No final de junho, a Plataforma Global do Café (GCP) reuniu-se para a Assembleia de Membros e o Congresso Nacional em Bonn, Alemanha. O evento contou com a participação do Conselho Nacional do Café (CNC), como representante oficial do Brasil, e de especialistas internacionais, para promover discussões sobre estratégias para a sustentabilidade e prosperidade dos cafeicultores.
O encontro abordou a Estratégia GCP 2.0, com a presença do consultor Donald Summers e da representante da GCP Global, Lauren Weiss. Os representantes brasileiros da GCP, Pedro Ronca, Eduardo Matavelli, Tamara Barim, discutiram a elaboração de um plano de negócios para a entidade. O objetivo é arrecadar fundos para atingir as metas do GCP.
O objetivo da GCP Global é reduzir a diferença entre a renda atual dos agricultores e obter uma renda próspera até 2030. No Brasil, a GCP tem como foco aumentar a resiliência dos produtores às mudanças climáticas, um dos principais desafios enfrentados pelo país, para garantir a prosperidade da 100.000 pequenos e médios cafeicultores até 2030.
Marion Feige-Muller, pesquisadora do BASIC Research Centre (França), apresentou um estudo sobre a distribuição dos custos ao longo da cadeia de valor do café, com foco no mercado alemão. O objetivo é melhorar a acessibilidade, transparência e compreensão das informações relacionadas à produção e consumo de café. Marion solicitou apoio para obter dados sobre custos de produção, cadeias de suprimentos, armazenagem, impostos e controle de qualidade no Brasil.
No dia 27 de junho, aconteceu a Assembleia de Sócios “Defendendo a Sustentabilidade do Café”. Annette Pensel apresentou as conquistas alcançadas junto com os membros e destacou o fortalecimento da Plataforma por meio de novas parcerias. A estratégia GCP 2.0 busca alcançar uma mudança transformacional na prosperidade dos agricultores, com o objetivo de alcançar mais de 1 milhão de cafeicultores até 2030.
O encontro destacou a importância da transparência na cadeia produtiva do café e a necessidade de garantir preços justos e adaptação às mudanças climáticas. Os Planos Nacionais do GCP Brasil foram considerados um passo importante para enfrentar esses desafios, com propostas ambiciosas que exigem o apoio dos associados e investimentos internos e externos.
O Conselho Nacional do Café (CNC) foi o convidado especial para representar a GCP Brasil em um painel sobre os principais desafios enfrentados pelos agricultores do país. Representantes de Honduras, Indonésia, Quênia, Uganda e Vietnã também participaram para compartilhar suas perspectivas.
“A entidade entende que, como representante da produção, deve estar presente em todas as discussões que possam impactar a vida dos cafeicultores brasileiros para não ser surpreendida por propostas e ações que possam acarretar aumento nos custos de produção ou obrigação adicional aos brasileiros legislação”, analisou Silas Brasileiro, presidente do CNC.
**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**
