Instabilidade Climática Afeta a Previsão da Safra de Grãos para 2024
A queda na produção agrícola e o impacto do clima
A instabilidade do clima é a principal razão para a previsão de safra de grãos em 2024 menor que a de 2023, segundo o gerente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Carlos Alfredo Barradas.
O primeiro prognóstico do IBGE para a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para o próximo ano é de 308,5 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 2,8% se comparado a 2023, recorde da série histórica. Apesar disso, caso confirmada, será a segunda maior safra da história do país.
“O principal motivo [para a queda da produção] é a instabilidade climática. A gente vinha do La Niña em 2022, que é caracterizado por seca no Sul e excesso de chuvas no Norte e Nordeste. Agora, passamos para o El Niño, com chuvas no Sul e seca no Norte e Nordeste. Mas que também traz instabilidade no Centro-Oeste, que responde por mais da metade da produção do país”, diz Barradas, que é responsável pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE.
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Análise IBGE da produção de grãos
- Instabilidade do clima
- Impacto na safra de 2024
- Culturas de primeira e segunda safra afetadas
- Influência do patamar elevado de produção de 2023
Trigo
- Redução da previsão de produção
- Excesso de chuvas no Sul do país
- Impacto na qualidade e quantidade de grãos
- Principal produção no Rio Grande do Sul e Paraná
Amazonas
- Impacto de seca na região Norte
- Redução significativa na produção de grãos
- Impacto local, mas pouca representatividade nacional
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A instabilidade do clima é a principal razão para a previsão de safra de grãos em 2024 menor que a de 2023, segundo o gerente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Carlos Alfredo Barradas.
O primeiro prognóstico do IBGE para a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para o próximo ano é de 308,5 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 2,8% se comparado a 2023, recorde da série histórica. Apesar disso, caso confirmada, será a segunda maior safra da história do país.
“O principal motivo [para a queda da produção] é a instabilidade climática. A gente vinha do La Niña em 2022, que é caracterizado por seca no Sul e excesso de chuvas no Norte e Nordeste. Agora, passamos para o El Niño, com chuvas no Sul e seca no Norte e Nordeste. Mas que também traz instabilidade no Centro-Oeste, que responde por mais da metade da produção do país”, diz Barradas, que é responsável pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE.
As culturas de primeira safra, como a soja, estão atualmente na época do plantio. No caso do Centro-Oeste, a falta de chuvas tem feito os produtores adiarem esse momento de plantio, segundo ele. E há casos de quem já começou o plantio, mas terá que repetir o processo.
“Há casos em alguns municípios de quem já plantou soja e está tendo que plantar de novo porque não germinou direito”, conta.
Esse atraso no plantio pode acabar tendo impacto nas culturas de segunda safra, como o milho, o feijão e o sorgo, por exemplo, lembra ele. Isso porque as culturas de primeira safra plantadas mais tarde são colhidas mais tarde e, com isso, empurram o plantio das demais.
“O atraso na implantação das lavouras de primeira safra pode reduzir a janela de plantio ideal para as culturas de segunda safra, que têm cada vez mais importância nas estimativas, principalmente pelo milho”, afirma.
O patamar elevado de produção de 2023 e a queda de preços de alguns produtos ao longo do ano também aparecem como influência para esse recuo da safra de grãos em 2024. Este ano, quatro culturas devem registrar recorde: soja, milho, sorgo e algodão. Ao mesmo tempo, o aumento da oferta dos produtos agrícolas pela safra recorde pressionou os preços para baixo.
“Teve recorde em vários produtos em 2023, então o patamar é alto. As variações não devem ser tão grandes no próximo ano. Além disso, vários produtos reduziram preço, como soja, milho e trigo. Então o produtor diminuiu as margens de produtividade, o que pode afetar os investimentos”, explica o gerente do IBGE.
No que se refere a preço, ele lembra que a saca de soja era comercializada por algo entre R$ 180 e R$ 190 no ano passado, mas o valor caiu para perto de R$ 120, R$ 130 este ano. No caso do milho, o preço da saca caiu de R$ 80, R$ 90 em 2022 para R$ 40, R$ 50 este ano. Em Mato Grosso, importante produtor, chegou a ser comercializada a R$ 35.
A despeito da previsão de queda – que “pode mudar bastante, por ser o primeiro prognóstico” –, Barradas destaca que o volume de 308,5 milhões de toneladas ainda é elevado. “É uma safra ainda muito boa”, diz.
Trigo
Com a continuidade do excesso de chuvas no Sul do país, o IBGE reduziu em 12,9% sua previsão para a produção de trigo em outubro em relação a setembro, e a cultura não deve mais ter recorde em 2023.
A estimativa agora é atingir 9,167 milhões de toneladas em 2023, 8,7% a menos que em 2022, quando foi de dez milhões de toneladas. E o número ainda pode cair mais, segundo o gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), Carlos Alfredo Barradas.
“As culturas de inverno, como o trigo, ainda estão em período de colheita. E o excesso de chuvas no Sul afeta a qualidade e a quantidade de grãos. Temos uma queda bem significativa na previsão para o trigo e já sabemos que não será mais possível alcançar um recorde”, diz Barradas.
