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De pedras a Poderoso! Raça bovina transforma-se em “Optimus Prime”

    De puxador de pedras a ‘Optimus Prime’ das raças bovinas — CompreRural

    De puxador de pedras na região Sudeste da Índia ao espetáculo zootécnico que a raça Nelore se transformou no Brasil, conheça o ‘Optimus Prime’ das raças bovinas

    Na tradição Hindu, o deus Shiva peregrinou pelo planeta terra montado em um boi, que foi chamado de NANDI. O Boi Nandi tem todo um significado próprio além dessa tradição. Este boi era muito próximo do que hoje chamamos de raça Nelore no Brasil, e Ongole na Índia. Na maior parte dos torneios de puxar pedras, o troféu oferecido aos campeões, além do prêmio em dinheiro, é uma estátua deste animal mitológico e sagrado nas terras indianas.

    Ao analisar o estado da arte da raça Nelore no Brasil, observamos vários períodos de evolução e desenvolvimento incomuns, fruto de um casamento perfeito entre raça e ambiente. Desde os primeiros animais trazidos por Manoel Lemgruber em 1878, impressionado com a força e rusticidade dos animais, até as mais importantes importações de 1960 e 1962 que transformaram de vez a pecuária brasileira.

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    As histórias das importações dos animais da Índia já foram contadas inúmeras vezes. Entretanto um dos maiores entendedores de Nelore, o engenheiro Agrônomo Carlos Marino, resolveu contar em seu livro a história dos “Puxadores de Pedra” nunca foi contada no Brasil. Observe que a tração foi a primeira aptidão procurada por aqui. E muito do que o “Nelore do Brasil” é hoje, se deve a descendentes diretos ou indiretos dessa cultura maravilhosa que existe na Índia. Teremos oportunidade também de estudar o estado da arte desse esporte, que é sagrado e fantástico.


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    Desenvolvimento: Evolução da Raça Nelore no Brasil

    No Brasil, a raça Nelore passou por diferentes períodos de evolução e desenvolvimento, que foram impulsionados pela combinação única entre a raça e o ambiente local. Desde os primeiros animais trazidos por Manoel Lemgruber em 1878 até as importantes importações realizadas em 1960 e 1962, a pecuária brasileira foi transformada pela raça Nelore.

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    A história pouco conhecida dos ‘Puxadores de Pedra’

    Um aspecto pouco explorado da história da raça Nelore no Brasil é a influência dos ‘Puxadores de Pedra’, trazida à tona pelo engenheiro Agrônomo Carlos Marino em seu livro. A tração sempre foi uma característica central dos animais Nelore, e muitos dos atributos que a raça possui atualmente podem ser atribuídos à sua ligação com a cultura indiana e a prática de puxar pedras como aptidão original.

    Toneladas numa pedra arrastada por touros Nelore na Índia
    Toneladas numa pedra arrastada por touros Nelore na Índia

    A relação íntima entre a tradição indiana e a pecuária brasileira

    A origem genética da pecuária brasileira tem profundas raízes na Índia, onde a história dos touros ‘Puxadores de Pedra’ é enraizada. José Augusto da Silva Barros destaca a contribuição indiana para a pecuária do Brasil, e como os eventos dentro do zebu refletem diretamente nos rumos da atividade pecuária do país.

    O ‘Optimus Prime’ das raças bovinas

    Quando se trata de força, resistência e beleza, o touro Ongole se destaca como um verdadeiro ‘Optimus Prime’ das raças bovinas. Sua anatomia única e suas características físicas e mentais fazem dele um dos animais mais impressionantes da raça Nelore, impulsionando a pecuária e tornando o Brasil um dos maiores exportadores de carne bovina do mundo.

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    Imagem ilustrativa

    Ao longo do livro, Marino explora não apenas a origem e evolução do gado Zebu no Brasil, mas também destaca mais de 35 grandes campeões dos torneios, mostrando a importância dos touros Ongole na pecuária nacional e global.


