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Ibovespa atinge oitava alta consecutiva com aval da Vale; Petrobras recua

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira, pelo oitavo pregão consecutivo, o que não acontecia desde março de 2022, tendo a Vale como principal suporte do dia, enquanto a Petrobras freou um desempenho mais robusto do índice ao cair cerca de 2%.

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Índice de referência do mercado de ações brasileiro, o Ibovespa subiu 0,52%, para 109.029,12 pontos. O volume financeiro totalizou 22,5 bilhões de reais.

Da temporada de balanços, BB Seguridade e Raízen tiveram quedas relevantes na esteira dos dados e projeções trimestrais, com a Azul se afastando das mínimas, também com números conhecidos, enquanto a Vibra encerrou no azul.

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Uma série de resultados ainda é aguardada após o fechamento da bolsa nesta segunda-feira, entre eles os de Banco do Brasil, BRF, Magazine Luiza, Marfrig e Rede D’Or, entre outros.

O primeiro pregão da semana também refletiu as expectativas em relação ao novo quadro fiscal do país, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmando que as negociações sobre os detalhes do quadro devem ser concluídas nesta segunda-feira.

O relator do projeto de lei da nova regra tributária na Câmara, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), disse que o parecer está “praticamente concluído”, faltando apenas alguns ajustes que devem ser apresentados aos líderes partidários nesta segunda-feira.

Sem detalhar a proposta, o relator disse que seu parecer deveria conter gatilhos, mas indicou que o texto não deveria incluir a possibilidade de punir dirigentes em caso de descumprimento da meta – o ponto é defendido pela oposição e partido líderes do chamado centro.

No exterior, o S&P 500 e o Dow Jones dos EUA fecharam com ganhos modestos, seguindo os dados da indústria e com as negociações do teto da dívida dos EUA em andamento no Congresso no radar, enquanto a Meta ajudou o Nasdaq.

DESTAQUES

– VALE ON avançava 1,44%, a R$ 69,06, diante da alta dos contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura nesta segunda-feira, com o sentimento do investidor impulsionado por sinais de melhora na demanda downstream e expectativas de uma série de políticas de estímulo a ser implementado na segunda maior economia do mundo.

– PETROBRAS PN recuou 2,25%, a 25,66 reais, no dia do ajuste após forte valorização nas duas últimas sessões, quando acumulou ganho de 7% na sequência do anúncio de dividendos e resultados trimestrais. No exterior, o petróleo Brent subiu 1,43%. Também foi noticiado que a Petrobras estuda exercer seu direito de preferência para comprar o controle da Braskem, na qual detém participação relevante. A estatal, no entanto, negou qualquer decisão quanto ao desinvestimento ou aumento de sua participação na petroquímica. O PNA BRASKEM fechou em queda de 6,7%, a R$ 22,69.

– O BRADESCO PN subiu 1,55%, a 15,71 reais, reforçando o sinal positivo do Ibovespa, enquanto o ITAÚ UNIBANCO PN fechou com alta de 0,37%, a 27,01 reais. O BANCO DO BRASIL ON, que divulga balanço após o fechamento, valorizou 0,47%, para 44,44 reais.

– A BB SEGURIDADE ON encerrou com queda de 5,91%, a 32,14 reais, mesmo após registrar lucro líquido de 1,83 bilhão de reais no primeiro trimestre, 51,5% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. A ação vinha de quatro altas seguidas, período em que valorizou pouco mais de 2%. A empresa disse que deve ter visibilidade dos prêmios do ano entre o final do segundo trimestre e o início do terceiro, após a definição do próximo Plano Safra pelo governo federal.

– A RAÍZEN PN perdeu 4,56%, para 3,14 reais, mesmo após a sucroalcooleira registrar salto no lucro líquido ajustado no quarto trimestre da safra 2022/2023, para 2,52 bilhões de reais, enquanto estimava o Ebitda ajustado entre 13,5 bilhões de reais e 14,5 bilhões de reais na safra 2023/2024. A empresa disse ainda que está avaliando diversas oportunidades de importação de combustíveis para se manter bastante competitiva.

– EZTEC ON avançou 4,91%, para 15,81 reais, em sessão de ajuste, após perder quase 6,5% na última sessão, quando reagiu à divulgação do balanço do primeiro trimestre um dia antes, que apontava queda de 19 , 3% na receita líquida em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o lucro cresceu 34%.

– AZUL PN caiu 0,78%, para R$ 12,76, mesmo após reduzir o prejuízo líquido ajustado no primeiro trimestre e divulgar projeções mais positivas para o ano, após acordo com as locadoras anunciado em março. Os analistas do Citi acrescentaram que “embora esses resultados pareçam fundamentalmente sólidos”, alguns investidores podem reagir com preocupação à potencial diluição com a troca de dívida por ações no acordo com fabricantes de motores e arrendadores. Na pior das hipóteses, a ação caiu 11,74%. No setor, o GOL PN avançou 4,07%, a R$ 7,67.

– VIBRA ON subiu 1,04%, para 14,55 reais, revertendo perdas principalmente na primeira etapa do dia, quando caiu mais de 4%, após a distribuidora de combustíveis anunciar queda de 75,1% no lucro líquido do primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para 81 milhões de reais, sendo o resultado influenciado pela redução dos preços dos derivados de petróleo. A empresa disse que considera que o efeito de maiores importações de diesel russo barato por outros agentes no mercado brasileiro está restrito a algumas regiões do país, e ainda não tomou a decisão de comprar o combustível na Rússia.

– HAPVIDA ON ganhou 0,96%, a 3,15 reais, depois que o grupo de saúde concordou em vender a subsidiária São Francisco Resgate para a Elo Conservação, por um “enterprise value” de 150 milhões de reais, em movimento para fortalecer sua estrutura de capital. O Hapvida também anuncia seus resultados do primeiro trimestre nesta segunda-feira, após o fechamento.

– M. DIAS BRANCO ON, que não está no Ibovespa, saltou 12,67%, para 36,81 reais, melhor desempenho em Small Caps. A líder nos mercados de biscoitos e massas no Brasil registrou receita líquida de 69,9 milhões de reais no primeiro trimestre, alta de 84,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, com receita recorde no período de janeiro a março, ao expandir volumes e preços dos produtos.

– A XP INC, negociada em Nova York, fechou em alta de 2,41%, a US$ 15,75, antes da divulgação dos resultados do primeiro trimestre, que apontou lucro líquido de R$ 796 milhões no primeiro trimestre, queda de 7% no ano -desempenho anterior, com receita estável.

Fonte: Noticias Agricolas

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