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Paraná realiza operação para reduzir casos de greening e reforçar prevenção

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Foto: Adapar/Divulgação

Como atividade de conscientização, monitoramento e reforço de medidas de prevenção e controle do HLB (Huanglongbing) ou greening, uma das principais pragas que afetam a citricultura mundial, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) promoveu na semana passada uma operação que visa diminuir o incidência de greening (Operação Big Citros) no Noroeste do Paraná.

O trabalho foi feito tanto em pomares comerciais quanto em propriedades rurais e urbanas com frutas para consumo familiar. Entre as orientações repassadas estão a compra apenas de mudas certificadas, evitando comprar e plantar aquelas vendidas em ambulantes e o corte voluntário de árvores onde a praga já foi detectada.

Segundo o gerente de fitossanidade da Adapar, Renato Blood, o greening é uma doença com potencial de inviabilizar a citricultura no Paraná e em todo o Brasil, com forte impacto na economia das regiões produtoras. Não há tratamento e o controle precisa ser preventivo.

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“Os citricultores precisam se conscientizar sobre a necessidade de eliminação das plantas cítricas com HLB, do controle efetivo do inseto vetor e da eliminação sistemática das plantas doentes”, afirmou. “Isso é fundamental para reverter a tendência atual de aumento da incidência da peste”.

redução de produção

O HLB ou greening dos citros é uma praga importante devido à sua severidade, rápida disseminação e dificuldades de controle. No Brasil, a bactéria Candidatus Liberibacter asiaticus (CLas) é o principal agente causal do HLB. A doença atinge praticamente todas as espécies cítricas, além da murta (Murraya paniculata), Fortunella spp. e Poncirus spp., e é transmitido pelo psilídeo cítrico asiático Diaphorina citri Kuwayama.

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Segundo o coordenador do programa de Vigilância e Prevenção de Pragas em Frutas da Adapar, Paulo Jorge Pazin Marques, o esverdeamento afeta gravemente as plantas cítricas, principalmente pela queda prematura dos frutos, o que resulta na redução da produção.

Além disso, os frutos ficam menores, deformados, podendo apresentar sementes abortadas, açúcares reduzidos e acidez elevada, o que deprecia seu sabor, reduzindo a qualidade e o valor comercial, tanto para consumo in natura quanto para processamento industrial.

Ainda segundo Marques, a doença provoca a senescência de todas as partes da planta cítrica, o que pode levar à morte precoce, reduzindo a vida útil dos pomares. Praticamente todas as espécies e cultivares comerciais de citros são sensíveis ao greening, independentemente do porta-enxerto utilizado.

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maior ação

A Operação Big Citros foi a maior ação de vigilância fitossanitária já realizada pela Adapar, com 40 colaboradores envolvidos diretamente nas ações em mais de 300 pontos georreferenciados em 13 municípios, em propriedades com plantas hospedeiras, tanto em áreas comerciais quanto não comerciais, pomares abandonados e plantas isoladas.

Considerando a gravidade desse problema fitossanitário, a Adapar, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento emitiram Nota Técnica no final de julho. Alerta e orienta a sociedade e os diversos segmentos da cadeia produtiva da citricultura sobre a gravidade da doença, a obrigatoriedade do cumprimento da legislação fitossanitária vigente e a adoção rigorosa de medidas técnicas para combatê-la.

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As plantas infectadas apresentam inicialmente folhas com manchas amarelas (ou totalmente amarelas, se forem jovens) em apenas um ou alguns ramos, condição que pode evoluir para toda a copa da planta. Se houver produção, haverá queda prematura dos frutos, que serão pequenos, assimétricos e mais verdes, com sementes abortadas, reduzido teor de açúcar e elevada acidez.

VBP

A área ocupada pela citricultura no Paraná é de aproximadamente 29.200 ha, sendo 20.700 ha de laranja, 7.000 ha de tangerina e 1.500 ha de limão Tahiti. O Valor Bruto da Produção Citrícola totalizou R$ 826,8 milhões com uma produção de 842,4 mil toneladas de frutas (SEAB/Deral, 2022).

Destacam-se os municípios de Paranavaí, Alto Paraná, Guairaçá, Nova Esperança e Cruzeiro do Oeste, com produção de laranja; Altonia, produzindo limas ácidas; e os municípios de Cerro Azul e Doutor Ulisses, com a produção de tangerina ponkan.

É AEN

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