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Paraná: Contra a gripe aviária, Sistema Agropecuário reforça…

    Estirpe altamente patogenica da gripe aviaria e encontrada na Colombia

    A gripe aviária já atingiu aves silvestres no Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Cuidar da biossegurança nas estruturas e processos das granjas estaduais é principal para evitar a ingresso da gripe aviária nas granjas comerciais

    O zelo com a biossegurança nas estruturas e processos dos aviários do Estado é fundamental para evitar que a gripe aviária entre nas granjas comerciais e cause prejuízos econômicos incalculáveis. A mensagem foi transmitida em reuniões realizadas por funcionários do Sistema Agropecuário do Paraná em todo o Estado e chegou nesta terça-feira (06) a Dois Vizinhos, no Sudoeste, maior produtor de frango por metro quadrângulo do Paraná e considerada a Capital Vernáculo do Frango.

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    “Nunca estivemos e nunca estivemos imunes, pelo que precisamos de estar atentos e preparados para atuar com prontidão e eficiência caso chegue a explorações comerciais”, alertou o secretário de Estado da Lavoura e Provimento, Norberto Ortigara. Ele foi uma das 400 pessoas, entre produtores, industriais e técnicos que se reuniram no Meio Cultural Arte e Vida. “É tempo de alerta, é tempo de vigilância, é tempo de atitude, é tempo de prevenção, prevenção e prevenção”, reforçou.

    Há poucos dias, o Brasil ainda era um dos países que nunca tiveram gripe aviária. No entanto, pelo menos 23 casos foram confirmados no Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. “Felizmente, todos em pássaros selvagens”, disse Ortigara. É provável que a doença em aves silvestres ou de quintal também seja observada no Paraná. O grande repto proposto aos produtores é tomar todas as medidas de biossegurança para evitar que chegue aos galpões de geração para exportação”.

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    “Se chegar, pode quebrar economicamente”, alertou Ortigara. “É um jogo profissional e precisa ser visto profissionalmente.”

    O Paraná produz anualmente murado de 5 milhões de toneladas de músculos de frango, sendo metade para exportação. É responsável por 36% da produção vernáculo e 41% das exportações para mais de 150 países. 70% da arrecadação do município de Dois Vizinhos vem do agronegócio. Nesse segmento, as aves representam 62%. Dos 45 milénio habitantes, pelo menos 3 milénio estão diretamente ligados ao setor. Lá, 680 milénio aves são abatidas diariamente.

    “O que tiver que ser feito, faremos”, disse o prefeito Luiz Carlos Turatto. Ele determinou que o secretário municipal de Lavoura, Junior Ventura, elabore uma silabário com todas as normas a serem cumpridas pelos produtores e agroindústrias. “Vamos prometer que tudo seja feito. Se precisarmos parar o município e outros setores para se destinar a isso, faremos porque não quero ter que liberar retroescavadeira para transfixar vala e enterrar galinhas”, alertou.

    O gerente de Saúde Bicho da Sucursal de Resguardo Agropecuária do Paraná (Adapar), Rafael Gonçalves Dias, destacou que, enquanto houver registro de aves silvestres ou de fundo de quintal, zero acontece em termos de exportação. Porém, se houver ocorrência em uma granja mercantil de qualquer estado brasílio, dos 150 países que importam músculos de frango do Paraná, murado de 20, incluindo os grandes mercados do Japão, África do Sul e Coreia do Sul, podem deixar de comprar do Paraná. .

    Se for detectado em uma herdade mercantil no Paraná, muitas propriedades serão afetadas, com impacto em todos os países importadores, que possuem protocolos diferentes. Alguns podem deixar de comprar de todo o estado e outros, uma vez que China e Arábia Saudita, restringem a um relâmpago de 10 quilômetros do foco. E será preciso um trabalho poderoso para retomar as vendas.

    Dias alertou sobre a urgência dos produtores e da população estarem atentos aos sinais que as aves infectadas com o vírus da gripe aviária apresentam. Geralmente demonstram falta de coordenação motriz no pescoço, tremores na cabeça e no corpo, perda de estabilidade, caminhar em círculos e problemas respiratórios, além da ocorrência de muitas mortes de animais.

