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Navio da Marinha chega a São Sebastião enquanto mais chuva é esperada após 49…

tag:reutersPor Eduardo Simões

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SÃO PAULO (Reuters) – Um navio da Marinha equipado com leitos hospitalares, helicópteros e veículos de desembarque chegou a São Sebastião nesta quinta-feira para ajudar no resgate das vítimas das fortes chuvas que atingiram o litoral norte de São Paulo, matando ao menos 49 pessoas, deixando pelo menos 38 desaparecidos e mais de 3.000 de suas casas.

A tempestade, a mais forte já registrada no Brasil em 24 horas desde o início deste tipo de medição, com mais de 630 milímetros de chuva, deixou um rastro de destruição e bloqueio de estradas. Mas, incentivando os trabalhos de resgate e ajuda humanitária, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou a liberação da rodovia Rio-Santos, após temores de que o trecho tivesse sido arrastado pelo temporal.

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No final desta manhã, o Navio Aeronave Multiuso (NAM) Atlântico, a maior embarcação da Marinha, que servirá de hospital de campanha na região, que também será servido por helicópteros e barcos menores para resgates e transporte de cargas.

Os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e dos Portos e Aeroportos, Márcio França, acompanharam a chegada do navio e visitaram a embarcação.

Góes afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a retomada do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Encostas e autorizou a construção de moradias para moradores de rua, desde que sejam encontrados terrenos seguros para isso.

“Estamos defendendo duas frentes: uma que podemos, junto com a Prefeitura e a Defesa Civil, construir logo as casas dos que perderam 100%. de Integração Nacional, Defesa Civil”, disse Góes.

“Estamos aproveitando a situação de calamidade pública decretada… repassamos os recursos o mais rápido possível e ela pode entrar rapidamente no processo de construção”, defendeu o ministro da Integração.

O ministro disse ainda que o governo federal, que na véspera anunciou a liberação de R$ 7 milhões para São Sebastião, pode aumentar para R$ 60 milhões os desembolsos aos municípios afetados pelas chuvas na região.

Após o desabamento da barreira e deslizamentos causados ​​pelas chuvas, Tarcísio disse que uma força-tarefa que contou com maquinários de diversas concessionárias de serviço público conseguiu liberar a Rio-Santos, que ficou totalmente interditada após a chuva. Nos últimos dias, o governador disse que existe a possibilidade de a rodovia não existir mais.

“Você estava sobrevoando, tinha caído tanto material que a dúvida que a gente às vezes tinha é se a rodovia não tinha escorregado com ele, se aquele volume de material que tinha caído não pegou também a estrada, e não. lá, está intacto, o pavimento está em boas condições, abrimos toda a estrada ontem”, disse ele a repórteres.

SIRENES

Tarcísio também anunciou que os radares meteorológicos de todo o estado, alguns datados da década de 1970, serão substituídos por equipamentos mais modernos e disse que será instalado um sistema de sirenes no litoral norte para alertar a população sobre as chuvas.

“Vamos instalar um sistema de sirenes, como já existe em outros estados. Não adianta instalar um sistema de sirenes se não tiver treinamento, se não tiver treinamento. “, ele disse.

“Um veículo para a gente treinar, para a gente mudar o comportamento da sociedade é a criança. A criança aprende muito mais rápido e consegue levar isso para dentro de casa. Então vamos colocar uma disciplina de defesa civil nas escolas aqui de São Paulo e primeiros socorros”.

O governador disse que a Polícia Civil do Estado e o Procon estão trabalhando na região para coibir a prática de preços abusivos e disse que a polícia também está reprimindo a criação de sites falsos na internet para arrecadar doações para as vítimas da tragédia.

Tarcísio afirmou ainda que o governo vai buscar parcerias com operadoras de telefonia móvel por entender que os alertas sobre as chuvas enviados por mensagem de texto não surtiram efeito.

A previsão do tempo para a região nos próximos dias é de chuva moderada a forte, depois que cidades do litoral norte paulista registraram no fim de semana a maior precipitação já registrada no Brasil em 24 horas – mais de 630 milímetros – desde o início deste ano. tipo de medição, que deixou mais de 3.000 pessoas desabrigadas e um rastro de destruição e morte.

“Segundo os meteorologistas, no período entre quinta e sábado, os dias serão marcados pela presença de sol entre algumas nuvens, o que contribuirá para garantir a sensação de calor e abafamento sobre a região do litoral norte”, disse o governo . paulista em nota.

“Essa condição, aliada à umidade vinda do oceano e da Amazônia, criará condições meteorológicas para chuvas de intensidade moderada a forte, acompanhadas de raios, ventos e granizo pontual”.

Equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar de São Paulo, além de um contingente das Forças Armadas, trabalharam na busca de vítimas e no resgate de sobreviventes.

Na manhã desta quinta-feira, a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, defendeu em entrevista à CNN Brasil que seja declarada emergência permanente em 1.038 municípios onde desastres naturais causados ​​por eventos climáticos extremos são frequentes.

Tragédias como a do litoral norte de São Paulo são comuns nas cidades brasileiras durante o período chuvoso devido a construções precárias e em áreas de risco.

Em fevereiro do ano passado, mais de 200 pessoas morreram após enchentes e deslizamentos de terra atingirem Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro.

Bahia e Santa Catarina também sofreram recentemente com desastres naturais.

(Reportagem adicional de Maria Carolina Marcello em Brasília. Edição de Pedro Fonseca, Alexandre Caverni e Flávia Marreiro; Edição de Pedro Fonseca, Alexandre Caverni e Flávia Marreiro)



Fonte: Noticias Agricolas

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