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Dólar à vista tem leve alta com suporte do exterior, mas acumula queda na semana

    Dólar à vista tem leve alta com suporte do exterior, mas acumula queda na semana

    Por Fabricio de Castro

    SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista interrompeu nesta sexta-feira uma sequência de três quedas e encerrou o dia com ligeira valorização frente ao real, com a moeda norte-americana encontrando algum suporte no noticiário norte-americano, onde dados reforçaram as apostas de que o Federal Reserve poderá promover duas altas de juros até o final do ano.

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    O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,7954 reais na venda, alta de 0,12%. Na semana, porém, a moeda norte-americana acumula baixa de 1,43%. O contrato futuro de dólar para o primeiro mês caiu 0,02% a 4,8100 reais

    No início da sessão, o dólar à vista oscilou entre altas e mínimas em diferentes momentos, mas com margens muito estreitas. Na mínima da sessão, às 10h12, o dólar à vista era cotado a 4,7765 reais (-0,28%).

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    Após as 11h, com a divulgação do índice de confiança da Universidade de Michigan, o dólar encontrou sustentação mais firme. A leitura preliminar do índice geral de confiança chegou a 72,6 neste mês, o maior resultado desde setembro de 2021, ante 64,4 em junho. Economistas consultados pela Reuters previam uma leitura preliminar de 65,5.

    Os dados levantaram preocupações sobre o controle da inflação nos EUA e, com isso, sustentaram a ideia de que o Fed pode promover duas altas em sua taxa básica até o final do ano — e não uma alta, como sugeriam os índices de preços mais recentes.

    O resultado foi uma alta dos rendimentos do Tesouro e do dólar frente a várias moedas fortes ou de países emergentes. Nesse cenário, o dólar à vista atingiu a cotação máxima de 4,8160 reais (+0,55%) às 13h37.

    Durante a tarde, porém, a moeda à vista ficou mais próxima da estabilidade, enquanto o dólar futuro registrou ligeira queda, sem força para perdas maiores.

    Na B3, às 17h26 (horário de Brasília), o primeiro contrato futuro de dólar caía 0,02%, a R$ 4,8100.

    “Tivemos uma boa briga com o dólar a 4,79 reais ou 4,80 reais. Quando a moeda chega lá, as compras entram no mercado. Pode haver suporte técnico nessa região, assim como a curva de juros pegou um pouco de suporte e começou a puxar um pouco”, comentou Cleber Alessie Machado, gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM, citando o avanço das taxas DI (Depósitos Interfinanceiros ) esta sexta.

    No exterior, no final da tarde o dólar se manteve em alta frente às moedas fortes e teve movimentos mistos frente às moedas emergentes ou exportadoras de commodities.

    Às 17h26 (horário de Brasília), o índice dólar – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis moedas – subia 0,21%, para 99,982.

    Pela manhã, o BC vendeu todos os 16 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de setembro.


    **Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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