    “É fácil ver que há alguma coisa estranho no pássaro”, disse ele. Neste caso, você não deve tocá-lo, mas invocar imediatamente um técnico da Adapar. O contágio pode intercorrer por contacto, pelo que se aconselha avisar os técnicos para que possam realizar o serviço utilizando os equipamentos de proteção recomendados. “Quanto mais rápido você diagnosticar, mais rápido será para investigar e resolver”, acrescentou.

    CONSUMO – O gerente da Adapar reforçou que não há risco de pessoas se infectarem ao consumir músculos de frango. Proprietários de aviários devem ter o zelo de fechar todas as aberturas para evitar que qualquer outro bicho, inclusive aves silvestres, tenha contato com os comerciais. Também é importante não permitir que ninguém de fora da produção se aproxime das aves e que aqueles que precisam desse contato usem roupas e calçados específicos para a atividade. As regras também se aplicam aos produtores de ovos.

    A Adapar mapeou todo o protocolo de prevenção e mediação efetiva, caso qualquer problema seja detectado. Isso se deve, em grande segmento, ao georreferenciamento das propriedades rurais do Estado com conhecimento da quantidade de animais e distâncias. É por isso que é importante que todos os criadores de animais façam o cadastro na Adapar. A campanha vai até 30 de junho.

    “É uma utensílio de planeamento e mediação que precisa de ser afinada para limitar o problema ao sítio onde começa e não deixar que se espalhe”, sublinhou o secretário Norberto Ortigara. “Temos métodos e planos de contingência para agir com prontidão e eficiência caso ela chegue. Precisamos dar as mãos para tutelar nosso negócio.”

    Além das reuniões que acontecem em todo o Paraná com orientações práticas aos produtores, há reuniões constantes, presenciais ou virtuais, do Recomendação Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa), que reúne órgãos públicos federais e estaduais, entidades do setor produtivo paranaense, técnicos de universidades e forças de segurança pública. O objetivo é manter o mesmo nivelamento nas informações sobre a evolução da doença no mundo, no país e no Estado para tomar medidas conjuntas.

    O secretário Norberto Ortigara e o prefeito de Dois Vizinhos, Luiz Carlos Turatto, em evento sobre gripe aviária
    O Sistema Agrícola apresentou o cenário atual da gripe aviária e recomendações aos produtores de Dois Vizinhos. Foto: SEAB

    Para evitar gripe aviária, ainda é proibida a realização de eventos com aves no Paraná

    Para manter o trabalho sanitário de controle dos impactos da gripe aviária, o Governo do Paraná também reforça que estão suspensos eventos agropecuários, feiras, exposições ou associações de criadores que contenham aves de qualquer espécie no Estado. A orientação que norteia o protocolo é a Portaria 578/2023 do Ministério da Agricultura e Pecuáriao mesmo que reconheceu estado de emergência zoossanitária em território vernáculo, por 180 dias, em virtude da detecção de infecção pelo vírus da influenza aviária H5N1 em aves silvestres.

    Em fevereiro deste ano, a Sucursal de Resguardo Agropecuária do Paraná (Adapar) editou a Portaria 053/2023, de natureza estadual, com a mesma regra, originalmente com duração prevista de 90 dias, mas a recomendação foi prorrogada pela portaria federalista.

    Outra medida implementada pelo Estado é a Portaria Conjunta do Instituto Chuva e Terreno (IAT) e Adapar para a realização de ações de contenção da doença. O documento altera a Portaria IAP nº 106, com a inclusão e mudança de critérios para dispensa do Licenciamento Ambiental Estadual para enterro ou ruína de animais mortos. Assim, em caso de emergência sanitária, passou a ser autorizada a ruína de carcaças de animais por meio de queima a firmamento lhano, desde que respeitada a legislação ambiental vigente.

    Fonte: Noticias Agricolas