Conjuntura Agropecuária relativo à semana de 3 a 9 de novembro, preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), apontam para a retomada do plantio das culturas de verão, como soja e milho, devido à melhora no clima nos últimos dias. No entanto, problemas de produção foram evidenciados em outras culturas, como arroz, trigo, cevada e feijão, devido às chuvas.

    Embora a soja e o milho estejam registrando um avanço no plantio, as condições das áreas já plantadas pioraram. Além disso, o arroz foi prejudicado pelas chuvas, com áreas submersas que podem acarretar perdas significativas. As culturas de inverno, como trigo e cevada, também enfrentaram problemas durante o período pós-chuva.

    Outras culturas, como feijão, coco, carne bovina, peru e ovos, estão passando por variações devidas ao contexto climático e mercadológico. A produção nacional de ovos, por exemplo, está prevista para atingir 55,5 bilhões de unidades em 2023, com um pequeno aumento em relação ao ano anterior.

    Em suma, o cenário agrícola do Paraná reflete a interação complexa entre o clima e as atividades produtivas, que impactam diretamente na economia agrícola e, consequentemente, no abastecimento e nas exportações de diversos produtos.

    ### Perguntas com Respostas:

    ## Quais são as culturas de verão mais afetadas pelas chuvas?
    R: As chuvas afetaram principalmente a produção de soja e milho.

    ### Como as chuvas prejudicaram o plantio de arroz?
    R: As chuvas causaram inundações nas áreas de plantio, resultando em perdas significativas.

    #### Qual a previsão para a produção nacional de ovos em 2023?
    R: A produção nacional de ovos está prevista para atingir 55,5 bilhões de unidades em 2023.

    ##### Qual é a situação da exportação de carne de peru pelo Brasil?
    R: A exportação de carne de peru pelo Brasil chegou a 53,6 mil toneladas nos três trimestres de 2023, resultando em receitas de US$ 158,7 milhões.

    ###### Qual o impacto das chuvas nas centrais de abastecimento do Paraná?
    R: Nas Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasas) foram transacionadas 6,6 mil toneladas do produto no ano passado, com um giro de R$ 24,3 milhões, a um preço médio de R$ 3,65 o quilo.

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