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Pesquisadores e técnicos discutem ações para minimizar o avanço da…

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Detectada inicialmente no estado do Mato Grosso, em 2015, Amaranthus palmeri, ou Caruru-gigante, é uma planta daninha quarentenária, de grande risco sanitário para o Brasil. O segundo estado a detectar sua presença foi o Mato Grosso do Sul, no engenho Naviraí, no final de 2022.

Para conscientizar sobre essa exótica erva daninha e buscar soluções, foi realizado um seminário para discussões entre diferentes segmentos da cadeia agrícola, especialmente a agricultura, em um evento online (https://youtu.be/uVinx7Pxciw). Iniciando a live, no dia 2 de março, o moderador do evento, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Fernando Mendes Lamas, alertou: “O Amaranthus palmeri é uma planta daninha de difícil controle, de crescimento muito rápido, que pode competir significativamente com culturas econômicas , principalmente milho, algodão e soja”. Participaram pesquisadores e técnicos ligados à agricultura de 20 estados brasileiros e do Distrito Federal.

O chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Harley Nonato de Oliveira, destaca que a planta infestante “causa grande preocupação, não só pela agressividade que exerce, mas também pela capacidade dessa planta de selecionar resistência. Por isso é de grande importância ter todas essas instituições [no seminário on-line] para discutir o assunto, conter o avanço dessa erva daninha no Mato Grosso do Sul e discutir as ações que precisam ser colocadas em prática. A melhor forma de combater o inimigo é conhecendo-o bem e através da discussão, compartilhando conhecimentos, encontrar as melhores formas de conter esta planta. E essas ações que vamos abordar [no seminário] atendem não só o Mato Grosso do Sul, mas todo o Brasil”, disse Nonato.

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Em tempo – Em 10 de março de 2023, o vídeo já conta com mais de 3.400 visualizações desde o dia em que foi transmitido ao vivo em 2 de março de 2023.

Disseminação vegetal – existem várias espécies de caruru. No seminário, tratou-se da espécie Amaranthus palmeri, conhecida como caruru gigante. Esta espécie tem alta capacidade de competir com soja, milho e algodão. O que se sabe é que, possivelmente, a chegada do Amaranthus palmeri a Naviraí se deu por meio do trânsito de máquinas agrícolas, principalmente colheitadeiras, como acredita-se ter ocorrido no primeiro relato da planta exótica no Brasil, em Mato Grosso, no ano a partir de 2015.

Mas também podem se espalhar por cachoeiras naturais, canais de irrigação, composto para fertilizantes e esterco animal e por pássaros e mamíferos.

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Caracterização do Amaranthus palmeri – é uma erva daninha prolífica, ou seja, produz sementes em grande quantidade, chegando a 250.000 sementes por planta. As sementes são pequenas, lisas e arredondadas e sua cor pode variar do marrom-avermelhado ao preto. Pode crescer entre 2,5 cm a 4 cm por dia, dificultando as aplicações de herbicidas pós-emergentes. O formato da folha é rastejante e espinhoso, podendo apresentar lâminas foliares que variam de ovaladas a rômbico-ovadas, podendo atingir até três metros de altura, possui folhas largas e flores verdes em forma de espiga.

Saiba mais sobre a planta – Confira em publicações como Caracterização e manejo do Amaranthus palmeri (https://bit.ly/3JxqtCd) e Estratégias de controle para Amaranthus palmeri resistente a EPSPs e herbicidas inibidores de ALS (https://bit.ly/3mdqLol).

Autoridades participantes da Live – Celso Martins, superintendente da Superintendência Federal do Ministério da Agricultura do Mato Grosso do Sul (SFA/MS); Rogério Beretta, Secretário Executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável do MS, representando Jaime Verruck, que é Secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Inovação e Tecnologia (Semadesc) do governo do MS; Daniel Ingold, presidente do Instituto Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), e Harley Nonato de Oliveira, presidente da Embrapa Agropecuária Oeste.

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Palestrantes – Ricardo Hilman, do Departamento de Saúde Vegetal, do Mapa, Brasília/DF, ministrou palestra sobre as ações oficiais de vigilância, controle e erradicação do Amaranthus palmeri no Brasil. Glaucy da Conceição Ortiz, do Iagro, de Campo Grande, MS, falou sobre a situação da maconha no Mato Grosso do Sul. O pesquisador Dionísio Luiz Pisa Gazziero, da Embrapa Soja, Londrina/PR, expôs a história, dispersão e situação atual da erva daninha. Alexandre Ferreira da Silva, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas/MG, mostrou detalhes da biologia dessa planta daninha. O pesquisador Sidney Douglas Cavalieri, da Embrapa Algodão, Campina Grande/PB, apresentou as melhores práticas de manejo dessa espécie.

Organizadores do evento – realização da Embrapa por meio das Unidades: Oeste Agropecuária, Algodão, Milho e Sorgo e Soja, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa); e o governo do estado do Mato Grosso do Sul por meio da Semadesc e do Iagro. Também contou com o apoio da Associação dos Produtores de Algodão do Mato Grosso do Sul (Ampasul), da Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) e da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul. (Famasul).



Fonte: Noticias Agricolas

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