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Exportações do agronegócio do RS chegam a US$ 3,54 bilhões no segundo trimestre de 2023

    Exportacoes do agronegocio do RS chegam a US 354 bilhoes

    Entre os principais destaques positivos do período, as exportações do complexo soja (total de US$ 1,38 bilhão; +23,7%) e do setor de fumo e seus derivados (US$ 471,24 milhões; +21,4%) tiveram os maiores aumentos, enquanto produtos florestais (US$ 295,39 milhões; -35,4%) e carnes (US$ 569,88 milhões; -21,4%) apresentaram as maiores quedas. O agronegócio foi responsável por 69,3% do total exportado pelo RS no trimestre.

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    Mesmo com a redução no período de abril a junho, no acumulado dos primeiros seis meses de 2023, as exportações do setor registraram alta de 2,7%, totalizando US$ 7,3 bilhões, o que representa 71,3% das vendas externas do Rio Grande do Sul no semestre. Sem considerar a inflação do período, o valor das exportações em 2023 foi o maior para um primeiro semestre desde 1997, quando teve início a série histórica.

    Os dados de vendas do segundo trimestre e acumulados de 2023 constam do boletim Indicadores do Agronegócio gaúcho, divulgado nesta quinta-feira (8/10). O documento, publicação do Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG), foi elaborado pelo pesquisador Sérgio Leusin Júnior e também traz informações sobre o emprego formal na área no mesmo período .

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    segundo trimestre

    A soja em grão foi a principal responsável pelo aumento nas vendas do complexo soja, com aumento de 94,3% no valor vendido (total de US$ 755,87 milhões), compensando a queda do óleo de soja (total de US$ 149,05 milhões, -44,6%). Em fumo e derivados, o principal produto do segmento, o fumo não manufaturado, registrou alta de 17,2% em valor (total de US$ 417,38 milhões).

    Entre as perdas, no setor de carnes, a redução nas vendas de carne de frango (total de US$ 274,65 milhões; -35,7%) e bovina (total de US$ 83,16 milhões; -25,2%) impactou o resultado final, enquanto entre o florestal produtos, a celulose, principal item do segmento, registrou queda de 44,6% no valor exportado (total de US$ 179,08 milhões).

    O setor de cereais, farinhas e preparações teve queda de 9,2% nas vendas no segundo trimestre (total de US$ 279,55 milhões), com destaque positivo para o aumento das exportações de arroz (total de US$ 136,49 milhões; +115,9%) e a redução no comércio de trigo (total de US$ 70,63 milhões; -33,2%) e milho (total de US$ 54,02 milhões; -53,4%).

    Quanto aos principais compradores dos produtos do agronegócio gaúcho, a China continua no topo da lista, com uma fatia de 27,3% do comércio. O país asiático aumentou suas aquisições no Rio Grande do Sul em US$ 169,4 milhões, um aumento de 21,2%. O bloco União Européia (15,9% do total), Estados Unidos (5,3%), Vietnã (5,1%) e Argentina (3,1%) completam o ranking dos cinco principais compradores no segundo trimestre.

    Primeiro semestre de 2023

    O recorde de vendas nos primeiros seis meses do ano foi puxado pelo complexo soja, que alcançou exportações de US$ 2,2 bilhões no período, um aumento de 15,5% em relação a 2022. Além da oleaginosa, o grupo fumo e suas produtos (total de US$ 1,06 bilhão; +20,6%) e máquinas e implementos agrícolas (US$ 308,01 milhões; +11,7%) também registraram alta. Carnes (US$ 1,22 bilhão; -4,1%), cereais, farinhas e preparações (US$ 992,61 milhões; -8,5%), produtos florestais (US$ 721,64 milhões; -13,8%) e couros e peles (US$ 162,57 milhões; -19,5% ) teve redução de valores.

    Entre os produtos específicos do agronegócio gaúcho, a soja em grão apresentou a maior variação positiva em termos absolutos (mais US$ 331,65 milhões; +50,6%), seguida do fumo não industrializado (mais US$ 158,55 milhões; + 19,4%) .

    Na lista dos principais destinos das exportações, a China respondeu por 22,5% do total das compras do RS, seguida pela União Europeia (14,9%), Estados Unidos (5,7%), Vietnã (5,1%), Indonésia (4,7%) e Arábia Saudita Arábia (2,8%).

    Emprego formal no agronegócio

    Tradicional período de redução do saldo de empregos no campo, devido à sazonalidade da produção agrícola, o segundo trimestre de 2023 registrou saldo negativo de 8.438 empregos com carteira de trabalho assinada no Rio Grande do Sul. Em 2022, o resultado havia sido negativo em 7.856 postagens.

    Nos três segmentos que compõem o agronegócio (“antes”, “dentro” e “depois” da porteira), o segmento dentro, que é formado por atividades agropecuárias e produção de culturas permanentes e temporárias, registrou o principal saldo negativo ( 6.382 postos de trabalho a menos), enquanto “depois da porteira”, composto principalmente por atividades agroindustriais, teve perda de 2.735 postos de trabalho.

    Principal empregador do agronegócio gaúcho, o setor de abate e industrialização de derivados de carne registrou contingente de 68.015 empregos formais no segundo trimestre de 2023, com saldo positivo de 482 postos de trabalho em relação ao mesmo período do ano anterior.

    Ao final do primeiro semestre, o número de carteiras de trabalho assinadas no agronegócio gaúcho era de 377.519 postos de trabalho, alta de 3,3% em relação ao primeiro semestre de 2022.


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