Diversificação como estratégia para sustentabilidade econômica é destaque em fazenda no médio-norte de MT

A fazenda Rio Verde do grupo Flora, em Sorriso (MT), possui um mosaico de círculos que formam a paisagem típica de campos irrigados com pivô central. A propriedade tem 6.940 hectares de áreas para cultivo e outros 1.500 hectares de reserva. A produção se destaca em soja, milho, algodão e, em áreas irrigadas, milho em caroço e feijão (geralmente como terceira safra).

O director agrícola e um dos herdeiros do grupo, Rodolfo Prante, conta que a família tem mais duas quintas com características muito semelhantes, onde se integram culturas e gado. Nas três propriedades, o foco é ter o máximo de resultados.

A diversificação como estratégia de sustentabilidade econômica é o tema da episódio 32 do MT Sustentável.

E para uma boa produção é preciso atenção ao maior bem, o solo.

Para produzir com eficiência, é preciso estar atento ao maior bem, o solo. O gerente da fazenda e agrônomo, Tiago Borges, explica que a rotação de culturas diminuiu muito os problemas e melhorou a produtividade das lavouras.

“Mantemos o equilíbrio abaixo do solo e conseguimos manter a vida abaixo do solo. De acordo com essa rotação, conseguimos ter os seres bons, na base da rizosfera, da biota do solo”, explica.

Parceria com fazenda de suínos

Por fazer divisa com uma granja de suínos, foi possível fazer uma parceria onde parte dos dejetos da granja, depois de tratados, vai para a granja como efluente, próprio para fertirrigação. Aproveitamento de resíduos de fertilizantes.

No caso da produção de sementes, a verticalização é um fator de destaque na Fazenda Rio Verde. “Hoje o grupo tem marca própria, de materiais convencionais de biotecnologia e temos o campo de produção e beneficiamento dentro da propriedade. Isso nos ajuda a colocar essa semente no mercado com um bom custo benefício”, aponta Prante.

Área irrigada com 12 pivôs

A quinta tem uma grande área de regadio. Ao todo são doze pivôs para abastecer o sistema. Para abastecer o sistema, há 30 anos, foram construídas duas pequenas barragens, uma de 130 hectares e outra de 45 hectares, aproveitando um córrego que passa pela fazenda.

Usina usa recursos do solo

O que chama a atenção nesse tipo de usina é o aproveitamento do terreno. Praticamente não há área alagada, apenas um fio d’água para movimentar as turbinas.

Patrícia Prante, irmã de Rodolfo e Diretora Administrativa e Financeira, destaca que a fazenda goiana conta com outras duas hidrelétricas. “Entendemos que os recursos naturais são nosso principal patrimônio. A água, o sol e quanto mais eficiente formos no uso desses recursos, mais longevidade nosso negócio terá”, finaliza.

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