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Plantio de trigo atinge 55% da superfície estimada para esta safra, aponta Emater

A cultura do trigo está em tempo de implantação, mas o soberania de chuvas e umidade suspendeu parcialmente a semeadura na maioria dos municípios produtores do Estado. Segundo o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (22/06), até o momento, 55% da superfície estimada para trigo já foi semeada, mais especificamente na região Noroeste. A estimativa para a safra 2023 indica que a superfície a ser cultivada com trigo no RS é de 1.505.704 hectares. A produtividade esperada é de 3.021 kg/ha.

A ocorrência de chuvas não teve impacto negativo nas lavouras estabelecidas, e os altos volumes de chuva na região afetada pelo furacão não atingiram as áreas de cultivo de cereais. A umidade adequada do solo tem favorecido a germinação – tempo inicial do desenvolvimento vegetativo –, resultando em estande de vegetalidade adequado e vista fitossanitário satisfatório.

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A aveia branca também está sendo implantada, porém, a atividade foi comprometida devido ao excesso de umidade no solo causado pela persistência das chuvas. Algumas lavouras, que antes apresentavam sinais de estresse hídrico, conseguiram restaurar o turgor. No entanto, a maioria das lavouras, que não foram afetadas, apresenta desenvolvimento vegetativo satisfatório. Para esta safra, a superfície de cultivo estimada é de 365.081 hectares e a produtividade é de 2.340 kg/ha.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, o desenvolvimento da aveia branca é favorável, com magnífico germinação e estabelecimento inicial. As lavouras estão em tempo de perfilhamento e recebendo adubação nitrogenada em cobertura. Outrossim, as condições fitossanitárias são muito boas, com baixa incidência de pragas e doenças.

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Também em implantação, a cultura da canola teve sua semeadura dificultada pelas condições meteorológicas registradas nos últimos períodos. Está projetada uma superfície de cultivo de 67.219 hectares, e produtividade de 1.632 kg/ha. Na região de Santa Rosa, a superfície cultivada é de 32.180 hectares, com produtividade estimada de 1.592 kg/ha. Até agora, 88% da superfície foi plantada. 93% das áreas estão em tempo de desenvolvimento vegetativo e 7% em início de floração. As lavouras, que apresentam densidade de vegetalidade satisfatória e magnífico aspecto, embora tenham sido observadas incidências prematuras de infestação de pragas, tornando-se necessário realizar o controle.

Na cevada, a projeção de cultivo é de 35.899 hectares, e a produtividade é de 3.144 kg/ha. A lavoura está sendo implantada, mas a semeadura está suspensa devido à reincidência das chuvas. As lavouras apresentam bom estabelecimento inicial, com emergência uniforme e vegetalidade sadias. Nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Erechim e Ijuí, a superfície semeada chega a 80%; na de Frederico Westphalen, chega a 45%; e em Soledade, 15%.

CULTURAS DE VERÃO

Soja – Com a colheita encerrada nos 6.513.891 hectares cultivados com soja no RS (produtividade estimada de 1.923 kg/ha), os sojicultores estão em tempo de planejamento do plantio da próxima safra, priorizando a obtenção de crédito antecipado. -custo. Entretanto, uma série de problemas de inconsistência cartográfica tem sido observada em algumas regiões decorrentes do interceptação entre o georreferenciamento do CAR e o planta das áreas a serem financiadas, prejudicando a contratação das operações. Outro vista que tem gerado inúmeras dúvidas é a novidade classificação de solos adotada no Zoneamento Agrícola de Risco Climatológico (Zarc), principalmente em relação aos seus impactos nas janelas de plantio das lavouras e à possibilidade de utilização das análises de solos atuais. A expectativa também é grande quanto à divulgação dos parâmetros do novo Projecto Safra, que deve ser divulgado na próxima semana. Atenção próprio é dada às taxas de juros, limites financiáveis, valor supremo de habilitação, custos adicionais no Proagro e volume de recursos destinados a subsidiar seguros privados.

