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Extratores: Comparação de Desempenho

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Como quantificar o fósforo no solo

A importância dos métodos de Mehlich 1 e Resina de troca aniônica e mista

Para quantificar o fósforo no solo, há dois métodos amplamente utilizados: Mehlich 1 e Resina de troca aniônica e mista. No entanto, é importante entender as diferenças entre esses métodos e sua aplicabilidade.

O método de Mehlich 1

O método de Mehlich 1 utiliza um extrator fortemente ácido composto por ácido clorídrico e ácido sulfúrico. Embora seja eficaz na extração do fósforo, este método pode extrair também o fósforo ligado ao cálcio, o qual não está disponível para as plantas. Isso pode levar a resultados superestimados em solos adubados com fosfatos de baixa solubilidade. Além disso, em solos argilosos, o método de Mehlich 1 tende a subestimar os valores de fósforo disponível.

O método da Resina de troca aniônica

A Resina de troca aniônica é um método que simula o comportamento do sistema radicular das plantas na absorção de fósforo do solo. Através da adsorção de P na solução nas cargas positivas da resina, é possível remover o P adsorvido na superfície das partículas do solo. Diferentemente do método de Mehlich 1, a resina não superestima a disponibilidade de P em solos tratados com fosfatos naturais.

Análise comparativa dos métodos

Estudos mostram que a resina de troca aniônica apresenta maior sensibilidade às variações de solos, sendo mais adequada para estimar o fósforo disponível independentemente da fonte utilizada e do tipo de solo. Além disso, esse método revela adequadamente o efeito da calagem em aumentar a disponibilidade de P para as plantas, ao contrário do método de Mehlich 1. Outra vantagem da resina é sua eficiência em comparação com outros extratores.

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Portanto, ao analisar o fósforo no solo, é recomendado o uso do método de resina de troca aniônica, devido à sua maior correlação com as respostas das plantas e sua capacidade de quantificar apenas o P-lábil. Esse método é especialmente importante em solos com fosfatos naturais e solos argilosos.

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Identificação das seções principais:

1. Métodos de Mehlich 1 e Resina de troca aniônica e mista (aniônica + catiônica)

2. Fósforo ligado ao cálcio e sua disponibilidade para as plantas

3. Influência do tipo de solo na quantificação do fósforo disponível

4. Resina de troca aniônica como método mais adequado

5. Eficiência da resina de troca aniônica em comparação com outros extratores

6. Utilização da resina mista na quantificação do fósforo disponível

7. Vantagens e inconvenientes do método de resina

8. Resultados das comparações entre os métodos

9. Saiba mais!

10. Curso Gestão na Produção de Café Arábica

11. Conclusão

Para quantificar o fósforo no solo, podem ser utilizados os métodos de Mehlich 1 e Resina de troca aniônica e mista (aniônica + catiônica).

O método de Mehlich 1 (ácido clorídrico + ácido sulfúrico) utiliza um extrator fortemente ácido, dessa forma, esse método pode extrair o fósforo ligado ao cálcio, que não está disponível para as plantas.

Assim, solos adubados com fosfatos de baixa solubilidade, como fosfatos naturais, e com a utilização desses extratores ácidos, podem extrair quantidade de fósforo superiores àquelas consideradas disponíveis, não apresentando boas correlações com rendimentos das culturas (Raij e Diest, 1980).

Por outro lado, em solos argilosos, esse mesmo extrator, pode subestimar os valores de P disponível, apresentando valores menores devido ao fato dos extratores serem mais desgastados nesses solos, quando comparados aos solos arenosos (Novais & Kamprath, 1979; Muniz at el., 1987).

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A Resina de troca aniônica, fundamenta-se na premissa de simular o comportamento do sistema radicular das plantas na absorção de fósforo do solo (Raij, 1978).

Esse processo gera a adsorção de P na solução nas cargas positivas da resina aniônica, como consequência, há a remoção do P adsorvido na superfície das partículas do solo, dessa forma, a resina não superestima a disponibilidade de P em solos tratados com fosfatos naturais, como ocorre com os extratores ácidos.

