“Estamos iniciando uma argentinotização”, diz consultor sobre aprovação de…

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A aprovação da tributação do agronegócio em Goiás na primeira votação na Assembleia Legislativa do estado (Alego) nesta quinta-feira (17) segue repercutindo e desagradando o setor produtivo nesta sexta-feira (18), trazendo importantes análises e comparações que podem preocupar ainda mais o campo produtores goianos.

Consulte Mais informação:

+ Assembleia Legislativa de Goiás aprova tributação do agro em 1ª votação; setor tenta reverter

“Foi assim que começou na Argentina e na falência da Argentina. Esqueceram de dizer que a soja, em média, dá uma margem de lucro perto de 8% e que já come de 20% a 25% do bolo que, na média histórica, sobrou para o produtor”, diz o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. “A pecuária já vem causando prejuízos há algum tempo e adicionar mais um imposto significa adicionar mais prejuízos. Ou seja, estamos iniciando uma ‘argentinização’ e isso não é bom para o setor. O setor mais importante da economia brasileira não pode aguentar isso em conta. de volta”.

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O consultor afirma ainda que o governo poderia buscar outras alternativas, como reduzir seus gastos e despesas públicas, ao invés de “tributar quem trabalha”. Isso não é favorável ao produtor, à produção e certamente terá impactos negativos no setor agrícola. Isso vai chegar ao consumidor final, pois vai aumentar os custos, o Brasil perde competitividade. O tributo é vantajoso apenas para o governo, e quando é vantajoso apenas para um lado, tende a não funcionar”.

Antes de seguir para a sanção do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), o projeto terá segundo turno de votação em Alego na próxima semana e, enquanto isso, o setor segue mobilizado para tentar reverter a pauta. Afinal, como explica Brandalizze, as margens médias devem ser menores neste ano, próximas a 5% ou menos – no caso da soja, por exemplo – em uma cultura que representou um dos maiores custos de produção da história. “Isso pode tirar a rentabilidade parcial ou zero. Como o produtor vai investir em um setor que não dá lucro?”.

E as entidades de classe já se manifestaram, reafirmando que seguem alinhadas e articuladas, inclusive junto aos parlamentares, para ‘virar o jogo’ na segunda fase das eleições, que deve ocorrer na terça-feira, dia 22 de novembro. Nesta quinta-feira, o placar da votação foi de 22 a favor da criação do fundo e 21 contra, em processo exclusivamente presencial.

Votação do Funderinfra - 22 de novembro
Foto: Aprosoja Goiás

“Vamos manter a mobilização dos produtores para reverter votos e obter maioria contra a taxação do agro. Agradecemos aos produtores que se mobilizaram nas sessões de quarta e quinta e convocaram os deputados”, afirmou Aprosoja Goiás. “E desde já, convocamos os produtores rurais a estarem presentes na Assembleia Legislativa na próxima semana”.

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A Aprosoja Goiás também emitiu nota de repúdio ao deputado Bruno Peixoto, líder do governo em Alego. “Ao citar projetos apoiados pelo setor produtivo, o deputado insinuou o apoio das entidades a esse projeto de tributação da agricultura goiana. A nota assinada por seu presidente, Joel Ragagnin.

A FAEG (Federação da Agricultura do Estado de Goiás) também vem acompanhando de perto e se posicionando contra o imposto, reforçando o momento atual do campo e os altos custos.

“É importante lembrar que a realidade do campo exige cautela, devido ao aumento dos custos de produção e os produtores dos diversos segmentos da agricultura e pecuária têm lutado para não operar no prejuízo. Todos sabem da necessidade de investir em infraestrutura no estado. Porém, não é hora de pensar em mais custos, é preciso pensar em mais incentivos à produção”, disse Faeg por meio de suas redes sociais.

Mais cedo, o vice-presidente do Sindicato Rural de Rio Verde, Everaldo Pereira, falou ao Notícias Agrícolas reforçando a necessidade de manter o sindicato do setor neste momento.

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“Não vamos baixar a cabeça, vamos continuar fazendo o que sabemos que é produzir alimentos. O Brasil está dando a resposta, crescendo cerca de 40 milhões de toneladas na projeção dessa safra e pronto. Vamos tentar reverter na sessão da próxima semana”, “completa.

cálculos de Pátria Agronegócio mostram qual seria o peso da alíquota de 1,65% na venda de soja, milho e boi gordo em Goiás, dependendo da realidade de cada produtor e contabilizando preços médios próximos aos atuais para cada setor.

Olhar:

Tributação em GO - Soja

Tributação em GO - Milho

Tributação em GO - Boi
Mesas – Pátria Agronegócio

“É compreensível que o Governo repense as formas de arrecadação, mas onerar o principal setor do Estado não é só chutar a maior base de sustentação econômica de Goiás, como também encarecer a cesta básica. grandes produtores, que podem sofrer perdas entre 5% e 10% de seu lucro atual, mas para toda a população que sentirá profundamente a alta dos preços dos itens da cesta básica”, explica o advogado tributarista Leonardo Amaral, que concedeu entrevista ao Notícias Agrícolas na última terça-feira (15).

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Análise:

votado A FAVOR da agrotributação: Álvaro Guimarães (UB), Bruno Peixoto (UB), Dr. Antonio (UB), Rubens Marques (UB), Talles Barreto (UB), Tião Caroço (UB), Virmondes Cruvinel (UB), Amilton Filho ( MDB), Charles Bento (UB), Francisco Oliveira (MDB), Lucas Calil (MDB), Thiago Albernaz (MDB), Zé da Imperial (MDB), Cairo Salim (PSD), Max Menezes (PSD), Wilde Cambão (PSD ), Coronel Adailton (PRTB), Dr. Fernando Curado (PRTB), Julio Pina (PRTB), Jeferson Rodrigues (Republicanos), Rafael Gouveia (Republicanos) e Henrique César (PSC).

votado CONTRA tributação da agricultura: Presidente Lissauer Vieira (PSD), Antônio Gomide (PT), Delegada Adriana Accorsi (PT), Alysson Lima (PSB), Amauri Ribeiro (UB), Sérgio Bravo (PSB), Hélio de Sousa (PSDB), Major Araújo (PL), Zé Carapô (Pros), Claudio Meirelles (PL), Delegado Humberto Teófilo (Patriota) e Delegado Eduardo Prado (PL), Paulo Cezar Martins (PL), Chico KGL (UB), Paulo Trabalho (PL) e Gustavo Sebba (PSDB).



Fonte: Noticias Agricolas

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