Milho – A superfície cultivada no Estado é estimada em 810.380 hectares e a produtividade estimada é de 4.440 kg/ha. Devido às condições meteorológicas vigentes no período, a colheita avançou unicamente 1% da superfície, chegando a 99%. Os produtores aguardam, com expectativa, a definição do Projecto Safra para continuar encaminhando propostas de custeio das lavouras para a próxima safra aos agentes financeiros.

OLERÍCULOS

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, em Uruguaiana, as condições fitossanitárias das folhosas são boas. O tripes, principal inseto praga e vetor de doenças, está sendo muito controlado devido às temperaturas mais baixas, que favorecem o manejo. As produções de alface, rúcula, couve, tempero verdejante e espinafre estão em magnífico momento, com folhas vistosas e vegetalidade livres de insetos e doenças. O preço dessas espécies apresentou uma ligeiro queda nas últimas semanas devido à oferta copioso.

Na região de Lajeado, as baixas temperaturas favorecem as lavouras de estação fria. Os volumes de chuva eram esperados para a recuperação das nascentes, mas a concentração, em pequeno período, na região do Vale do Caí, causou prejuízos às hortas e inundou as áreas urbanas de São Sebastião do Caí e Montenegro, e áreas alagadas ribeiras, córregos e rios, causando o putrefacção de segmento das lavouras, variando conforme o município e as características das áreas.

Na região de Porto Jubiloso, o mercado de folhosas se estabilizou na semana. No entanto, devido à ocorrência de precipitação decorrente da ação de um furacão extratropical, houve perdas de lavouras em regiões importantes para o fornecimento do Rio Grande do Sul. O Litoral Setentrião, Vale dos Sinos e Vale do Paranhana foram fortemente afetados por enchentes e ventos.

PASTOS E CRIAÇÕES

Apesar das baixas temperaturas e da ocorrência de dias nublados, as pastagens de inverno se desenvolvem muito, garantindo o aporte nutricional dos animais. Em locais onde as chuvas foram intensas, houve registros de perdas nas pastagens por pisoteio e desenraizamento causados ​​pelos animais.

Na pecuária de namoro, as chuvas dificultaram as ações no campo, principalmente nos locais onde havia excesso de umidade no solo, deixando os campos encharcados. Houve relatos de mais casos de tristeza parasitária no rebanho, situação relacionada à subida infestação de carrapatos nos últimos meses. Nascente é o período para os produtores fazerem a enunciação anual obrigatória de seus rebanhos nas Inspetorias de Resguardo Agropecuária (IDAs), que vai até o final de outubro.

Na pecuária leiteira, a melhor qualidade e bom desenvolvimento das pastagens de inverno (aveia e azevém) proporcionam aumento na produção de leite, permitindo a redução da suplementação de concentrados porquê nascente de proteína. Apesar das baixas temperaturas, não houve problemas relacionados ao conforto térmico, já que os rebanhos leiteiros são compostos por animais de origem européia, mais adaptados a locais de insensível extremo. Porém, o excesso de chuva também provoca a formação de vasa nos locais utilizados pelos animais, principalmente próximos à ordenha, aumentando as chances de contaminação do leite e casos de mastite.

PESCA ARTESANAL – Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas, a pesca na Lagoa dos Patos está fechada até 30/09. Em Rio Grande, a maioria dos pescadores já encaminhou a documentação para receber o seguro fechado. Em Pelotas, apesar do defeso, a venda de peixes em estoque continua. Na Lagoa Mirim, o nível da chuva ainda está muito inferior da média. Em Tavares, a entressafra é na Lagoa do Peixe, que está voltando a encher, mas ainda não há incidência de camarão.

Na região de Porto Jubiloso, a passagem do furacão extratropical impactou a atividade pesqueira em diversos municípios do Litoral Setentrião do RS. Em Capão da Canoa e Xangri-Lá, a força da chuva provocou a perda de artes, principalmente linhas de pesca fixas na orla da praia. O impacto também afetou a pesca em águas interiores, devido ao lixo e materiais arrastados pela enchente dos morros e cidades atingidas.

Fonte: Noticias Agricolas

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