 

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Sensibilidade dos extratores Mehlich 1 e Resina

Segundo Silva et al. (2013) a resina apresenta maior sensibilidade às variações de solos, portanto sendo mais adequado para estimar o fósforo disponível independentemente da fonte utilizada e do tipo de solo, podendo ser utilizado tanto em solos ácidos como em alcalinos, diferentemente do extrator Melhich 1.

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Além disso, segundo Silva & Raij (1999), esse método revela adequadamente, o efeito da calagem em aumentar a disponibilidade de P para as plantas, o que não acontece com o método de Mehlich 1:

Tabela com dados de extratores Mehlich 1 e ResinaQuadro 1. Fósforo (P) no solo em experimento de calagem – com a cultura da soja – Ribeirão Preto SP. Fonte: Silva & Raij (1999).

Dessa forma, esse estudo realizado na cultura da soja mostra a sensibilidade do extrator resina em detectar o aumento da disponibilidade de fósforo no solo, devido ao aumento do pH do solo, apresentando assim diferença estatística quando se utilizou o extrator resina (marcado em verde), o que não foi observado quando se utilizou o extrator Mehlich 1 (marcado em vermelho).

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Eficiência dos extratores Mehlich 1 e Resina

Da mesma forma, uma revisão feita pelo mesmo autor, Raij, mostra a maior eficiência do extrator resina, quando comparado aos outros extratores:

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Tabela com dados de eficiência dos extratores Mehlich 1 e ResinaQuadro 2. Comparação de métodos na literatura mundial, 1953 a 1977 – 42 trabalhos. Fonte: Raij, 1978.

Além disso, pode-se utilizar a resina mista, de troca Catiônica e aniônica, que possui cargas positiva e negativas e permite, numa única extração, avaliar a disponibilidade não apenas do fósforo, mas também de cátions trocáveis como o cálcio (Ca₂+), magnésio (Mg₂+) e potássio (K+) (Raij & Quaggio, 1983 & Raij et al., 1987), que é atualmente utilizado na quantificação de fósforo disponível nos laboratórios do estado de São Paulo entre outros.

Um inconveniente desse método, é o fato do método de resina ser mais trabalhoso, no entanto, valem esforços devido à analogia com a extração pela planta (Raij et al, 1982).

Resultados das comparações

Portanto, devido à extração pelo método de resina ter maior correlação com as respostas das plantas, ele se mostra mais adequado para estimar o fósforo disponível, quando comparado ao método de Mehlich 1, visto que este método, não é seletivo para quantificar apenas o P-lábil, e pode superestimar o fósforo de solos com fosfatos naturais ou subestimar o fósforo em solos argilosos.

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Para realizar a quantificação do fósforo presente no solo, é possível utilizar diferentes métodos, como o Mehlich 1 e a Resina de troca aniônica e mista (aniônica + catiônica). O método de Mehlich 1 consiste na utilização de um extrator fortemente ácido, composto por ácido clorídrico e ácido sulfúrico. No entanto, é importante ressaltar que esse método pode extrair o fósforo que está ligado ao cálcio, o qual não está disponível para as plantas. Por essa razão, solos que receberam adubações com fosfatos de baixa solubilidade, como fosfatos naturais, e que utilizaram esses extratores ácidos, podem apresentar resultados de fósforo extraído maiores do que os considerados disponíveis, o que não está diretamente correlacionado com os rendimentos das culturas.

Por outro lado, em solos argilosos, o mesmo extrator, o Mehlich 1, pode apresentar resultados subestimados para a disponibilidade de fósforo, pois os extratores tendem a ser mais desgastados nesses solos quando comparados aos solos arenosos. Isso pode levar a valores menores de fósforo disponível. Diante desse cenário, a Resina de troca aniônica surge como uma opção complementar. Esse método busca simular o comportamento do sistema radicular das plantas na absorção de fósforo do solo.

