O fortalecimento da economia e os bons resultados alcançados pelo Paraná nos últimos anos passam pelo cooperativismo. A certeza foi feita pelo governador Carlos Tamanho Ratinho Junior nesta quinta-feira (15), durante a preâmbulo do Fórum de Presidentes 2023 – Conectando Cooperativas nos Continentes: Fortalecendo Parcerias entre Brasil e Europa, realizado em Foz do Iguaçu, no Oeste. A programação segue até esta sexta-feira.
O governador também anunciou dois novos programas voltados para cooperativas: o primeiro é para armazenagem de grãos, já que o estado vem batendo recordes de produção; e o segundo será utilizado para investimentos em novas vegetalidade industriais.
Serão R$ 250 milhões, por meio do Siscred (Sistema de Controle de Transferência e Utilização de Créditos Acumulados), da Secretaria da Rancho Estadual, direcionados a cooperativas que possuem crédito tributário de exportação para construção de silos. Na mesma risca, serão liberados até R$ 500 milhões para novas vegetalidade industriais em regiões com insignificante Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). São semelhantes ao protótipo adotado em 2022 para implantação de usinas de biomassa e fotovoltaicas.
“As cooperativas já anunciaram muro de R$ 30 bilhões em investimentos nos próximos anos e queremos oferecer mais incentivos, gerando tarefa e renda para a população”, disse Ratinho Junior.
“O cooperativismo paranaense é o mais possante do país. Esta é uma tradição do estado. E as cooperativas estão ganhando força e industrializando a produção primária. Queremos ser o supermercado do mundo, trabalhando cada vez mais com vitualhas, ampliando nossas práticas de plantio, sempre pensando na sustentabilidade”, reforçou o governador.
Ratinho Junior também destacou o bom envolvente econômico do Paraná, tornando-se a 4ª maior economia do Brasil e com a maior participação de sua história no PIB Pátrio; reconhecimento pela OCDE uma vez que exemplo de sustentabilidade para o mundo; e a política de incentivo à constituição de empresas, que proporcionou ao Estado investimentos de R$ 9 bilhões no setor de proteína bicho.
Esses investimentos, disse o governador, são resultado, sobretudo, de uma conquista histórica para o Paraná: os certificados internacionais de livre de febre aftosa sem vacinação e de extensão livre de peste suína clássica de forma independente, concedidos pelo Organização Mundial de Saúde Bicho (OIE) e que completou dois anos em maio de 2023.
“São mais de 60 anos de trabalho conjunto entre governo e setor privado pelo reconhecimento da saúde bicho no Paraná”, afirmou.
Com o selo internacional, o Estado pode ampliar o mercado de exportação da músculos paranaense e já vem trabalhando nisso, com uma série de missões internacionais realizadas em 2023 para países com potencial comprador, uma vez que Japão e Coreia do Sul, principalmente músculos bovina e suínos, mostrando até o trabalho de cooperativas paranaenses.
O secretário de Cultura e Provisão, Norberto Ortigara, que também participou do evento, destacou o trabalho conjunto do poder público e privado para ampliar os mercados. “Nosso protótipo é um vencedor. Há possante presença do cooperativismo em diversas áreas da economia, movimentando R$ 187 bilhões só em 2022. Nosso papel, além de reconhecer o esforço, é definir políticas que possam dar suporte a essa expansão”, afirmou.
COOPERATIVISMO – De convenção com os dados mais recentes do Sistema OCB (de 2021), o Brasil possui 4.880 cooperativas ativas, das quais 52% (2.535) operam há mais de 20 anos. Dados do Sistema Ocepar mostram que no ano pretérito o Paraná contava com 223 cooperativas, com mais de 3,1 milhões de associados e 135 milénio funcionários.
A receita totalidade foi de R$ 187 bilhões, com participação de 64% no Resultado Interno Bruto (PIB) Agrícola do Estado. Ao todo, são sete ramos de atuação das cooperativas: cultura, consumo, crédito, infraestrutura, saúde, transporte e trabalho, produção de bens e serviços.
