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Mesmo com redução na exportação de mel no 1º trimestre, cenário do Brasil ainda é doce para 2023

O mercado de apicultura no Brasil é majoritariamente formado por pequenos apicultores e metade deles produz cerca de 17% de todo o mel, inclusive para exportação. Enquanto menos de 1% do total de apicultores constituem mais de 701 colméias e produzem 9,8% do mel, cenário possível em função de mais investimento e zelo do produtor.

Os brasileiros consomem muito pouco do produto, enquanto a média mundial de consumo de mel é de 240 gramas per capita por ano, no Brasil o consumo doméstico é um dos menores do mundo: 60 gramas.

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Isso representa aproximadamente 15.000 toneladas de mel, 53% das quais destinadas ao mel de mesa, utilizado para adoçar bebidas, frutas ou consumo in natura; 35% consumidos pela indústria alimentícia e utilizados como ingredientes; e os últimos 11% consumidos pelas indústrias de cosméticos, tabaco e ração animal.

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Atualmente, o Brasil ocupa o décimo primeiro lugar na produção de mel, com cerca de 42 mil toneladas, atrás da China em primeiro lugar e da Turquia. No mundo, são produzidas 1.850.868 toneladas por ano. Um dos fatores é o preço do mel mais valorizado, devido ao câmbio e ao consumo interno que aumentou durante a pandemia.

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Relatórios de 2021 da Organização para Alimentação e Agricultura (FAO) confirmam que a China é líder mundial na produção, registando 458 mil toneladas em 2020, seguida da Turquia com 104 mil toneladas, Irão com 79 mil e Argentina com 74 mil toneladas. O Brasil aparece na décima primeira posição com 51 mil toneladas.

Segundo Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada em assessoria em comércio exterior, o país pode se beneficiar com o aumento da produção. “Temos uma oportunidade única de ampliar nossa produção, principalmente com vistas ao mercado externo. Dessa forma, podemos romper as atuais barreiras cambiais, principalmente considerando a valorização do real frente ao dólar. Mas tudo depende da produção interna e da quantidade disponível para exportação”, afirmou o executivo.

De janeiro a março de 2023, cerca de 6.381,1 milhões de toneladas foram enviadas para exportação, ou seja, uma redução de 21,5% em relação a janeiro/março de 2022. Foram US$ 22,45 milhões, uma variação de -27,1% no mesmo período. Com isso, o preço médio ficou em 3,52 dólares/kg, com variação de -6,9%. Enquanto no ano de 2022, as exportações de mel totalizaram 137,9 milhões e o equivalente a 36 mil toneladas.

A participação nas exportações totais realizadas pelo país foi de 0,04%, com o mel ocupando a 155ª posição no ranking classificação das exportações, nas exportações do setor agrícola, o mel teve uma participação de 0,2%, ocupando o 13º lugar no classificação das exportações do segmento no período. Quando se trata de países de destino das exportações de mel, os Estados Unidos lideram, seguidos pela Alemanha e Canadá e Reino Unido.

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“Outro aspecto importante que temos que observar é a expansão dos mercados. Com a ampliação das parcerias comerciais e a diversificação das exportações, podemos prever um aumento significativo na venda do produto para o mercado externo”, aponta o executivo.

Quanto aos estados exportadores brasileiros, os principais são Piauí, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. As principais unidades de despacho são Porto de Santos, Itajaí, Alfândega de Fortaleza, Porto do Rio de Janeiro, Porto de São Francisco do Sul, Porto de Paranaguá, Porto de Rio Grande e Porto de Itaguaí.

O estado do Piauí está comprovando o sabor adocicado dos resultados, o mel produzido no Piauí é o terceiro maior produto da pauta de exportação do estado, superado apenas pela soja e milho, e representa atualmente cerca de 36% das exportações. Com os incentivos do governo do Estado, novas perspectivas surgem para o setor apícola, que em 2023 espera exportar 7 mil toneladas de mel.

Em 2022, foram exportadas quase 7 mil toneladas de mel para o mercado internacional. As exportações do produto e seus derivados no ano passado renderam mais de R$ 100 milhões para a economia gaúcha. “É importante considerar que, se conseguirmos melhorar ainda mais o número de produção, poderemos atingir mais mercados a partir dos derivados do mel, o que é benéfico para nossa balança comercial, principalmente pelo valor agregado aos produtos”, declarou o executivo.

O Norte de Minas, por exemplo, já produziu mel e própolis verde. Segundo dados da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), a apicultura faz parte de 580 municípios mineiros. São mais de 45 mil empregos, só no ano passado foram produzidas mais de 7.155 toneladas desse tipo de produto em Minas Gerais. A estimativa é que esse número cresça para 7.512 toneladas em 2022.

O Norte do Estado tem se destacado pela produção do mel de aroeira, que recebeu o registro de Indicação Geográfica, na espécie Denominação de Origem. A região norte produz em média 450 toneladas por ano. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado de Minas possui 6.617 apicultores e mais de 150 associações de apicultores. Além do mel, Minas Gerais também se destaca na produção de própolis verde exportada para os Estados Unidos.

(Com FB Assessoria e comunicação)

(Emanuely/Sou Agro)


**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**
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