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pecuarista vê queda do preço da arroba em plena entressafra • Portal DBO

O mercado de boi gordo vem trabalhando sob pressão baixista desde o anúncio das férias coletivas em importantes frigoríficos do país, informam nesta quinta-feira, 10 de agosto, as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário brasileiro.

Com essa notícia, diz Scot Consultoria, a oferta de gado gordo para o mercado cresceu, resultando em um avanço nas escalas de abate das unidades frigoríficas.

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Conforme apurado por Scot, as indústrias paulistas abriram o dia baixando o preço do gado vivo paulista em R$ 4/@, enquanto o valor da novilha gorda teve retração diária de R$ 3/@.

Com isso, o macho acabado passa a ser comercializado no interior de São Paulo por R$ 300/@, enquanto a vaca gorda vale R$ 278/@ e a novilha é vendida por R$ 300/@ (preço bruto e futuro) , segundo dados escoceses.

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Além de São Paulo, o movimento de queda nos preços da arroba atingiu outros importantes mercados de pecuária no Brasil, segundo analistas da IHS Markit.

“Os contratempos refletem, em parte, os horários de abate minimamente confortáveis ​​entre as unidades frigoríficas, que podem servir até 15 dias, bem como a readaptação das operações industriais por meio da redução do abate diário”, justifica o IHS, que também apontou a decisão de fechamento temporário de algumas plantas da JBS como responsável pelo enfraquecimento da arroba.

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Segundo o IHS, nestas primeiras semanas de agosto não se confirmaram as expectativas de um fluxo mais consistente de consumo interno de carne bovina, o que fez com que alguns frigoríficos remodelassem suas operações de produção junto à cadeia de distribuição.

“Essa ação busca evitar a formação de estoques excedentes e impactos negativos nos preços finais da proteína bovina, o que significaria reduzir as margens operacionais das indústrias”informa o IHS.

O abate de bovinos no país, continua a consultoria, registrou forte evolução nos primeiros sete meses deste ano.

“Esse fator se traduz em uma oferta de carne bovina acima da capacidade de absorção do mercado, principalmente em relação aos cortes que não são exportados majoritariamente para o mercado externo”notas.

Com isso, em plena entressafra, os frigoríficos brasileiros passaram a atuar de forma mais cadenciada na compra de gado gordo, reduzindo bastante a demanda por animais.

Na avaliação do IHS, outro fator que alimenta a pressão baixista no mercado de boi gordo é o expressivo aumento observado nos preços das diárias em bovinos/confinados.

“Os pecuaristas informam que, neste ano, os preços diários das fazendas de gado variam de R$ 23 a R$ 26 por dia por animal. No mesmo período do ano passado, os mesmos custos variaram de R$ 16 a R$ 18/cabeça”compara o IHS.

O avanço nos custos dos boiteis representa um desembolso até 45% maior quando comparado às operações de confinamento da temporada passada, acrescenta a consultoria.

“Dado esse aumento nos desembolsos com operações de engorda no cocho, os pecuaristas são levados a vender seus animais assim que registram o peso ideal para o abate, não deixando espaço para esperar melhores condições de preço na arroba”relatório dos analistas do IHS.

A IHS Markit observa que onde o confinamento não é característico da produção na região, há relatos de um período de mais de dois meses sem chuva, notadamente nas praças da região norte do país.

Nesse sentido, diz o IHS, com o potencial de pastejo perdendo força, os produtores entram no mercado oferecendo maiores volumes de animais e cedendo a preços em patamares abaixo dos máximos atuais.

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Apesar do volume de exportações brasileiras de carne bovina registrar, ao longo deste ano, o maior aumento da série histórica, há um excedente significativo de cortes que não são absorvidos pelo mercado externo.

Desta forma, observa o IHS, o consumo interno não tem fôlego suficiente para absorver o excesso de oferta de proteína bovina – pelo menos por enquanto.

Segundo analistas, há esperança de retomada consistente da demanda interna por carne bovina neste ano, favorecida por programas de ajuda financeira, além de eventos como Eleições (maior injeção de dinheiro no mercado) e Copa do Mundo (período de festas estimula consumo de churrascos e outras receitas com carnes vermelhas, de longe as preferidas dos brasileiros).

Máximo de cotações para homens e mulheres nesta quarta-feira, 10/08
(Fonte: IHS Markit)

SP-Noroeste:

boi a R$ 31/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

MS-Ouro:

boi a R$ 290/@ (em dinheiro)
vaca a R$ 270/@ (em dinheiro)

MS-C. Grande:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 287/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 283/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 283/@ (à vista)
vaca a R$ 265/@ (em dinheiro)

MT-Colíder:

boi a R$ 280/@ (em dinheiro)
vaca a R$ 265/@ (em dinheiro)

GO-Goiânia:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca R$ 275/@ (prazo)

Vá para o sul:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 275/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 300/@ (em dinheiro)
vaca a R$ 275/@ (em dinheiro)

MG-Triângulo:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)

MG-BH:

boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 280/@ (em dinheiro)
vaca a R$ 270/@ (em dinheiro)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 321/@ (à vista)
vaca a R$ 297/@ (em dinheiro)

Fronteira RS:

boi a R$ 321/@ (à vista)
vaca a R$ 297/@ (em dinheiro)

PA-Maraba:

boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca a R$ 262/@ (prazo)

PA-Resgate:

boi a R$ 275/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 284/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

TO-Araguaine:

boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)

TO-Grupo:

boi a R$ 280/@ (em dinheiro)
vaca a R$ 263/@ (em dinheiro)

RO-Cacoal:

boi a R$ 265/@ (em dinheiro)
vaca a R$ 250/@ (em dinheiro)

RJ-Campos:

boi a R$ 292/@ (prazo)
vaca a R$ [email protected] (data limite)

MA-Açailândia:

boi a R$ 275/@ (à vista)
vaca a R$ 260/@ (em dinheiro)

Fonte: Portal DBO

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