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Ibovespa fecha acima de 120 mil pela 1ª vez no mês em…

    Ibovespa fecha acima de 120 mil pela 1a vez no

    Por Paula Arend Laier

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    SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira, acima de 120 mil pontos pela primeira vez no mês, em sessão marcada pelo vencimento de opções de compra de ações na Bolsa de Valores de São Paulo e desempenho robusto, principalmente de ações cíclicas domésticas, como as companhias aéreas Azul e Gol.

    Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa subiu 1,81%, para 120.216,77 pontos, tendo atingido 120.372,77 pontos na máxima do dia. Com tal desempenho, garantiu ganho de 2,13% na semana, mostrando avanço de 1,8% no mês.

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    O volume financeiro, influenciado pelo exercício de opções, chegou a 24,2 bilhões de reais.

    Diante do cronograma de divulgação fraco, o desempenho das ações foi sustentado pela flexibilização da curva de juros, além de refletir movimentos técnicos relacionados ao vencimento de opções e expectativas para a próxima semana, quando será anunciada uma nova decisão de política monetária nos Estados Unidos.

    A expectativa é que o Federal Reserve anuncie na quarta-feira um aumento de 0,25 ponto percentual nas taxas de juros, atualmente na faixa de 5% a 5,25%. O foco será principalmente na declaração do banco central dos EUA e nas declarações do presidente Jerome Powell sobre os próximos passos.

    Em Wall Street, as bolsas tiveram fechamento misto, mas com variações tímidas, em sessão marcada por vencimentos de opções e rebalanceamento do Nasdaq 100. O S&P 500 e o Dow Jones fecharam praticamente estáveis, enquanto o Nasdaq Composite caiu 0,22%.

    No Brasil, a safra de balanços ganha força na próxima semana, com a pauta de empresas como Vale, Santander Brasil, Usiminas, Telefônica Brasil, Carrefour Brasil e Gol.

    Os investidores estarão atentos para saber se a recente melhora do cenário macroeconômico se reflete nos resultados das empresas.

    Segundo estrategistas da XP Investimentos, embora os mercados tenham começado a precificar um cenário mais positivo ao longo do segundo trimestre, as perspectivas para a temporada de resultados são mistas.

    “Com base nas empresas abrangidas pela XP, espera-se uma contração agregada de cerca de 35% no lucro por ação ano a ano, -23% nos lucros operacionais e -3% nas receitas”, afirmaram em relatório enviado a clientes e assinado por Fernando Ferreira e Jennie Li.

    O IPCA-15 de julho também estará no radar na terça-feira, o que pode ajudar a calibrar as últimas apostas para a decisão do Copom de 2 de agosto, já que não há consenso sobre um corte de 0,25 ponto ou 0,50 ponto percentual na Selic, atualmente em 13,75% ao ano.

    No final desta sexta-feira, a precificação da curva futura de juros tinha 60% de chance de corte de 0,50 ponto na Selic em agosto e 40% de chance de corte de 0,25 ponto.

    Apesar da acomodação do Ibovespa em julho, já que até a véspera o índice vinha apresentando estabilidade no acumulado do mês, a alta de 15,9% no segundo trimestre refletiu principalmente apostas relacionadas ao início de um ciclo de queda dos juros.

    Pablo Riveroll, diretor de patrimônio da Schroders para Brasil e América Latina, diz estar muito animado com o país, muito sobreponderado no Brasil em fundos de mercados emergentes e latino-americanos e também muito positivo em fundos locais, posicionado para uma melhora no mercado.

    Ele disse que a convicção mais forte sobre o mercado brasileiro começou há cerca de três, quatro meses, quando ele e sua equipe começaram a ver forças deflacionárias. “O ambiente para o Banco Central (cortar juros) finalmente estava melhorando de forma muito relevante.”

    Riveroll também destacou a melhora nas perspectivas fiscais do país como outro componente positivo, o que gerou muita confiança, principalmente em um momento de cotações atraentes. Em termos relativos, Schroders já considerava o Brasil uma das melhores alternativas entre os mercados emergentes.

    DESTAQUES

    – AZUL PN avançou 8,82%, a 18,5 reais, e GOL PN valorizou 7,56%, a 10,38 reais, impulsionando o desempenho das ações cíclicas na B3.

    – B3 ON subiu 3,83%, a R$ 15,17, reforçando a alta do Ibovespa, em meio às perspectivas favoráveis ​​para o mercado de capitais diante da melhora na percepção de risco país.

    – VIA ON fechou em alta de 6,84%, a 2,03 reais, e MAGAZINE LUIZA ON ganhou 4,14%, a 3,02 reais, com o índice do setor de consumo na bolsa subindo 1,96%.

    – BRADESCO PN saltou 3,27%, para 17,06 reais, e ITAÚ UNIBANCO PN subiu 1,79%, para 29 reais. A UNIDADE SANTANDER BRASIL, que divulga seu balanço no dia 26, teve valorização de 2,36%.

    – PETROBRAS PN encerrou com alta de 1,89%, para R$ 29,68, respaldada pela alta do preço do petróleo no exterior.

    – VALE ON subiu 0,61%, para 67,8 reais, seguindo o viés de compra da bolsa, apesar da fraqueza dos futuros de minério de ferro na Ásia. A empresa divulga resultados no dia 27.

    – O PNA da BRASKEM encerrou com variação positiva de apenas 0,45%, a R$ 24,69, após acordo de R$ 1,7 bilhão com Maceió referente ao aluimento de solo na capital alagoana desde 2018.

    – GERDAU PN recuou 1,09%, a 27,22 reais, no dia mais fraco do setor, com USIMINAS fechando com alta de 0,14% e CSN ON subindo apenas 0,32%.

    – O SINQIA ON, que não está no Ibovespa, disparou 14,86%, para 26,75 reais, após a fornecedora de softwares financeiros fechar contrato de venda com a porto-riquenha Evertec.



    Fonte: Noticias Agricolas