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Febre aftosa na Indonésia Preocupa Austrália

    Febre aftosa na Indonésia Preocupa Austrália
    Febre aftosa na Indonésia Preocupa Austrália
    Febre aftosa na Indonésia Preocupa Austrália

    Febre aftosa na Indonésia Preocupa Austrália

    Os surtos de febre aftosa recentemente detectados em bovinos na Indonésia, a 100 km da Austrália, preocupam o país da Oceania, que há décadas não registra a doença e nem vacina mais seu rebanho.

    Se a febre aftosa cruzar a fronteira, o Brasil, concorrente da Austrália nas exportações de carne bovina, poderá se beneficiar e receber demanda de outros mercados nobres, como Japão e Coreia do Sul.

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    Analistas ouvidos por Transmissão Agro confirmam que, na hipótese de ausência do país australiano nas exportações globais de carne em caso de contaminação dos rebanhos, a demanda se voltaria para o Brasil, que poderia vender para os mercados que desejava há algum tempo.

    A medida aumentaria o volume embarcado do Brasil para o mercado chinês e norte-americano, pois a Austrália também vende carne bovina por lá.

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    A febre aftosa é considerada a maior ameaça de biossegurança para o gado australiano e um surto pode levar ao abate em massa de animais infectados, além de fechar o lucrativo mercado de exportação de carne bovina da Austrália por um período. Hoje, os Austrália é o quarto maior exportador mundial de carne bovina.

    Dados da Secretaria de Agricultura de Estados Unidos (USDA) indicam que o país foi responsável por 11% das exportações globais em 2021, e em 2019 a participação foi de 15%.

    Apesar da queda acentuada do rebanho bovino australiano nos últimos dois anos, o Rabobank espera uma recuperação na produção este ano, com maior disponibilidade de gado pronto para abate.

    Levantamento do banco mostra que a produção deve atingir o patamar de 1,9 milhão de toneladas, alta de 4,2% em relação a 2021. Do lado das exportações, o banco projeta uma recuperação nos embarques de 6% em volume.

    “A maior oferta e os preços mais baixos de aparas de empréstimo (para a produção de hambúrgueres) deve orientar a recuperação dos embarques principalmente para os EUA e China”, afirma o Rabobank.

    “Acreditamos que uma eventual saída da Austrália poderia acelerar esse movimento, mas sem grandes expectativas no curto prazo” — Wagner Yanaguizawa

    No entanto, apesar da expectativa de aumento da demanda brasileira, se a Austrália tiver dificuldades para exportar proteína animal, o Brasil não conquistaria automaticamente esses mercados, alertam os consultores.

    A começar pelo fato de o Brasil ainda não ter autorização para enviar carne in natura para o mercado japonês, por exemplo. A expectativa de que os japoneses liberassem os embarques surgiu quando o Brasil conseguiu abrir o mercado norte-americano, considerado bastante exigente.

    De acordo com Wagner Yanaguizawa, analista do Rabobank, há uma tendência histórica de o mercado japonês depender fortemente do selo sanitário norte-americano.

    “Mas até agora não vimos nenhum movimento para que isso aconteça (abertura do mercado japonês). Acreditamos que uma eventual saída da Austrália poderia acelerar esse movimento, mas sem grandes expectativas no curto prazo”, afirma.

    Exportação de carne

    Foto: Publicidade/Mapa

    A consultora de gestão de risco da StoneX, Marianne Tufani, lembra que o Japão tem uma política sanitária mais rígida e acaba importando carne bovina de países que possuem status de livre de febre aftosa sem vacinação, o que ainda não ocorre no Brasil, que pretende obter esse certificado para todo o país em 2026, como disse o ministro da Agricultura, Marcos Montes, em evento recente.

    Para o pesquisador Thiago Bernardino, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), em linha com países que são altamente cobiçados para a exportação de carne bovina, pois pagam bem, o Brasil também poderia atender a Indonésia e as Filipinas.

    “São mercados que o Brasil vem ‘namorando’ há algum tempo. Se a febre aftosa entrar na Austrália, os olhos desses jogadores se voltarão para o Brasil”, diz.

    Segundo Bernardino, o país tem uma posição estratégica se for demandado por outros mercados, pois tem uma produção robusta de carne bovina.

    Febre Aftosa na Indonésia

    vacina contra a febre aftosa

     

    Foto: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

    No início de julho, uma carta do Ministério da Agricultura da Indonésia confirmou que a doença havia entrado em Bali, o principal ponto turístico do país, com testes mostrando contaminação em 63 vacas em três locais ao redor da ilha. As infecções em Bali se somam aos mais de 230.000 animais infectados em 22 províncias do país desde que o surto foi relatado pela primeira vez no início de maio.

    Há mais de uma dezena de voos de Bali para a Austrália todos os dias e esse número deverá aumentar nas próximas semanas à medida que o turismo se recupera após o fim das medidas restritivas causadas pela covid-19, causando séria preocupação das autoridades australianas sobre a possibilidade de o vírus da febre aftosa que entra no país.

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    Fonte: Noticias Agricolas

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