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Governo tem de trabalhar a favor da pecuária

    Boi Brasileiro
    Safra 22/23 R$ 1 Trilhão De Recursos Para Financiar
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    Governo tem de trabalhar a favor da pecuária

    A comunicação é um dos desafios a serem enfrentados pelo próximo governo federal, principalmente no que diz respeito à promoção de ações em prol da pecuária brasileira no cenário internacional. Esta é a visão de Nabih Amin El Aouar.

    Presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), foi entrevistado na série especial sobre as eleições de 2022 que o Canal Rural está promovendo com representantes de entidades que ajudam a movimentar o agronegócio do país.

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    O presidente da ACNB lamentou o fato de, infelizmente, o setor pecuário ser visto com maus olhos pela população, entidades e governantes. Isso no Brasil e em outras partes do mundo. E, em muitos casos, críticas feitas com base em alegações falsas, apontou Nabih Amin.

    “Fomos acusados ​​de vilões muitas vezes. Vilões do desmatamento, poluição, emissão de metano, invasão de áreas indígenas, que nosso produto é prejudicial à saúde humana.

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    E quem nos defendeu?”, questionou o dirigente à frente da ACNB. Em resposta, ele mesmo reforçou dados favoráveis ​​à pecuária nacional. “Temos o código florestal mais rigoroso do mundo. Temos 65,66% de florestas preservadas, ao contrário do resto do planeta, que está em torno de 25%, sabendo que alguns países europeus estão entre 0 e 5%”.

    “Destaque nossas condições atuais de sustentabilidade e bem-estar animal. Temos que melhorar essa comunicação” — Nabih Amin El Aouar

    E é aí, na valorização do produto que emerge das fazendas brasileiras, que Nabih Amin espera poder contar com a ajuda do governo, independentemente dos vencedores das eleições gerais de outubro. “Outro fator muito importante é a divulgação do governo sobre os benefícios da carne bovina e, além disso, a divulgação não só dentro do nosso país, mas internacionalmente.

    Destacar nossas atuais condições de sustentabilidade e bem-estar animal. Temos que melhorar essa comunicação”.

    Entrevista com o presidente da ACNB

    Nabih Amin El Aouar, presidente da ACNB | Foto: reprodução

    Confira, abaixo, os principais temas da entrevista concedida por Nabih Amin El Aouar, da ACNB, ao Canal Rural. Parceria com Embrapa problemas enfrentados com o aumento das ações criminosas no campo e projeções sobre a participação da pecuária brasileira no mercado internacional estão entre os temas discutidos.

    Importância da Embrapa

    Ciro Gomes - Embrapa

     

    Foto: Divulgação/Embrapa

    “Acredito que o boom da pecuária brasileira foi o binômio nelore/brachiaria. Isso fez do nosso país o maior exportador de carne bovina do mundo. Mas hoje já considero que não é o binômio, é o trinômio.

    A Embrapa tem que estar envolvida nisso. Foi ela quem iniciou esse processo de pesquisa e desenvolvimento agrícola em nosso país.

    Se houver maior investimento nessa grande entidade de pesquisa, o campo será muito recompensado e ainda mais: o consumidor brasileiro de alimentos e os consumidores para quem exportamos para todo o mundo.”

    Comunicação com o mercado internacional

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    “Outro fator muito importante é a divulgação por parte do governo dos benefícios da carne bovina e, além disso, divulgar não só dentro do nosso país, mas internacionalmente, nossas atuais condições de sustentabilidade e bem-estar animal. Temos que melhorar essa comunicação.

    Na verdade, temos o código florestal mais difícil do mundo. Temos 65,66% de florestas preservadas, ao contrário do resto do planeta, que é em torno de 25%, sabendo que alguns países europeus estão entre 0 e 5%.

    Já fomos acusados ​​de vilões muitas vezes. Vilões do desmatamento, poluição, emissão de metano, invasão de áreas indígenas, que nosso produto é prejudicial à saúde humana. E quem nos defendeu?”

    fornecimento de grãos

    soja, milho e café

     

    Montagem: Canal Rural

    “Devemos lembrar que a pecuária brasileira é tipicamente extensiva, não intensiva. Se pensássemos de forma intensiva, a necessidade de grãos e armazenamento seria muito maior, como na Europa, Estados Unidos e países que têm essa criação mais intensiva.

