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Café Vulcânico, variedade produzida em Botelhos-MG é exportada para o Japão

O Café Volcânico de Botelhos-MG será exportado para o Japão. A fazenda produtora faz parte do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Café + Forte e possui o selo de Origem Vulcânica.

Um lote de cafés premiados da fazenda Santo Antônio foi comprado pela Bourbon Specialty Coffees. Esta é a primeira exportação de cafés com selo de origem da Região Vulcânica feita para o Japão. Daniela Abreu da Silveira, filha do produtor João Silveira Rocha, é responsável pela colheita da fazenda e faz parte do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Café + Forte do Sistema Faemg Senar. Antes do ATeG, um dos cursos do Senar levou o produtor a obter bons resultados, vencer concursos e dar visibilidade ao seu café. “O selo Origem Vulcânica abriu um bom mercado para nós. Onde quer que esse café seja vendido no Japão, eles conhecerão a origem e a história da propriedade. Achei essa conquista fantástica”, comemora Daniela.

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Daniela Abreu da Silveira – Fazenda Santo Antônio

Para Santo Antônio e Sistema Faemg Senar

A Fazenda Santo Antônio participa do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Café + Forte há oito meses. A gerente da fazenda, Daniela, destaca que o ATeG tem dado boas respostas para ela e outros produtores participantes do programa. “O técnico João Mateus tem feito um trabalho brilhante em nossas safras, e já estamos vendo resultados. Ele atua nas áreas técnica e de gestão, garantindo que continuemos ativos. Estamos muito felizes com a ATeG”, disse Daniela.

Mas o preparo dos cafés que resultaram em exportações e muitas vitórias em concursos começou um pouco antes, em 2021, com a orientação do técnico do Sistema Faemg Senar, Alex Nogueira Nannetti, que ministrou o curso de Preparo de Café Pós-Colheita Via Seca.

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Café sendo preparado no pátio

Nanneti destaca que a fazenda tem boa altitude, mas que os cuidados com a colheita e secagem do café no terreiro, seguindo todos os manejos corretos, levaram Daniela a vencer concursos municipais para Três Corações e Bourbon e, consequentemente, para o venda dos microlotes que foram para o Japão. “Daniela seguiu todas as orientações de colheita, apenas os frutos maduros, secando-os cuidadosamente no terreiro, deixando o café descansar por dois meses. Todos esses processos garantiram a qualidade do café e trouxeram vitórias em concursos e comercialização.”.

A solicitação do trabalho de Nannetti em Botelhos foi feita pelo produtor ao presidente do Sindicato Rural, quando assumiu os trabalhos de colheita na fazenda, em 2021.”Solicitei essa assessoria ao Sindicato Rural e no primeiro ano já ganhamos o concurso municipal, o que me despertou para outros concursos. Espero que com o trabalho do João Mateus tenhamos resultados ainda melhores, boas pontuações e mais vitórias nas competições e nas vendas”, disse o produtor.

Ao chegar na fazenda, percebi que a produtora tem facilidade em aplicar novas técnicas e sua dedicação é grande na pós-colheita, como mostram seus resultados. No entanto, ainda havia pontos a serem trabalhados nos campos e, hoje, com a ATeG, já vemos resultados positivos. A propriedade vem se organizando para melhorar a produtividade e, claro, a qualidade também. Em poucos meses de acompanhamento é nítida a evolução no manejo da propriedade e o melhoramento vegetativo do cafeeiro, o que só aumenta nossas expectativas para esta safra que está por vir.”, disse João Mateus.

região vulcânica

A exportação é uma conquista importante para os cafeicultores da região, que há mais de 10 anos trabalham para fortalecer e reconhecer a origem do café produzido em solos vulcânicos.

O presidente da Associação dos Produtores de Café da Região Vulcânica e presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Poços de Caldas, Marco Antônio Lobo Sanches, destaca encontro realizado no Dia da Mulher que reuniu mais de 200 produtores, na fazenda Santa Maria , e mostrou a força das mulheres no campo. “Um dos depoimentos da produtora Daniela Abreu mostrou que a conquista das exportações foi muito além, pois mostrou a valorização que ela fez da cafeicultura realizada pelo avô e pelo pai. A entrada de Daniela nos cafés vulcânicos mudou seu posicionamento e mostrou o retorno de sua família à atividade cafeeira de uma forma diferente. A exportação é uma amostra do que está por vir, com a nossa luta agora pela indicação geográfica”.

Os cafés da Região Vulcânica já são reconhecidos e demandados no mercado nacional, agora esperamos avançar nas exportações para que o mundo conheça e valorize os cafés produzidos neste terroir de solo vulcânico, para isso contamos com o apoio de exportadores associados e parceiros, como é o caso da Bourbon Specialty Coffees” disse Ulisses Ferreira de Oliveira, diretor executivo da Região Vulcânica.

Café Vulcânico, variedade produzida em Botelhos-MG é exportada para o Japão
Exportar cafés ensacados

Para Cristiano Carvalho Ottoni, diretor e fundador da Bourbon Specialty Coffees, as exportações com selo de origem garantem que, agora, todos terão acesso facilitado aos detalhes da região e do produtor, do importador ao cliente final, que consumirá o café nas cafeterias. “Estamos muito felizes com esse marco alcançado na parceria com o Bourbon e a Região Vulcânica. Fizemos parte do projeto de desenvolvimento do sistema e agora estamos vendo o trabalho consolidado, cruzando o mundo, levando o nome e a história de nossos produtores de forma inovadora por meio de selos de rastreabilidade. Além de agregar ainda mais valor aos cafés aqui produzidos, é um grande passo para a transparência e integração da cadeia.

A Associação dos Produtores de Café da Região Vulcânica detém a marca coletiva da Região Vulcânica, que abrange 12 municípios na divisa dos estados de Minas Gerais e São Paulo, a saber: Águas da Prata, Andradas, Bandeira do Sul, Botelhos, Cabo Verde, Caconde, Caldas, Campestre, Divinolândia, Ibitiura de Minas, Poços de Caldas e São Sebastião da Grama.

Por: Fernanda Martins Teixeira – FAEMG

Fonte: Noticias Agricolas

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