Para incentivar o cooperativismo, o Governo do Estado conta com uma série de iniciativas voltadas ao setor, uma vez que o Coopera Paraná (Programa de Base ao Cooperativismo da Cultura Familiar), que visa fortalecer o pequeno cooperativismo, melhorar a competitividade e a renda dos associados. Por meio de editais, as cooperativas contam com comitiva técnico-gerencial; formação de técnicos e gestores; comercialização e entrada a mercados; e instrumentos e políticas de base.
O Instituto de Desenvolvimento Rústico do Paraná Iapar-Emater (IDR-Paraná) oferece extensão rústico, geração de cultivares e sistemas de controle de pragas. O programa Paraná Mais Orgânico, que orienta produtores interessados na produção orgânica e que receberá aporte financeiro de R$ 7,9 milhões para a ininterrupção e ampliação da rede de centros de certificação; melhoria das estradas rurais para o escoamento da produção; além do Banco do Colono Paranaense, com taxas de juros mais atrativas para investimentos; e o programa RenovaPR, que incentiva o uso de vontade renovável, são algumas das iniciativas do governo estadual que ajudam a fomentar o cooperativismo.
FÓRUM – Promovido pelo Sistema Ocepar, nascente ano o Fórum de Presidentes reúne 200 participantes e visa aproximar os mercados brasílio e europeu, apresentando diversas oportunidades de negócios e possíveis alianças entre América do Sul e Europa. Com foco nas práticas ESG (Ambiental, Social e Governança), estão reunidos os presidentes das principais cooperativas do Brasil, uma vez que Castrolanda/Unium, Coamo, Cocamar, Frimesa, Unimed Paraná, entre outras.
O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, anunciou o Projecto Cooperativo Paraná (PRC200), sancionado simbolicamente pelos presidentes das cooperativas. Na prática, o novo projecto pretende aumentar o faturamento para R$ 200 bilhões, com superávit líquido de R$ 10 bilhões, investimento anual de pelo menos R$ 5 bilhões, e atingir 4 milhões de cooperados com 200 milénio empregados diretos.
“Estamos lançando um novo projecto de desenvolvimento cooperativo, com toda uma metodologia para calcular isso, determinando novos investimentos. A demanda internacional por vitualhas é muito subida. O objetivo é nos organizarmos para isso, investindo muro de R$ 30 bilhões nos próximos cinco anos, com foco no agronegócio”, destacou.
Ele também destacou a preço da adoção de práticas ESG no cooperativismo. “Não podemos temer essas práticas, mas sim abraçá-las, porque já fazemos isso, já é nosso presente. Teremos o ESG-Coop, aprimorando e investindo ainda mais em nossas práticas”, disse o presidente do Sistema Ocepar.
Quatro painéis estão previstos para o segundo dia do evento: “Alianças estratégicas entre cooperativas”, “Oportunidades de negócios”, “Melhores práticas em ESG” e “Infraestrutura e logística”, nascente último com a participação de representantes da empresa pública Portos do Paraná .
PRESENÇAS – O vice-governador do Paraná, Darci Piana; os secretários estaduais de Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge, e de Inovação, Modernização e Transformação Do dedo, Marcelo Rangel; o presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia; os deputados federais Luiz Nishimori, Pedro Lupion, Stephanes Junior e Sérgio Souza; o deputado estadual Marcel Micheletto, representando a Parlamento Legislativa do Paraná; o diretor paranaense do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Wilson Bley Lipski; o vice-prefeito de Foz do Iguaçu, Francisco Sampaio; e o diretor-geral brasílio da Itaipu Binacional, Enio Verri. Pelo cooperativismo, o diretor da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), Remy Gorga, representando o presidente da entidade, Marcio Lopes de Freitas; o presidente da Confederação das Cooperativas Agroalimentares da União Europeia (Cogeca), Ramon Armengol; muito uma vez que presidentes e dirigentes de cooperativas.
Natividade:
seg. da Cultura – PR
