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Leite de aves para fígado melhora as defesas celulares em tilápias.

    tilápia

    Foto: Jefferson Christofoletti/Embrapa

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    Um estudo recente de pesquisadores do Universidade Federal de Viçosa e Embrapa aponta que o uso de aditivos alimentares à base de hidrolisados ​​protéicos de fígado de frango pode melhorar a sanidade da tilápia criada em sistemas intensivos.

    Este fato é de grande importância científica e econômica visto que o Brasil, como grande produtor de carne de frango, possui matéria-prima abundante para a produção de hidrolisados ​​protéicos.

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    Ao testar o uso de hidrolisados ​​na alimentação de tilápiasos pesquisadores detectaram uma redução na formação de proteínas carboniladas nas brânquias dos peixes.

    A presença de proteína carbonilada normalmente indica que o dano está ocorrendo nas células dos seres vivos. Os níveis de proteína carbonilada servem como um biomarcador de dano oxidativo à proteína.

    “A baixa presença de proteína carbonilada nos peixes alimentados com hidrolisados ​​protéicos de fígado de galinha indicava que esse aditivo estava prevenindo e reduzindo a ocorrência de dano celular e eventualmente evitando a morte dos animais, pois o desequilíbrio oxidativo pode causar redução no consumo de carbonilada. alimentação, menor taxa de crescimento, comprometimento da atividade do sistema de defesa e aumento de doenças”, explica Juliana Gomes do Laboratório de Fisiologia Aplicada à Piscicultura/Universidade Federal de Viçosa (UFV).

    “As lesões nas células dos peixes são comuns, pois, quando criados intensivamente em viveiros, eles passam por diversas situações estressantes, como no manejo da classificação, quando ficam expostos ao ar e a captação de oxigênio pelas brânquias diminui”, diz a pesquisadora. professor do Departamento de Biologia Animal da UFV Jener Zuanon.

    Segundo Zuanon, situações de estresse como essas geram uma série de distúrbios metabólicos e um deles é a produção de espécies reativas de oxigênio, que liberam radicais livres causando danos às suas células. O mesmo acontece conosco quando estamos estressados.

    O pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Hamilton Hisanoressalta que o uso de aditivos alimentares pode ser uma estratégia eficaz para ajudar a proteger os peixes desses estresses.

    “Os aditivos alimentares são estratégias usadas para aumentar o consumo de ração, a eficiência da utilização de nutrientes e a tolerância ao estresse em condições de manejo intensivo”, diz Hisano.

    Esse entendimento abre possibilidades para estratégias nutricionais inovadoras que podem otimizar a saúde e a produtividade dos peixes na aquicultura.

    Os hidrolisados ​​de proteínas, aditivos avaliados no estudo, podem melhorar a capacidade do peixe de tolerar e se recuperar dos efeitos do manejo que leva à exposição ao ar.

    Este ingrediente é comumente utilizado como substituto da farinha de peixe, mas também tem sido avaliado como aditivo por sua capacidade de modular processos fisiológicos.

    custo de produção de tilápia

    A pesquisa também destaca a importância econômica dos aditivos, já que a ração para peixes pode representar até 70% dos custos totais de produção.

    Substituir ingredientes tradicionalmente usados ​​por outros menos caros, como os de origem vegetal, pode ser uma forma eficiente de reduzir custos.

    Além disso, a pesquisa chama a atenção para o fato de que o Brasil, como um dos maiores produtores de carne de frango do mundo, possui uma vasta quantidade de matéria-prima para a produção de hidrolisados ​​protéicos.

    As vísceras de aves, como o fígado, representam cerca de 37% do peso vivo, o que torna esse subproduto uma alternativa sustentável e econômica para a produção de aditivos.

    Fabiana Dieterich, da Falbom Agroindustrial Ltda, reforça a importância desta pesquisa. “Esse tipo de conhecimento gerado pela pesquisa mostra que a interação entre instituições públicas de pesquisa e a indústria pode contribuir para a solução de problemas na cadeia produtiva”, diz.

    Este estudo faz parte da parceria estabelecida entre a Universidade Federal de Viçosa e a Embrapa Meio Ambiente com pesquisas sobre aditivos e também faz parte do projeto BRS Aqua, que investiga diferentes aspectos da aquicultura, incluindo tilápia, tambaqui, beijupirá e camarão. marinho. O projeto é financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pela Secretaria Especial (Seap) e atual Ministério da Aquicultura e Pesca (MPA) e pela própria Embrapa.

    O artigo completo, publicado na Animal Feed Science and Technology, pode ser acessado aqui.

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    Jornal Campo do Campo
    Um recente estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa e Embrapa revelou que o uso de aditivos alimentares à base de hidrolisados proteicos de fígado de frango pode melhorar a saúde da tilápia criada em sistemas intensivos. Os pesquisadores observaram uma redução na formação de proteínas carboniladas nas brânquias dos peixes, indicando que o aditivo estava prevenindo danos celulares e reduzindo o risco de morte dos animais. Situações estressantes, como a exposição ao ar durante o manejo, podem gerar distúrbios metabólicos e a produção de espécies reativas de oxigênio, que danificam as células. O uso de aditivos alimentares pode ajudar a proteger os peixes desses estresses. Além disso, a pesquisa ressaltou a importância econômica dos aditivos na aquicultura, já que a ração para peixes pode representar até 70% dos custos totais de produção. Substituir ingredientes tradicionalmente usados por outros mais baratos, como os de origem vegetal, pode reduzir os custos de produção. O estudo faz parte do projeto BRS Aqua, financiado pelo BNDES, Seap, MPA e Embrapa, e mostra a importância da parceria entre instituições de pesquisa e a indústria na solução de problemas na cadeia produtiva. A pesquisa também ressalta a matéria-prima abundante no Brasil para a produção de hidrolisados proteicos, como as vísceras de aves, que podem ser uma opção sustentável e econômica. O artigo completo pode ser acessado aqui.

    Fonte
    **Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**