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Embrapa realiza segundo módulo de capacitação de técnicos da Fetag/RS

O pesquisador José Pedro Trindade discutiu estratégias de manejo do campo nativo para a pecuária familiar. Foto: Fernando Goss

A Embrapa Pecuária Sul realizou mais uma etapa de capacitação de técnicos da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Rio Grande do Sul, nos dias 9 e 10 de outubro, na sede do centro de pesquisas, em Bagé (RS). Este foi o segundo módulo de capacitação do projeto de formação da Rede de Pecuária Familiar Agroecológica do Rio Grande do Sul, iniciativa que está sendo desenvolvida pela Embrapa e Fetag/RS. A capacitação contou com apoio do Senar/RS.

Este segundo módulo de formação foi dividido em partes teóricas e práticas. Na parte teórica, a pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul Élen Nalério apresentou a palestra “Influência dos sistemas de produção na qualidade da carne”, apresentando dados dee pesquisas sobre diversos fatores que influenciam diretamente na qualidade da carne. “Características como cor, sabor e aroma da carne variam de acordo com a forma como os animais são criados e acabados, ou seja, há uma diferença quando comparamos animais criados em sistema pastoril com aqueles criados em confinamento”, destacou Nalério.

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O pesquisador Leandro Volk abordou o tema “Fertilidade do sistema solo”, destacando questões relacionadas ao solo em campos nativos. Segundo Volk, o campo nativo possui um grande número de espécies vegetais diferentes e com isso também uma diversidade de sistemas radiculares, proporcionando qualidade ao solo e sua capacidade de oferecer serviços ecossistêmicos. O último tema discutido foi o melhoramento genético de bovinos de corte. O analista Álvaro Moraes Neto mostrou as principais linhas de pesquisa que a Embrapa desenvolve na criação animal e as estratégias para transferir essa genética superior para os pecuaristas familiares.

O dia 10 foi reservado para atividades práticas relacionadas ao campo nativo. Os pesquisadores José Pedro Trindade e Leandro Volk discutiram como o manejo do campo é uma importante ferramenta para o desenvolvimento da pecuária neste tipo de ambiente. Segundo Trindade, o produtor tem diferentes estratégias para melhorar o potencial nutricional dos campos para o gado, como o diferimento e o uso de roçadas. “O que propomos é que o produtor reconheça o campo nativo, no sentido de conhecê-lo novamente. Com isso ele tem a possibilidade de fazer um manejo que disponibilize uma oferta maior de plantas forrageiras que fazem parte do campo junto ao manejo”.

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Para o vice-chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Pecuária Sul, Marcos Borba, essa capacitação é mais uma etapa desse projeto que visa fortalecer a pecuária familiar no estado. “As áreas de maior preservação ambiental no estado, principalmente no bioma Pampa, são a pecuária familiar, principalmente nas lavouras nativas que são a base do seu sistema produtivo.” Segundo Borba, o projeto de formação de rede visa levar a pecuária familiar a outro patamar de produtividade, mantendo essa característica de aliar produção e preservação ambiental.

Rede

A formação da Rede Pecuária Familiar começou este ano como resultado de uma parceria entre a Embrapa Pecuária Sul e a Fetag/RS. Segundo Marcos Borba, inicialmente as ações vão se concentrar em cinco territórios: Região Central, Litoral Sul, Fronteira Sul e Alto Camaquã, Campos de Cima da Serra e Missões. Além de capacitar técnicos que atuam junto aos produtores, outra ação será a instalação de Unidades de Aprendizagem Coletiva (UAC) nas propriedades familiares. “Para este ano está prevista a instalação de UACs nos territórios do Alto Camaquã e Litoral Sul, mas a ideia é que no próximo ano sejam criadas também em outros territórios”. A instalação dessas UACs foi viabilizada com recursos provenientes de uma emenda parlamentar proposta pelo deputado federal Elvino Bohn Gass.

Fonte: Embrapa Pecuária Sul

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