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Melhora na conexão pode aumentar a eficiência no agronegócio em até 25% em São Paulo.

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Conectividade pode aumentar produtividade no campo em até 25% em São Paulo

O agronegócio paulista, que registrou superávit de US$ 10,04 bilhões na balança comercial nos primeiros seis meses do ano, tem um gargalo em termos de conectividade. Hoje, existem muitos lugares no Estado de São Paulo que não possuem cobertura de internet. “Milhares de produtores estão no escuro, precisamos mudar isso”, afirmou o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Antonio Junqueira.

O secretário destaca que em algumas das principais rodovias do estado, como Bandeirantes e Castelo Branco, vários pontos estão sem sinal de internet. “Em alguns trechos, caminhoneiros e produtores rurais passam até 30 minutos andando pelas rodovias sem sinal de internet.”

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Segundo Junqueira, a meta do governo do estado é erradicar essa falta de cobertura até 2026, para isso, vem conversando com grandes e pequenas operadoras para que os produtores paulistas tenham acesso a internet de qualidade. “A conectividade no campo pode aumentar os índices de produtividade entre 15% e 25%. O tempo de deslocamento e a falta de informação atrapalham a atividade”, explica o secretário.

Além disso, Junqueira destaca que está sendo montado um plano para atender os pequenos produtores, com recursos do Fundo Paulista de Expansão do Agronegócio (Feap). “A ideia é ter uma linha entre R$ 8 mil e R$ 10 mil para financiar a compra de kits de internet a serem instalados nos imóveis.”

Quando se fala em tecnologia no campo, logo se pensa em máquinas agrícolas modernas operadas por sistema remoto, mas no Estado de São Paulo, onde a maioria dos produtores são pequenos e médios, a falta de internet impede atividades corriqueiras, como como a transmissão de uma nota fiscal de venda para a produção ou um guia simples. “Para realizar qualquer operação, o agricultor familiar precisa pegar seu carro ou caminhão, muitas vezes em estradas de terra, para ir até a cidade pagar uma conta bancária, o que poderia fazer no celular se tivesse internet”, explica Alberto Amorim, coordenador de Assistência Técnica da Secretaria da Agricultura.

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Além disso, Amorim destaca que esse deslocamento impacta nos custos, com combustível, e nas emissões de carbono. “O pequeno produtor perde tempo e dinheiro quando se ausenta da propriedade, tudo por falta de conectividade.”

Segundo estudo da ESALQ/USP, independentemente do tamanho dos estabelecimentos rurais, cadeia produtiva, renda ou perfil do produtor, a tecnologia da informação é de suma importância no contexto da agricultura dos países em desenvolvimento, reduzindo as desigualdades entre cidade e campo.

Segundo levantamento da Secretaria da Agricultura, hoje, no Estado de São Paulo, apenas 50% do território tem cobertura de internet e esta se concentra nas áreas urbanas. Isso porque, na época em que foram feitas as concessões de cobertura de internet no Brasil, as operadoras concentravam-se em grandes centros, com maior número de pessoas e poder aquisitivo. “A tecnologia avançou, o celular popularizou-se, mas a rede de cobertura não avançou na mesma velocidade”, explica Alberto Amorim.

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Para a Secretaria de Agricultura de São Paulo, um sinal de internet confiável e de alta velocidade nas propriedades rurais facilita a tomada de decisões dos produtores sobre suas operações. “A inclusão digital garante aos produtores acesso a informações, tecnologias e mercados, em seus celulares, com velocidade e qualidade”, exemplifica Junqueira.

A importância do acesso à informação na área é apontada pelo estudo da ESALQ/USP. A internet melhora os sistemas de produção e comercialização dos produtores rurais, mas também garante resultados efetivos em termos de investimentos, políticas e programas, especialmente aqueles voltados para a extensão rural, instrumento fundamental para promover transformações no campo.

A coordenadora da Assistência Técnica da Secretaria da Agricultura destaca que a internet possibilita o acesso à educação, o que aproxima o produtor do campo do mundo acadêmico, com novas práticas e tecnologias. “Ao aproximar as gerações, no âmbito da sucessão familiar, por exemplo, você evita o êxodo rural”, explica Amorim.

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Jornal Campo do Campo
O agronegócio paulista enfrenta um problema de conectividade, com muitas áreas do Estado de São Paulo sem cobertura de internet. O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado, Antonio Junqueira, ressalta que até mesmo em rodovias importantes como a Bandeirantes e a Castelo Branco há pontos sem sinal de internet. Segundo ele, milhares de produtores rurais estão sem acesso à internet e isso afeta a produtividade, já que a conectividade no campo pode aumentar os índices em até 25%. O governo do estado tem como meta erradicar essa falta de cobertura até 2026 e vem negociando com operadoras para que os produtores tenham acesso à internet de qualidade.

Está sendo planejado um plano para atender os pequenos produtores, com recursos do Fundo Paulista de Expansão do Agronegócio (Feap), com o objetivo de financiar a compra de kits de internet para instalação nos imóveis. A falta de internet no campo impede atividades corriqueiras, como a transmissão de notas fiscais de venda ou guias simples. Além disso, o deslocamento dos agricultores para realizar operações simples impacta nos custos e nas emissões de carbono.

A internet no campo é fundamental para reduzir as desigualdades entre cidade e campo e facilitar a tomada de decisões dos produtores. Além disso, ela proporciona acesso a informações, tecnologias e mercados, melhorando os sistemas de produção e comercialização dos produtores rurais. A internet também possibilita o acesso à educação e aproxima as gerações, evitando o êxodo rural. No Estado de São Paulo, apenas 50% do território tem cobertura de internet, concentrada nas áreas urbanas, o que mostra a necessidade de ampliar a rede de cobertura no campo.

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**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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