    Nosso país produz o leite e a carne mais saudáveis ​​que existe, porque é um boi de capim. Evidentemente, porém, precisamos dos grãos, das rações. Temos cerca de 13% dos animais que vão para o abate em espaços confinados.

    Estão 87% em pastagens e 13% confinados. Atualmente, muitos desses animais em pastejo estão em fase de terminação, suplementados pelo menos na fase final, de 90 a 120 dias. Isso significa que essa proposta de reserva de estoque de grãos se torna muito necessária.”

    Adicionando valor

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    Foto: Wenderson Araújo/Trilux/CNA

    “Há dois anos, a ACNB criou um selo de certificação para a carne Nelore chamado “Nelore Brasil, o selo verde do agro”. Para que esse produto fosse certificado, seria necessário rastreabilidade, atendimento à legislação ambiental e trabalhista, não invasão de áreas indígenas e criação de animais a pasto.

    No rótulo desse produto, há um QR code, que, ao clicar, o consumidor tem todas as informações sobre aquele produto, como raça, sexo, peso, idade ao abate, criador e matadouro que o abateu e industrializou .

    A rastreabilidade é muito interessante, mas foi exatamente o processo burocrático e o custo operacional que impediu o andamento e avanço deste projeto. Da mesma forma, animais castrados. Sabemos que bovinos machos castrados apresentam melhor condição de acabamento de gordura, o que afeta a qualidade da carne. Por que não é praticado? porque o pecuarista não recebe um valor agregado por isso.

    Temos que promover mudanças em que o consumidor tenha maior segurança alimentar e um produto de maior qualidade. Mas também é preciso que haja uma retribuição financeira ao produtor rural, ao pecuarista.”

    Regularização fundiária e invasão de terras

    invasão de terras, rondônia

     

    Foto: Daniel Garcia

    “Temos essa grande preocupação com essas invasões e esses conflitos no campo. Comumente, temos um atraso na resolução e esse foi um dos motivos pelos quais mencionei inicialmente a insegurança jurídica e a questão da segurança no campo, incluindo a intervenção policial, para garantir o direito a quem o tem. Não é benéfico para ninguém.

    Com atritos, conflitos e até mortes no campo, o produtor rural precisa viver em paz. Trabalhe em paz para produzir. Somos produtores de alimentos, produtores de honra, produtores de empregos. Não somos elementos armados para lutar contra outras pessoas no campo. Nossa luta é contra a fome”.

    Roubo e roubo de animais no campo

    planetcampo01

    “Com esse recente reajuste de dois anos no valor da arroba bovina, o boi e a vaca tornaram-se objetos de desejo. Animais que são mortos, abatidos, dentro da própria fazenda, deixando apenas a cabeça e as patas. O restante do material é retirado e nem sabemos como é usado, se é para venda a terceiros ou para consumo pessoal. E esta carne [circula] sem qualquer inspeção sanitária”.

    Mercado internacional

    contêineres no porto, mar br

     

    Foto: Diego Baravelli/Minfra

    “Nossa carne bovina é competitiva e quando entra em um país entra para ficar porque tem qualidade e preço. Já temos dois países que estamos prestes a entrar: Japão e Coreia do Sul. São países que pagam um valor agregado. Geralmente, eles compram carne de melhor qualidade e isso motivará o pecuarista brasileiro a produzir produtos cada vez melhores.

    Temos que parar de pensar apenas em produzir peso. Temos que produzir carne de melhor qualidade, mais macia, mais saborosa, mais suculenta. Uma carne com saúde e segurança alimentar. E tudo isso dentro de uma produção com sustentabilidade e bem-estar animal.

    O que estamos pedindo é uma maior interação do governo com o nosso setor. O que queremos? Trabalhar, gerar empregos, gerar prosperidade, gerar renda, gerar divisas. Mas, acima de tudo, queremos contribuir para colocar comida na mesa do consumidor brasileiro.

    Precisamos que o próximo governo nos respeite e nos valorize. Somos aliados do próximo presidente, do próximo governo e dos próximos governadores. Queremos fazer um complemento de trabalho que beneficie a todos. Que beneficie o pecuarista, mas principalmente a população brasileira, em termos de alimentação de qualidade, com segurança alimentar e com o dinheiro fluindo dentro do setor econômico brasileiro, gerando renda para o país.”

    Fonte: Noticias Agricolas

     

    Governo tem de trabalhar a favor da pecuária
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