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porquê a cultura brasileira atingiu níveis recordes de produção – boiapasto.com.br

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Por José Maria Tomazela – Estadão

Cultivo de soja
porquê a cultura brasileira atingiu níveis recordes de produção – boiapasto.com.br 4

O cultor Emílio Kenji Okamura, que cultiva murado de 1.800 hectares em Capão Bonito, no sudoeste paulista, demonstra que colher três safras agrícolas em pouco tempo não é mais uma novidade. Ele adota um sistema eficiente em que vegetal feijoeiro entre agosto e setembro, colhe em dezembro, começa a plantar soja na mesma superfície, para colher em abril, e depois abre espaço para o trigo, que estará pronto em setembro.

Okamura destaca que as condições favoráveis ​​de solo e clima da região, com regime de chuvas regulares, permitem essa sucessão de safras. Ele não está sozinho nessa prática, pois muitos agricultores brasileiros adotaram métodos semelhantes.

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Avanços tecnológicos, porquê plantio direto, rega e melhoramento genético de vegetalidade, permitem aos agricultores brasileiros colher até três safras por ano na mesma superfície. Em algumas regiões é verosímil obter três safras completas de grãos, porquê soja, milho e trigo, sem a premência de revolvimento, grade ou adubação prévia do solo. O especiaria é aplicado junto com as sementes, que são plantadas quase imediatamente em seguida a colheita da safra anterior. É cada vez mais geral ver tratores com plantadeiras trabalhando simultaneamente com a colheitadeira nos campos brasileiros.

Segundo Alexandre Nepomuceno, gerente-geral da Embrapa Soja, um conjunto de técnicas e práticas agrícolas, aliadas à pesquisa, tem permitido o progressão da terceira safra em todo o país. Ele destaca que 70% dos murado de 77 milhões de hectares cultivados no Brasil já adotam o plantio direto, o que possibilita colheitas sucessivas na mesma superfície. Nepomuceno destaca que a expansão da soja no país tem contribuído para esse progressão, pois além de ser altamente produtiva, essa cultura tem características que preservam e enriquecem o solo, evitando seu esgotamento.

A capacidade de produzir safras consecutivas na mesma superfície é fator crucial para o aumento da produção agrícola brasileira sem a premência de expansão para novas áreas de cultivo. Essa abordagem é baseada no plantio direto, uma prática conservacionista iniciada por agricultores brasileiros na dez de 1970. Essa técnica consiste em manter o solo sempre enroupado por vegetalidade ou sobras vegetais, geralmente palha da safra anterior, permitindo a semeadura e adubação sem a premência de revolvimento do solo.

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A expansão da soja, que possui variedades precoces, com ciclo de 100 a 120 dias, ajudou a estreitar o calendário das lavouras, permitindo mais colheitas em menos tempo. Principal grão cultivado no país, a soja está incluída em praticamente todos os esquemas de uso intenso do solo, em rodízio com milho safrinha, feijoeiro, sorgo e cobertura vegetal. “Outros países produtores de grãos, porquê Argentina, Estados Unidos e toda a Europa, não conseguem isso porque têm invernos rigorosos”, disse o pesquisador da Embrapa.

Em Capão Bonito (SP), produtores conseguem obter produção acima da nacional, com cinco safras em dois anos
Em Capão Bonito (SP), produtores conseguem obter produção supra da vernáculo, com cinco safras em dois anos Foto: Tiago Queiroz/Estadão

rotação de grãos

Em áreas cultivadas por Cooperativa Agrícola Capão Bonitono sudoeste paulista, os 102 agricultores associados seguem um esquema de cinco temporadas em dois anos – um ano com três safras, outro com duas – e obtêm subida produtividade. A soja, plantada em 24 milénio hectares, é utilizada em todos os ciclos, em rotação com milho, milho safrinha, sorgo, trigo, feijoeiro e coberturas verdes. O solo é enroupado durante todo o ano com cultivos ou vegetalidade que aumentam a umidade, reciclam nutrientes e combatem doenças do solo.

Um dos cooperados, o produtor Walter Kashima, cultiva murado de 2.500 hectares. Em meados de fevereiro, ele colheu em média 80 sacas (4.800 quilos) de soja por hectare. Na mesma superfície, ele semeava o milho que será colhido entre junho e julho deste ano. Os três plantadores seguiram o rastro de palha esmagada deixado pelas colhedoras e abriram sulcos para depositar a semente com especiaria.

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Para realizar o plantio direto, os produtores deixam a palha e os resíduos da safra colhida no solo, que, assim, fica protegido do sol e da erosão. Essa cobertura mantém a umidade do solo, favorece o desenvolvimento de microorganismos e protege a suplente de fertilizantes utilizados na lavoura. Também evita a compactação do solo. Plantadeiras próprias para esse cultivo abrem sulcos no solo e depositam as sementes, junto com o especiaria. O próprio equipamento cobre os sulcos com terreno, favorecendo a germinação.

Produtor Walter Kashima, de Capão Bonito (SP): soja e milho na mesma área, e ganho na produção
Produtor Walter Kashima, de Capão Bonito (SP): soja e milho na mesma superfície e ganhos de produção Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Segundo Nepomuceno, da Embrapa, o país consegue subida produtividade mesmo com plebeu uso de rega. “A maior segmento da superfície brasileira de grãos depende das chuvas. Na soja, por exemplo, exclusivamente 4% da superfície é irrigada. Irrigar 46 milhões de hectares é quase impossível. Além do dispêndio, teremos o problema da chuva, que é muito escassa. Portanto, investimos no bom manejo, na rotação de culturas, e aí entra novamente a pesquisa, que nos permitiu desenvolver variedades de soja, por exemplo, com sistema radicular mais profundo e mais resistente à seca.”

No oeste do Paraná, os agricultores também já colhem três safras consecutivas em um ano, sempre incluindo a soja. O Estado é o segundo maior produtor do país e colhe 20,7 milhões de toneladas nesta safra. O produtor Amauri Grisotti, 52 anos, que cultiva 640 hectares no município de Toledo, escolheu uma cultivar de soja precoce com ciclo de 120 dias para rodá-la com um híbrido de milho superprecoce, que dura 140 dias. “Estou plantando soja na safra, milho na entressafra e trigo no inverno. Nesse sistema, a produtividade totalidade melhorou em 20% porque a suplente de fertilizantes no solo é transferida de uma lavoura para outra”.

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produção dupla

porquê o país tem biomas Com grande variedade, as regiões agrícolas adaptam o manejo das lavouras utilizando as tecnologias disponíveis em cada superfície. A terceira safra no Mato Grosso costuma envolver soja, milho safrinha e cobertura vegetal; já no Paraná e interno de São Paulo, entram soja, milho e trigo ou sorgo; no Mato Grosso do Sul, soja, milho e pasto (braquiária); e no Rio Grande do Sul, Estado com temperaturas mais baixas, trigo, soja e hortaliças.

“Temos agora o sistema de plantar soja no meio do milho, que ainda é incipiente, mas tem tudo para se expandir”, disse Nepomuceno.

A utilização de sistemas de produção intercalados pode levar o Brasil a vergar a atual produção de grãos na próxima dez, segundo o pesquisador. “Temos uma superfície de 120 milhões de hectares de pastagem, e metade disso é pastagem degradada. Dados de FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) mostram que vamos aumentar, só para a soja, de 10 milhões para 15 milhões de hectares, e a soja é uma grande recuperadora de solo, portanto também recupera pastagens.”

Natividade: Estadão See More

Curadoria: Equipe Portal Boi a Pasto

**Nascente texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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