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    Um novo olhar sobre a raça Nelore e sua importância

    Ao analisar a história e evolução da raça Nelore no Brasil, podemos compreender a importância da ligação com a Índia e a tradição do puxar pedras. Os touros Ongole, transformados em Nelore no Brasil, são uma verdadeira joia genética responsável por muitas das características marcantes da pecuária brasileira.

    União de culturas e campeões destacáveis

    O livro “Do Gado de Ongole ao Nelore do Brasil” apresenta uma abordagem única sobre esses animais. A origem indiana, as importações pioneiras e a seleção criteriosa resultaram em verdadeiros campeões, como Yellamaru, que trouxeram avanços significativos para a raça no país. Tradições ancestrais e a ligação com a modernidade zootécnica tornam o Nelore o “Optimus Prime” das raças bovinas.

    Carlos Marino, autor da obra, traz à tona a magia por trás da seleção desses animais, conectando passado e presente de forma única. A história dos puxadores de pedras se entrelaça com a evolução da pecuária brasileira, revelando a importância do Nelore em todo seu esplendor.

    Este legado genético está presente em cada bezerro, novilha e touro Nelore, refletindo a força, a resistência e a beleza que caracterizam essa raça emblemática. A história do Nelore é um retrato da evolução da pecuária nacional e sua consolidação como líder mundial na exportação de carne bovina.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

    O ‘Optimus Prime’ das Raças Bovinas: Do Puxador de Pedras na Índia ao Espetáculo no Brasil

    No mundo indiano, onde o deus Shiva sagrado peregrinou montado em um boi chamado NANDI, a raça Nelore se assemelha muito a esse animal mitológico. Com sua força e rusticidade, os Nelores se destacaram no Brasil desde suas primeiras importações trazidas por Manoel Lemgruber. Até se tornarem uma das principais raças bovinas do país nos dias atuais.

    1. Qual a origem da raça Nelore no Brasil?

    A raça Nelore foi introduzida no Brasil devido a importações iniciais realizadas por Manoel Lemgruber em 1878. Com o passar do tempo e mais importações, a raça Nelore se consolidou como a principal raça bovina do país.

    2. Como a raça Nelore se tornou tão importante na pecuária brasileira?

    A força, resistência e adaptabilidade dos animais Nelore, combinadas com um ambiente propício, contribuíram para o sucesso e popularidade da raça na pecuária brasileira. Além disso, as importações estratégicas feitas nas décadas de 1960 foram fundamentais para seu crescimento.

    3. Qual a relação dos touros Nelore com o esporte de puxar pedras?

    A tradição de puxar pedras por touros Nelore tem raízes profundas na Índia e foi mantida viva no Brasil. A habilidade dos touros Nelore em puxar toneladas de peso reflete sua força e características únicas, tornando-os verdadeiros campeões nessa prática.

    4. Por que o touro Ongole é tão importante para puxar pedras?

    O touro Ongole é considerado o ‘Optimus Prime’ das raças bovinas devido à sua anatomia robusta, mentalidade forte e capacidade de puxar pesos extremamente pesados. Sua genética e características o tornam único e essencial para a prática de puxar pedras.

    5. Quem é Carlos Alberto Marino Filho e qual sua contribuição para a pecuária brasileira?

    Carlos Alberto Marino Filho é um renomado engenheiro Agrônomo especializado em Zootecnia, com mais de 20 anos de experiência na assessoria pecuária. Sua atuação como jurado e criador de gado Nelore contribuiu significativamente para o desenvolvimento e sucesso dessa raça no Brasil.

    Descubra mais sobre a fascinante história e evolução da raça Nelore, do encantador de pedras na Índia ao espetáculo zootécnico no Brasil, no livro “Do ‘Gado de Ongole’ ao ‘Nelore do Brasil’ – Edição ‘Puxadores de Pedra’, escrito por Carlos Alberto Marino Filho. Uma leitura obrigatória para os apaixonados por pecuária e admiradores do ‘Optimus Prime’ das raças bovinas.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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    De puxador de pedras na região Sudeste da Índia ao espetáculo zootécnico que a raça Nelore se transformou no Brasil, conheça o ‘Optimus Prime’ das raças bovinas

    Na tradição Hindu, o deus Shiva peregrinou pelo planeta terra montado em um boi, que foi chamado de NANDI. O Boi Nandi tem todo um significado próprio além dessa tradição. Este boi era muito próximo do que hoje chamamos de raça Nelore no Brasil, e Ongole na Índia. Na maior parte dos torneios de puxar pedras, o troféu oferecido aos campeões, além do prêmio em dinheiro, é uma estátua deste animal mitológico e sagrado nas terras indianas.

