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Prévia de inflação, IPCA-15 sobe 0,16% em outubro, revela IBGE

    Previa de inflacao IPCA 15 sobe 016 em outubro revela IBGE

    Após dois meses consecutivos de deflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação do mês de outubro, subiu 0,16%. No ano, o indicador acumula alta de 4,80% e de 6,85% nos últimos 12 meses. A queda de 6,14% nos preços dos combustíveis influenciou o resultado, assim como nos últimos meses. Os números foram divulgados hoje (25), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Entre os grupos, apenas Transportes (-0,64%), Comunicação (-0,42%) e Artigos de Casa (-0,35%) caíram em outubro. Em Transportes, o motivo da queda está relacionado à retração dos preços dos quatro combustíveis: etanol (-9,47%), gasolina (-5,92%), óleo diesel (-3,52%) e gás veicular (-1,33%) . Segundo o IBGE, o maior impacto negativo entre os subitens do IPCA-15 veio da gasolina, com alta de 0,29 ponto percentual (pp).

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    A pesquisa também indicou que a queda em Transportes está abaixo da observada no mês anterior, quando caiu 2,35%. O maior impacto positivo individual (0,18 pp) em outubro foi causado pelas passagens aéreas, que subiram 28,17%, enquanto em setembro subiram 8,20%. Os reajustes de 12% em Fortaleza, a partir de 1º de setembro; e 5% em Porto Alegre, a partir de 4 de outubro, contribuíram para o aumento dos ônibus intermunicipais (0,42%), além dos aumentos em placas (1,72%) e reparação de automóveis (0,64%). Esses dois subitens são de grande peso no grupo.

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    Ainda de acordo com a pesquisa, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais (0,10 pp) foi o que causou maior impacto entre as altas. Principalmente influenciados pelo aumento dos planos de saúde (1,44%), os preços subiram 0,80% em outubro. “Essa aceleração foi influenciada por reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em planos de saúde contratados antes da Lei nº 9.656/98 e com efeito retroativo desde julho. O aumento dos preços dos itens de higiene pessoal (1,10%) também influenciou a alta do grupo”, informou o IBGE.

    Vestuário registrou a maior variação (1,43%) entre os grupos. Os destaques foram as altas de calçados e acessórios (1,82%), roupas infantis (1,71%) e joias (1%). O vestuário masculino (1,54%) e o vestuário feminino (0,98%) apresentaram desaceleração em relação ao mês anterior.

    Segundo o IBGE, a alta de Alimentos e Bebidas (0,21%), grupo que havia recuado em setembro, também explica a volta do índice geral ao campo positivo. Influenciado pelo aumento dos preços das frutas (4,61%), batata (20,11%), tomate (6,25%) e cebola (5,86%), a alimentação em casa subiu 0,14%. Por outro lado, leite longa vida (-9,91%), óleo de soja (-3,71%) e carnes (0,56%) registraram quedas de preços.

    A alimentação fora de casa passou de 0,59% em setembro para 0,37% em outubro. Houve alta na refeição de 0,44% em outubro, enquanto em setembro havia sido de 0,36%. No entanto, o salgadinho, que teve variação de 0,94% nos preços em setembro, desacelerou e registrou alta de 0,23% em outubro.

    Com o aumento de 0,07% na energia elétrica, o grupo Habitação teve alta de 0,28%. “Com a Lei Complementar 194/22, os serviços de transmissão e distribuição foram retirados da base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em alguns estados. Mas foram identificados casos em que a cobrança continuou e, no IPCA-15 de outubro, foram feitos ajustes para compensar a retirada do ICMS, para contabilizar na conta padrão o que foi cobrado dos consumidores”, disse o IBGE.

    Ele acrescentou que, voluntariamente, algumas concessionárias também decidiram retirar os serviços de transmissão e distribuição da base de cálculo do ICMS. “Isso foi levado em conta na conta padrão, que, nesses casos, tem esses serviços retirados da base de cálculo do imposto”, indicou.

    A taxa de água e esgoto foi outra, dentro do indicador, que cresceu (0,39%). O resultado foi impactado pelo reajuste médio de 13,22% aplicado a uma das concessionárias de Porto Alegre (3,36%) ao final de setembro.

    Regiões

    O IPCA-15 de outubro também mostrou que nove das 11 regiões pesquisadas tiveram inflação em outubro. “A maior variação foi registrada em Brasília (0,56%), com impacto do aumento das passagens aéreas (37,59%), e a menor, em Curitiba (-0,24%), influenciada pela queda da gasolina (-6,58 %)”.

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    Segundo o IBGE, a diferença entre o IPCA-15 e o IPCA, que é o indicador oficial de inflação do país, está relacionada apenas ao período de coleta e abrangência geográfica. Para cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados de 15 de setembro a 13 de outubro de 2022 (referência) e comparados com os vigentes de 13 de agosto a 14 de setembro de 2022 (base).

    “O IPCA-15 refere-se às famílias com renda de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a procedência, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e do município de Goiânia”, concluiu o IBGE.



    Fonte: Agro