Os maiores produtores da cultura são o Rio Grande do Sul e o Paraná. Em outubro, em relação a setembro, a estimativa de colheita para os Estados caiu 22,4% e 7,2%, respectivamente.
“As chuvas que continuam caindo no Sul reduzem ainda mais a produção. Esse mês a redução foi de 1,4 milhão de toneladas, sendo que só no Rio Grande do Sul, a queda foi de 1,1 milhão toneladas. Realmente foi uma queda muito grande no Estado”, afirma o gerente do IBGE.
Amazonas
A seca na região Norte no país fez com que a safra de grãos prevista para o Estado de Amazonas fosse reduzida para quase um terço do esperado anteriormente, mostra o IBGE.
A estimativa em setembro era de uma produção de 31,3 mil toneladas de grãos no Amazonas em 2023, número que caiu para 11,7 mil toneladas em outubro. O recuo foi de quase 20 mil toneladas ou 62,7%.
“A seca na região Norte está afetando principalmente a colheita no Amazonas. Isso não afeta a produção nacional, já que o Estado tem pouca representatividade, mas tem impacto local”, diz Barradas.
A produção do Amazonas responde por menos de 0,1% da safra brasileira de grãos em 2023, de 317,3 milhões de toneladas. A Amazônia vive atualmente um agravamento de sua crise ambiental, com incêndios florestais e uma das piores secas da história recente.
Instabilidade do Clima e a Previsão de Safra de Grãos para 2024
De acordo com o gerente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Carlos Alfredo Barradas, a instabilidade do clima é o principal fator para a previsão de uma safra de grãos menor em 2024 em comparação com 2023.
Prognósticos para a Produção de Cereais, Leguminosas e Oleaginosas
O IBGE estimou a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas em 308,5 milhões de toneladas para 2024, representando uma queda de 2,8% em relação ao recorde de 2023. No entanto, ainda seria a segunda maior safra da história do país.
Impacto da Instabilidade Climática na Produção
O gerente do IBGE, Barradas, aponta a instabilidade climática como o principal motivo para a queda na produção. As mudanças nos padrões climáticos, incluindo o La Niña em 2022 e o El Niño atualmente, têm trazido seca para o Sul e excesso de chuvas no Norte e Nordeste. Esses padrões climáticos instáveis também afetam o Centro-Oeste, que é responsável por mais da metade da produção de grãos do país.
As culturas de primeira safra, como a soja, estão sofrendo com a falta de chuvas, levando os produtores a adiarem o plantio e, em alguns casos, a terem que replantar devido à germinação inadequada. Além disso, esse atraso no plantio pode impactar as culturas de segunda safra.
Impacto da Produção Recorde de 2023 nos Preços e na Oferta
O alto volume de produção em 2023 e a queda nos preços de alguns produtos ao longo do ano são apontados como influências para a redução na safra de grãos em 2024. Vários produtos registraram recordes em 2023, pressionando os preços para baixo e diminuindo as margens de produtividade dos produtores.
Barradas destaca que a produção recorde de 2023 levou a variações menores nos preços para o próximo ano. O valor da saca de soja e milho, por exemplo, diminui significativamente ao longo do ano, afetando os investimentos dos produtores.
Cenário para a Produção de Trigo
O alto volume de chuvas no Sul do país impactou a produção de trigo. A previsão levou a uma redução de 12,9% na produção em outubro em relação a setembro, com a estimativa de 9,167 milhões de toneladas em 2023, 8,7% menor que em 2022.
Situação no Estado do Amazonas
A seca na região Norte do Brasil resultou em uma redução significativa na previsão da safra de grãos no Estado do Amazonas. A produção estimada caiu para quase um terço da estimativa anterior em outubro, impactando a colheita local, mas com pouca representatividade nacional.
Com o primeiro prognóstico feito pelo IBGE para 2024, é possível observar os efeitos da instabilidade climática e da produção recorde de 2023 nos setores agrícolas. A previsão de uma safra menor para o próximo ano deverá gerar impactos significativos na produção e nas condições econômicas do país.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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Perguntas e respostas com títulos HTML:
Qual é a previsão de safra de grãos para 2024?
A previsão para 2024 é de 308,5 milhões de toneladas, representando uma queda de 2,8% em relação a 2023.
Quais são as principais razões para a queda da produção de grãos em 2024?
A instabilidade do clima e o El Niño, com chuvas no Sul e seca no Norte e Nordeste, são os principais motivos para a queda da produção de grãos em 2024.
Quais culturas devem ser afetadas pela instabilidade climática?
As culturas de primeira safra, como a soja, estão na época do plantio e tem enfrentado a falta de chuvas, causando atrasos e replantios. Isso pode impactar as culturas de segunda safra, como o milho, o feijão e o sorgo.
Conclusão:
Em conclusão, a instabilidade climática tem um impacto significativo na previsão da safra de grãos em 2024, com a redução da produção estimada. Além disso, o aumento da oferta dos produtos agrícolas pela safra recorde de 2023 causou uma queda nos preços, afetando as margens de produtividade dos produtores. Apesar dos desafios, a previsão de 308,5 milhões de toneladas ainda representa uma safra elevada.
Fim do artigo:
A instabilidade do clima é a principal razão para a previsão de safra de grãos em 2024 menor que a de 2023, segundo o gerente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Carlos Alfredo Barradas.
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