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Mercado brasileiro vive “dias atípicos de colheita”, relatam analistas • Portal DBO

    Mercado brasileiro vive dias atipicos de colheita relatam analistas •

    Nesta quinta-feira, 15 de setembro, ao considerar os 32 centros de pecuária monitorados pela Scot Consultoria, houve queda nos preços do gado vivo em 18 deles, informa a zootécnica Thayná Drugowick, analista de mercado da empresa sediada em Bebedouro, SP.

    Segundo o analista, os frigoríficos brasileiros têm trabalhado com parcimônia, influenciado principalmente pelo enfraquecimento da demanda interna por carne bovina, que tende a piorar a partir desta segunda quinzena de setembro, quando teoricamente o poder de compra da população perde força (devido ao maior distanciamento do salário data de pagamento, sempre no início de cada mês).

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    Outro fator que explica o atual viés baixista da arroba, justifica Thayná, é o cenário confortável nas escalas de abate das indústrias, que, apesar do período de entressafra, conseguiram preencher seus horários a partir da engorda dos animais no cocho e /ou parcerias com grandes confinadores.

    Nesta quinta-feira, o mercado de gado vivo continuou travado no interior de São Paulo. Segundo dados obtidos pela Scot Consultoria, as escalas de abate dos frigoríficos paulistas continuam confortáveis ​​e, com isso, os preços do boi gordo ficaram estáveis ​​no mercado à vista em relação ao dia anterior.

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    Com isso, o gado vivo é comercializado a R$ 290/@ em São Paulo, enquanto as vacas gordas e novilhas valem, respectivamente, R$ 270/@ e R$ 282/@ (preço bruto e futuro).

    O “Boi-China” está cotado a R$ 300/@, preço bruto e a prazo (base SP).

    “Ressaltamos que a oferta confortável está associada à entrega de rebanhos adquiridos anteriormente a preços superiores aos atuais, principalmente para rebanhos cujo destino é a exportação”observa escocês.

    O IHS Markit também detectou, nesta quinta-feira, novas baixas nos preços da arroba no mercado físico de gado vivo entre alguns mercados pecuários do país.

    “O mercado segue com ritmo fraco de negócios, pois a demanda por animais acabados no mercado spot continua muito inconsistente”relatório dos analistas do IHS.

    De acordo com a consultoria, notadamente, nas praças de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, os volumes de animais provenientes de parcerias (com grandes comedouros) já registraram redução, fazendo com que frigoríficos locais lancem algumas ofertas de compra de gado . gordo

    No entanto, informa o IHS, as ofertas são esparsas, o que não permite uma mudança de viés (para cima) nos preços da arroba.

    Dentro dos portões, continua o IHS, muitos pecuaristas tentam manter seus animais nas fazendas e, assim, barganhar por cotações mais remuneradas.

    Maior oferta do Norte-Nordeste – As pecuárias localizadas nas regiões Norte e Nordeste do país ainda apresentam maior folga na oferta de animais, principalmente no Pará e Tocantins, informa o IHS.

    Nessas duas regiões, diz a consultoria, os preços do boi gordo registraram quedas nesta quinta-feira. Em Redenção (PA), a arroba caiu de R$ 260 para R$ 257. Em Araguaína (TO), o boi passou de R$ 270/@ para R$ 260/@. Em Gurupi (TO), a arroba caiu de R$ 275 para R$ 265.

    “Muitas indústrias ficam de fora da compra de gado gordo e, mesmo com os preços atingindo novas mínimas, o mercado físico continua com baixa liquidez”reforça o IHS.

    De acordo com a consultoria, os estoques de carne bovina continuam elevados nas câmaras frigoríficas e as operações das indústrias ainda são reduzidas, para conter esse excesso de oferta.

    No entanto, apesar de a demanda doméstica não ter tido força suficiente para absorver os atuais excedentes de produção, os preços dos cortes de carne bovina no atacado continuam aparentemente firmes.

    Nesta quinta-feira, informa o IHS, o valor da vaca casada registrou novo aumento, passando de R$ 17,80/kg para R$ 18,00/kg (mercado paulista).

    Aviso sobre a China – Embora o Brasil tenha registrado, ao longo deste ano, exportações mensais recordes de carne bovina, o principal cliente, a China, vive momentos conturbados em sua economia, alerta o analista escocês.

    “A desvalorização da moeda local, o yuan, fez com que os compradores chineses pressionassem os preços da carne no mercado, colocando os frigoríficos exportadores de carne em alerta máximo”relata Thayná Drugowick.

    Nos próximos dias, ela continua, “É preciso estar atento aos possíveis impactos dessas renegociações por parte da China e como isso refletirá nos preços no mercado de carne bovina”.

    Segundo o zootécnico Douglas Coelho, sócio da Radar Investimentos, de São Paulo, o mercado brasileiro de gado vivo vive “dias de colheita” em meados do segundo semestre, com horários de abate relativamente confortáveis ​​e tentativas de compra abaixo as referências no contador.

