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Mensagem da Aprosoja-MT ao ministro Fávaro e ao governo Lula

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Em nota divulgada nesta sexta-feira (6), a Aprosoja-MT avalia a gestão recém-iniciada do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, senador Carlos Fávaro (PSD-MT). Em texto informativo de 636 palavras, distribuído em oito parágrafos e produzido por sua assessoria de imprensa, a agremiação questiona as “atitudes” de Fávaro, que hoje completa os primeiros cinco dias à frente da pasta.

A associação, que na campanha eleitoral de 2022 apoiou a candidatura derrotada de Jair Bolsonaro à reeleição como Presidente da República, também manifesta preocupação com a disposição do governo Lula 3 em dialogar com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e com “temas dirigidos a grandes grupos econômicos [do agronegócio].

Em outra parte do comunicado, a Aprosoja-MT se preocupa com os recursos federais destinados, via Plano Safra, com juros subsidiados, para investimentos, principalmente para a construção de armazéns.

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A nota da Aprosoja-MT cita como pontos de atenção “o Partido dos Trabalhadores (PT) [partido do presidente Lula] e “Políticas agrícolas do Mapa”, [que até agora não sofreram qualquer mudança.]

A associação também destaca a importância do Mato Grosso na produção de produtos agrícolas, como soja e milho, além de algodão e carne bovina.

Informa também o que o governo Lula espera 3 em relação ao combate ao desmatamento ilegal e à condução das negociações comerciais internacionais:

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“Problemas, como o desmatamento ilegal, devem ser enfrentados dentro dos mecanismos legais existentes. É isso que esperamos que o atual ministro defenda, não se submetendo aos interesses internacionais em detrimento dos produtores, inclusive aceitando imposições que vão além do Código Florestal Brasileiro.”

A entidade conclui a nota lembrando que seu papel “é exigir políticas que atendam à maioria representada por nós” [produtores de soja e milho de MT].

Abaixo, o release completo (comunicado oficial) da Aprosoja-MT:

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Aprosoja-MT se manifesta sobre os primeiros passos do Ministro da Agricultura e Pecuária, Senador Carlos Fávaro”

“O direcionamento e as decisões de políticas públicas para os próximos quatro anos, vindos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), dizem respeito à Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT). Isso porque, segundo a entidade, a proximidade do atual governo com agendas voltadas para grandes grupos econômicos, e também organizações como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), por exemplo, deixa dúvidas sobre a ação voltada para a grande maioria dos produtores rurais do país, pequenos e médios.

“Não vou entrar no mérito do nome do novo ministro. A Aprosoja-MT tem sido questionada sobre o nome do senador Carlos Fávaro e, primeiramente, entendemos que é opção do grupo político eleito indicar a pessoa que tenha qualidades para assumir o cargo. A posição institucional é a preocupação com as atitudes do atual ministro, desde antes de assumir o cargo, como a abordagem dos movimentos de invasão de terras que preocupam muito o setor produtivo, pois a essência da produção é a propriedade privada. Em hipótese alguma podemos pactuar com organização que incentiva invasão de imóveis, isso é crime previsto no Código Penal”, aponta Aprosoja-MT.

Segundo a Aprosoja-MT, as políticas públicas do setor precisam ser desenhadas para atender a maioria dos produtores rurais, que hoje são pequenos e médios produtores.

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Além disso, os agricultores esperam que haja justiça e defesa em relação à preservação ambiental que já é feita no campo, já que Mato Grosso é o maior produtor de soja do Brasil, destinando apenas 11% de seu território ao cultivo de lavouras , e o Brasil – maior produtor mundial de oleaginosas – e mantém florestas preservadas em mais de 65% de sua extensão territorial, incluindo boa parte dentro das próprias propriedades rurais.

“Nenhum país do mundo onde se pratica agricultura tem uma produção mais sustentável do que o Brasil, com mais vegetação nativa do que muitos países europeus juntos. Além disso, temos uma legislação ambiental moderna e restritiva, que chega a onerar os produtores rurais. Problemas como o desmatamento ilegal devem ser enfrentados dentro dos mecanismos legais existentes. É o que esperamos que o atual ministro defenda e não se submeta aos interesses internacionais em detrimento dos produtores, inclusive aceitando imposições que vão além do Código Florestal Brasileiro”, destaca a associação.

Outros pontos de atenção relacionados ao Partido dos Trabalhadores e às políticas agrícolas do Ministério da Agricultura também preocupam a associação.

“Sabemos que existe uma ação do Partido dos Trabalhadores contra o calendário de plantio da soja no Mato Grosso, e outra contra o Instituto Mato-Grossense do Agronegócio (Iagro) que vão contra o posicionamento da grande massa de produtores do estado, representada pela Aprosoja-MT. Também estamos preocupados com a questão do armazenamento, precisamos saber como vai funcionar isso a partir da divisão da pasta. Pequenos e médios produtores só terão viabilidade no médio prazo se tiverem estrutura de armazenamento em suas propriedades e essa é uma política pública que precisa ser tratada com prioridade”, lembrou a entidade.

Outra preocupação dos produtores de soja e milho é a disponibilidade de crédito para investimentos no setor. “Sabemos que a agricultura é um setor de risco e precisamos ter crédito viável e acessível, além de seguro agrícola. Então, quem vai dizer a opinião do setor em relação ao ministro são os passos que ele vai tomar, as decisões que ele vai tomar em relação aos pequenos e médios produtores. Serão apólices para megagrupos empresariais ou para atender as famílias que chegaram aqui há 30, 40 e 50 anos e fizeram do Mato Grosso essa grande potência? Afinal, todo governante é passageiro, todo ministro é passageiro, mas o setor sempre continuará existindo independente de quem esteja no comando. Nosso papel é cobrar políticas que atendam à maioria que representamos”, finaliza Aprosoja-MT.

Fonte: Agro

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