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IMA realiza ações educativas para melhorar a qualidade da cachaça mineira

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Pela Estrada Real, tropeiros em lombo de mulas viajavam por vários dias de Paraty (RJ) a Diamantina (MG) transportando, dentro de barris, a cachaça que envelhecia naturalmente até atingir a cor amarela no Norte de Minas Gerais, onde os produtores realizavam a exploração de madeira de carvalho e independência negociada com a coroa portuguesa. Nesse rico contexto, entre tantas histórias, nasce o sabor único da iguaria que, algum tempo depois, torna-se patrimônio histórico e cultural do país e é vendida para mais de 70 países. Em 2022, as exportações brasileiras de cachaça atingiram o recorde de US$ 18,47 milhões, o maior valor dos últimos 12 anos, e 54,74% a mais que no ano passado, segundo o Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac).

Minas Gerais é o maior produtor de cachaça artesanal do país. O tradicional processo de elaboração da bebida em alambique é tombado como patrimônio cultural pela lei estadual nº 16.688, de 11 de janeiro de 2007.

Se a história endossa a importância econômica, cultural e social da cachaça, o consumidor vem aprendendo a apreciar a iguaria de diversas formas e entendendo a importância da regularização do processo produtivo. Ações de fiscalização e educação sanitária para produtores e comerciantes realizadas no estado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), autarquia vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), contribuem para a qualidade e legalidade da cachaça. Já são 1.778 marcas registradas em Minas Gerais, mil a mais que São Paulo, segundo no ranking. Salinas, no norte do estado, é considerado o município com mais estabelecimentos cadastrados, seguido por cidades como Alto Rio Doce, Córrego Fundo, Bonfim, Rio Espera, Divinnésia, Lamim e Perdões.

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A fiscalização no estabelecimento comercial ou no alambique busca garantir a oferta de bebidas de acordo com a legislação sobre bebidas. Para isso, também são realizadas análises para avaliar o cumprimento dos parâmetros estabelecidos para que a bebida seja comercializada dentro dos padrões oficiais de identidade e qualidade.

A regularização melhora a estrutura da produção e estimula o processo de melhoria contínua, que pode ampliar as vendas e conquistar novos mercados.

“Cachaça Mineira Legal e de Qualidade”

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A força e a representatividade da iguaria motivaram a criação do projeto “Cachaça Mineira Legal e de Qualidade”, uma iniciativa do IMA para manter a qualidade da bebida, considerando a expansão de mercados, melhoria da produção e segurança sanitária.

Segundo a fiscal adjunta do IMA, Tatiana Pinheiro, o projeto envolve toda a cadeia produtiva da cachaça pelos próximos cinco anos. “Pela importância econômica, social e histórica da cachaça em Minas Gerais, o IMA realiza ações para fortalecer a cadeia produtiva, estimulando o aumento do número de produtores regularizados. Desde 2020, realizamos operações de denúncia em conjunto com a Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (PCMG), verificando a falsificação do destilado devido ao uso de álcool combustível. O álcool combustível oferece riscos adicionais à saúde dos consumidores, pois envolve a fabricação de bebidas com substâncias impróprias, como metanol e compostos aromáticos, e representa um desafio para os órgãos reguladores, pois é difícil monitorá-los”, argumenta.

Entre os objetivos específicos do projeto, Tatiana Pinheiro destaca ações educativas estratégicas em regiões do estado, onde há grande número de estabelecimentos clandestinos. “Está previsto um planejamento estratégico nas centrais de comercialização, promovendo capacitação para produtores, técnicos e servidores responsáveis ​​pela fiscalização da cachaça e da cachaça, além de levantamento e análise comparativa dos estabelecimentos clandestinos em Minas Gerais”, acrescenta.

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O projeto “Cachaça Mineira Legal e de Qualidade” é realizado pelo IMA em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), e também atua em outras iniciativas com Receita Federal do Brasil (RFB); Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg); e PCMG.

“Cool merece um brinde!”

Em 2020, o IMA lançou a campanha “O cool merece um brinde! ”, com o objetivo de conscientizar a população sobre a clandestinidade e divulgar a importância do consumo de produtos seguros, de qualidade, registrados e em conformidade com a legislação. As ações dessa campanha foram por meio do “viral do bem” nas redes de relacionamento da instituição.

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Já em 2022, “legal merece um brinde!” teve uma segunda abordagem com comerciantes e funcionários. O foco foi orientar e orientar essa parte do setor que está mais próxima do consumidor. As ações tiveram o apoio da Seapa, Fiemg, Abrasel, trabalhando em conjunto com os proprietários de bares, restaurantes e mercados.



Fonte: Agro

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