Ao utilizar a Resina de troca aniônica, ocorre a adsorção de fósforo na solução, nas cargas positivas da resina aniônica. Como consequência, há a remoção do fósforo adsorvido na superfície das partículas do solo. Dessa forma, a resina não superestima a disponibilidade de fósforo em solos tratados com fosfatos naturais, como é o caso dos extratores ácidos. De acordo com estudos realizados por Silva et al. (2013), a resina apresenta maior sensibilidade às variações de solos, o que a torna mais adequada para estimar o fósforo disponível, independentemente da fonte utilizada e do tipo de solo. Esse método pode ser utilizado tanto em solos ácidos como em alcalinos.

Outra vantagem da Resina de troca aniônica é sua eficiência ao revelar o efeito da calagem em aumentar a disponibilidade de fósforo para as plantas. Esse efeito não é observado quando o método de Mehlich 1 é utilizado. Estudos de Silva & Raij (1999) mostram a diferença estatística na detecção do aumento da disponibilidade de fósforo no solo utilizando-se a resina em comparação ao extrator Mehlich 1.

Além disso, a eficiência da resina é reconhecida pela literatura mundial, como demonstrado por Raij (1978) em sua revisão que compara diferentes métodos. Essa eficiência também é confirmada pela utilização da resina mista, que permite avaliar, em uma única extração, além do fósforo, a disponibilidade de cátions trocáveis como cálcio, magnésio e potássio. Essa resina mista é utilizada atualmente na quantificação de fósforo disponível nos laboratórios do estado de São Paulo e de outros lugares.

Embora o método de resina seja mais trabalhoso, ele se mostra relevante devido à sua analogia com a extração realizada pelas plantas. A extração pelo método de resina tem uma maior correlação com as respostas das plantas, o que o torna mais adequado para estimar o fósforo disponível em comparação ao método de Mehlich 1. Enquanto o Mehlich 1 não é seletivo para quantificar apenas o fósforo-lábil, podendo superestimar o fósforo em solos com fosfatos naturais ou subestimar o fósforo em solos argilosos, a resina apresenta resultados mais precisos e condizentes com a disponibilidade de fósforo para as plantas.

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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Para quantificar o fósforo no solo, existem métodos como o Mehlich 1 e a Resina de troca aniônica e mista. O método de Mehlich 1 utiliza um extrator ácido que pode extrair o fósforo ligado ao cálcio, que não está disponível para as plantas. Já a Resina de troca aniônica simula o comportamento do sistema radicular das plantas na absorção de fósforo do solo.

A resina apresenta maior sensibilidade às variações de solos e é mais adequada para estimar o fósforo disponível independentemente da fonte utilizada e do tipo de solo. Além disso, revela adequadamente o efeito da calagem em aumentar a disponibilidade de P para as plantas.

Uma revisão mostra a maior eficiência do extrator resina em comparação com outros extratores. A resina mista, de troca catiônica e aniônica, permite avaliar não apenas o fósforo, mas também cátions trocáveis como o cálcio, magnésio e potássio.

Em resumo, o método de resina é mais adequado para estimar o fósforo disponível no solo, pois tem maior correlação com as respostas das plantas, ao contrário do método de Mehlich 1, que não é seletivo e pode superestimar o fósforo em solos com fosfatos naturais ou subestimar em solos argilosos.

Perguntas com respostas:
1. Quais são os métodos utilizados para quantificar o fósforo no solo?
– Mehlich 1 e Resina de troca aniônica e mista.

2. O que o método de Mehlich 1 pode extrair além do fósforo disponível para as plantas?
– O método de Mehlich 1 pode extrair o fósforo ligado ao cálcio, que não está disponível para as plantas.

3. Qual é a vantagem do método de resina em relação ao Mehlich 1?
– O método de resina apresenta maior sensibilidade às variações de solos e é mais adequado para estimar o fósforo disponível independentemente da fonte utilizada e do tipo de solo.

4. O método de resina é mais eficiente do que outros extratores?
– Sim, de acordo com uma revisão, o método de resina é mais eficiente em comparação com outros extratores.

5. O que a resina mista permite avaliar além do fósforo?
– A resina mista permite avaliar cátions trocáveis como o cálcio, magnésio e potássio, além do fósforo.

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