    “Esse cenário gerou pouca atração para a negociação de lotes maiores de animais acabados e tirou o incentivo para reposição do cocho nos últimos meses de 2022”observa Coelho.

    O parceiro Radar também cita o bom desempenho dos embarques brasileiros de carne bovina, principalmente apontando para o recorde mensal obtido em agosto/22.

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    Os embarques de carne suína também registraram recorde no mês passado, com volume 27,7% maior na comparação anual, acrescenta Coelho. “Isso reforça nossa visão de que nosso principal importador de ambos os produtos, a China, está ‘faminto por proteína’”Destaques.

    Na avaliação de Coelho, a China deve antecipar a janela de compra de proteínas para abastecer a festa 2022/23, que acontecerá em janeiro naquele país.

    “Essa antecipação pode antecipar o pico das exportações brasileiras de carne bovina, que, historicamente, ocorre em outubro e novembro”ele observa.

    Segundo Coelho, o consumo interno (de carne bovina) deve ser mais forte que o normal nos últimos meses deste ano, por conta da recuperação do cenário econômico brasileiro.

    “Semanalmente, o boletim Focus, publicado pelo Banco Central, elevou as expectativas para o PIB do Brasil em 2022”, ele relata. Há quatro semanas, o PIB estava em 2%; há uma semana, em 2,26%; e, atualmente, as projeções apontam para 2,39%. “Ou seja, aqui houve uma melhora na percepção dos principais economistas do país sobre a geração de riquezas e serviços ao longo do ano”observa Coelho, acrescentando que este fator deve ter “impacto positivo no consumo durante as festas de Nov-Dez/22”.

    Cotações máximas para homens e mulheres nesta quinta-feira, 15/09
    (Fonte: IHS Markit)

    SP-Noroeste:

    boi a R$ 300/@ (prazo)
    vaca a R$ 280/@ (prazo)

    MS-Ouro:

    boi a R$ 270/@ (em dinheiro)
    vaca a R$ 255/@ (em dinheiro)

    MS-C. Grande:

    boi a R$ 272/@ (prazo)
    vaca a R$ 260/@ (prazo)

    MS-Três Lagoas:

    boi a R$ 272/@ (prazo)
    vaca a R$ 255/@ (prazo)

    MT-Cáceres:

    boi a R$ 265/@ (prazo)
    vaca a R$ 250/@ (prazo)

    MT-Tangará:

    boi a R$ 265/@ (prazo)
    vaca a R$ 250/@ (prazo)

    MT-B. Garças:

    boi a R$ 265/@ (prazo)
    vaca a R$ 250/@ (prazo)

    MT-Cuiabá:

    boi a R$ 263/@ (à vista)
    vaca a R$ 250/@ (em dinheiro)

    MT-Colíder:

    boi a R$ 263/@ (à vista)
    vaca a R$ 248/@ (em dinheiro)

    GO-Goiânia:

    boi a R$ 265/@ (prazo)
    vaca R$ 250/@ (prazo)

    Vá para o sul:

    boi a R$ 265/@ (prazo)
    vaca a R$ 250/@ (prazo)

    PR-Maringá:

    boi a R$ 290/@ (em dinheiro)
    vaca a R$ [email protected] (em dinheiro)

    MG-Triângulo:

    boi a R$ 285/@ (prazo)
    vaca a R$ 260/@ (prazo)

    MG-BH:

    boi a R$ 270/@ (prazo)
    vaca a R$ 255/@ (prazo)

    BA-F. Santana:

    boi a R$ 273/@ (à vista)
    vaca a R$ 263/@ (em dinheiro)

    RS-Porto Alegre:

    boi a R$ 306/@ (à vista)
    vaca a R$ 270/@ (em dinheiro)

    Fronteira RS:

    boi a R$ 303/@ (à vista)
    vaca a R$ 270/@ (em dinheiro)

    PA-Maraba:

    boi a R$ 260/@ (prazo)
    vaca a R$ 252/@ (prazo)

    PA-Resgate:

    boi a R$ 257/@ (prazo)
    vaca a R$ 247/@ (prazo)

    PA-Paragominas:

    boi a R$ 275/@ (prazo)
    vaca a R$ 265/@ (prazo)

    TO-Araguaine:

    boi a R$ 260/@ (prazo)
    vaca a R$ 250/@ (prazo)

    TO-Grupo:

    boi a R$ 265/@ (à vista)
    vaca a R$ 255/@ (em dinheiro)

    RO-Cacoal:

    boi a R$ 260/@ (em dinheiro)
    vaca a R$ 240/@ (em dinheiro)

    RJ-Campos:

    boi a R$ 285/@ (prazo)
    vaca a R$ [email protected] (data limite)

    MA-Açailândia:

    boi a R$ 265/@ (à vista)
    vaca a R$ 250/@ (em dinheiro)

    Fonte: Portal DBO