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Haddad enfatiza desaceleração econômica e pede início de um corte “razoável”

    Haddad aponta desaceleração da economia e cobra início de corte "razoável"...

    tag:reutersPor Patrícia Vilas Boas

    SÃO PAULO (Reuters) – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira que há espaço para um corte “razoável” da taxa Selic pelo Banco Central e que a autarquia tem condições de iniciar o ciclo de baixa com baixa consistente, afirmando que a economia tem sofrido uma desaceleração devido ao atual nível das taxas de juros.

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    Haddad afirmou que a atual taxa básica de juros, em 13,75% ao ano, está longe do patamar neutro, patamar que não impulsiona nem desacelera a economia, e que quedas em diversos setores da inflação justificam o fim do ciclo de aperto monetário .

    “Eu realmente acho que há espaço para um corte razoável, um início razoável de corte, porque estamos muito longe do que o BC chama de taxa de juros neutra”, disse o ministro em entrevista a jornalistas. “Portanto, há uma quantidade generosa de espaço para aproveitar.”

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    Questionado sobre o possível volume de redução da taxa Selic, Haddad respondeu: “Se quisermos chegar a um patamar neutro de juros, teríamos que cortar a taxa real de juros em 5%, que são dez ‘Copoms’ a 0,5 pp” .

    Segundo levantamento feito pela Reuters, o Banco Central deve cortar a taxa Selic pela primeira vez em três anos quando encerrar a reunião de política monetária de agosto na próxima semana, em meio a sinais de arrefecimento da inflação e maior otimismo com a conjuntura . economia no Brasil, com a maioria dos economistas apostando em um ritmo de flexibilização suave.

    A opinião de 36 dos 46 economistas consultados em pesquisa da Reuters é de que o Banco Central cortará os juros básicos em 0,25 ponto percentual nas reuniões de 1º e 2 de agosto.

    Na entrevista, Haddad afirmou que apesar dos indicadores positivos, como a queda da taxa de desemprego para 8% no segundo trimestre anunciada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia está “sofrendo um processo de desaceleração” devido às taxas de juros na casa dos dois dígitos.

    “A economia está sofrendo um processo de desaceleração devido aos juros reais da casa de 10%, que é quase o dobro do país que mais cobra juros depois do Brasil”, afirmou.

    “Os ventos estão favoráveis, o mundo está olhando para o Brasil com outros olhos, com outra percepção, mas já é hora de alinharmos política fiscal e monetária”.

    A declaração do ministro da Fazenda ocorreu após a agência DBRS Morning Star elevar a nota de crédito de longo prazo do Brasil nesta sexta-feira para “BB”, contra “BB (baixo)”.

    Esta é a terceira agência de rating a melhorar a posição do país recentemente, depois que a Fitch, na quarta-feira, elevou de “BB-” para “BB”, e a S&P mudou a perspectiva de “estável” para “positiva”. ” em junho.

    Haddad acrescentou que a agenda da Câmara dos Deputados para o próximo mês está “bem alinhada” em relação a dois projetos prioritários do governo, o marco de garantias e o marco fiscal. Ele afirmou que o governo depende da aprovação final do arcabouço fiscal para concluir o Projeto de Lei Orçamentária (PLO).

    “O arcabouço precisa ter sua solução definida, até para que a peça orçamentária seja concluída e encaminhada ao Congresso. Dependemos dessa decisão para finalizar o texto do OLP”. Antes de entrar em recesso, a Câmara concluiu a votação da reforma tributária e do Carf, mas adiou para agosto a análise do novo quadro fiscal.


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    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que há espaço para um corte da taxa Selic pelo Banco Central. Segundo ele, a economia tem sofrido uma desaceleração devido ao atual nível das taxas de juros e a atual taxa básica de juros está longe do patamar neutro. Haddad acredita que há uma quantidade generosa de espaço para aproveitar. Ele destacou que, para chegar a um patamar neutro de juros, seria necessário cortar a taxa real de juros em 5%, o que corresponde a dez Copoms a 0,5 pp.

    O Banco Central deve cortar a taxa Selic pela primeira vez em três anos, segundo levantamento feito pela Reuters. A maioria dos economistas aposta em um ritmo de flexibilização suave, com um corte de 0,25 ponto percentual nas reuniões que ocorrerão em agosto.

    Haddad afirmou que a economia está sofrendo um processo de desaceleração devido às taxas de juros na casa dos dois dígitos. Ele ressaltou que é hora de alinhar política fiscal e monetária. A declaração do ministro ocorreu após a elevação da nota de crédito de longo prazo do Brasil pela agência DBRS Morning Star.

    Haddad também mencionou que a agenda da Câmara dos Deputados está alinhada em relação a dois projetos prioritários do governo, o marco de garantias e o marco fiscal. Ele afirmou que a solução do arcabouço fiscal é necessária para concluir o Projeto de Lei Orçamentária. A Câmara adiou para agosto a análise do novo quadro fiscal.

    Fonte
    **Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**