A terapia seletiva de vaca seca (SDCT) está sendo usada em muitas fazendas pela primeira vez este ano, após a introdução de novos regulamentos que exigem seu uso
Muitas fazendas o usam há vários anos, com a maioria dessas fazendas tendo um sucesso razoável.
A Teagasc realizou algumas pesquisas para determinar o que tornou esses agricultores bem-sucedidos com o SDCT.
falando com agrolândia, Pablo Silva Bolona, pesquisador da Teagasc, descreveu algumas pesquisas recentes realizadas sobre a implementação do SDCT em rebanhos leiteiros irlandeses.
SDCT
Segundo Bolona, estudos internacionais mostram que o tratamento de vacas com baixa contagem de células somáticas (CCS) (< 200.000 células/ml) apenas com selante de teto na secagem foi tão eficaz na prevenção de novas infecções do período seco quanto o uso de antibióticos intramamários combinado com selante de teto.
No entanto, estudos da Teagasc em rebanhos de pesquisa e comerciais mostram que o tratamento de vacas com baixo teor de CCS na secagem com um selante de teto resultou em uma média superior de CCS na lactação seguinte.
Isso foi comparado ao tratamento de vacas com um antibiótico mais um selante de teto (125.100 células/ml vs. 75.700 células/ml, respectivamente). Também apresentou maior probabilidade de infecção ao parto (18,8% vs 3,4%, respectivamente).
É importante notar que Staphylococcus aureus estava causando a maioria das infecções neste estudo, que é uma das principais diferenças com os ensaios internacionais.
Boloña explicou que um estudo para entender os fatores mais associados ao SCC foi realizado em 21 rebanhos comerciais que implementaram o SDCT.
No estudo, foi determinado que as vacas tratadas apenas com selante de teto tiveram maior CCS na lactação seguinte em comparação àquelas tratadas com antibiótico e selante de teto (152.000 vs. 120.000 células/ml, respectivamente).
O estudo também determinou que as vacas cujo último registro de leite SCC da lactação anterior foi <150,000 cells/ml had 120,000 cells/ml less SCC compared to cows with >150.000 células/ml.
Níveis de SCC
toldo bolona agrolândia que os produtores foram solicitados a preencher uma pesquisa sobre práticas de ordenha e período seco para estimar sua associação com CCS na lactação seguinte.
Uma série de descobertas foram encontradas nesta pesquisa, incluindo que os fazendeiros que usaram regularmente o California Mastitis Test (CMT) para detectar vacas com alto índice de CCS tiveram níveis mais baixos de CCS em comparação com os fazendeiros que não o usaram.
Também determinou que os fazendeiros que mantinham registros de casos de mastite clínica e subclínica tinham vacas com menor CCS em comparação aos fazendeiros que não mantinham nenhum registro.
Durante o processo de ordenha, foi determinado que os agricultores que sempre verificavam e descartavam as primeiras tiras de leite antes de ordenhar as vacas tinham menor CCS em comparação com os agricultores que faziam isso sazonalmente ou nunca.
Também determinou que fazendeiros que alojavam suas vacas em galpões com um ou menos de um cubículo/vaca tinham maior CCS em comparação com fazendeiros que alojavam suas vacas com mais de um cubículo/vaca.
A taxa de lotação recomendada dos galpões cubículos é de 1,1 cubículos/vaca.
Além disso, as vacas tiveram menor CCS quando seus cubículos foram limpos/desinfetados duas vezes/dia em comparação com uma vez/dia.
Controles
Bolona então delineou um segundo estudo da Teagasc que analisou qual era a melhor informação para prever quais vacas teriam uma infecção no final da lactação.
A análise incluiu dados de CCS da vaca durante toda a lactação, paridade e tanques, entre outros.
O estudo determinou que a CCS de vacas no último registro de leite foi a variável mais significativa para prever infecções no final da lactação.
Portanto, foi determinado que, se um fazendeiro não estiver registrando o leite, ele poderia fazer um registro de leite no final da lactação para ajudar a orientar as decisões sobre a terapia com vaca seca.
No entanto, observou-se que os benefícios do registro do leite são melhor percebidos quando feito várias vezes durante a lactação.
O estudo também mostrou que o limite de CCS que maximiza a classificação correta de vacas infectadas e não infectadas foi de 101.000 células/ml.
Mas cada fazenda é diferente e o limite de CCS para seleção da terapia de vaca seca dependerá da situação de controle da mastite em cada rebanho e deve ser adaptado de acordo.
Além disso, a CCS em vacas de primeira lactação infectadas foi menor do que em vacas de segunda e maior lactação.
Isso significa que para vacas de primeira lactação, uma CCS de aproximadamente 61.000 células/ml teve os melhores resultados para classificar corretamente vacas infectadas e não infectadas e pode ser usada para selecionar a terapia de vaca seca.
Resultados
A pesquisa determinou que, se o SDCT for usado nas vacas erradas, pode levar a um aumento da CCS na lactação seguinte.
Também determinou que os agricultores com boas práticas de controle de mastite nas fazendas obtiveram os melhores resultados.
Juntamente com os agricultores que tinham boas instalações, como pelo menos um cubículo/vaca e os cubículos eram desinfetados duas vezes por dia.
Mas também é importante que o procedimento de secagem seja feito corretamente e com alto padrão de higiene.
O que, em última análise, significa que nenhum fator único determinou o sucesso do uso do SDCT nas fazendas, mas o culminar de uma série de medidas.