    Ao analisar o estado da arte da raça Nelore no Brasil, observamos vários períodos de evolução e desenvolvimento incomuns, fruto de um casamento perfeito entre raça e ambiente. Desde os primeiros animais trazidos por Manoel Lemgruber em 1878, impressionado com a força e rusticidade dos animais, até as mais importantes importações de 1960 e 1962 que transformou de vez a pecuária brasileira.

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    Nelore ADIR - -Tank e da Neblina
    Nelore ADIR / Foto: Olívia Carvalho

    “Esse trabalho nos mostra uma convergência entre as muitas informações trazidas através de uma conversa honesta, ponderada e acima de tudo, real da nossa pecuária, e é entrelaçada e confundida com a história do zebu em nosso país, não seria errado dizer que os acontecimentos dentro do zebu, são os acontecimentos dentro da própria pecuária. E sabemos que a origem genética de nossa pecuária é indiana. Praticamente todo recurso genético que correm nas veias de vacas, novilhas, garrotes e bezerros são de origem Indiana” – disse o jurado de raças zebuínas, José Augusto da Silva Barros, no prefácio do livro.

    Toneladas numa pedra arrastada por touros Nelore na ÍndiaToneladas numa pedra arrastada por touros Nelore na Índia
    Toneladas numa pedra arrastada por touros Nelore na Índia

    “Para ilustrar o cenário das corridas, em resumo: as duplas corredoras percorriam 20 minutos e aquelas que percorressem áreas maiores dentro desse tempo, eram consagradas como as vencedoras. Vejo que as corridas poderiam ser equiparadas aos grandes estádios de futebol brasileiros, cercadas de multidões, vibrações e muita emoção – e, inclusive, feitas com incentivo do governo pós colheita, mais um fator que provava o potencial do Ongole para essa finalidade” – disse o criador Angelo Mário Tibery, titular do Sindi OT.

    Palavras de quem vive os torneios de perto

    Marino conversou com o indiano nascido no berço do Ongole, Tejeswara Reddy Konduru, estudante em Hyderabad, Andhra Pradesh, Índia. O estudante relata que os “touros puxadores de pedra” são touros que são capazes de puxar toneladas de peso com grande força de vontade, este “puxar de pedra” tem uma história de mais de 150 anos.

    “Gradualmente este tornou-se um esporte importante em Andhra Pradesh, famoso pelo poder e força, antigamente as pessoas consideravam os donos de touros muito especiais porque eles eram donos deste icônico touro Ongole, onde não é “colher de chá” para mantê-los, consideramos que estamos tendo um tigre em nossa casa” – revelou Tejeswara.

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    Imagem Ilustrativa

    Touro Ongole para puxar pedra, por que não outra raça?

    Como todos nós dissemos e sabemos muito bem sobre a anatomia e forte mentalidade do Nelore, podemos até imaginar outra raça que pode puxar uma pedra de 3 toneladas em seu pescoço? Com certeza não! Tudo é possível com a poderosa raça Ongole, a beleza toda vem do cupim que parece uma montanha, da barbela que parece uma límpida lâmina d’água de um rio, e dos olhos que matam qualquer poder adversário. E o que podemos dizer sobre o Ongole: o “Optimus Prime” de todas as raças bovinas” – exaltou o estudante indiano.

    E por conta de toda essa fantástica história, a tradição e as origens do tipo destes fantásticos touros puxadores de pedras, é que o Brasil é hoje o maior exportador de carne bovina do mundo.

    Ao longo das páginas do livro, Marino conta, de forma resumida, a origem do gado Zebu, a relação dos britânicos com as raças indianas, as características e aptidões do Ongole e de forma bastante criteriosa fala sobre mais de 35 grandes campeões dos torneiros.

    “Tradicionalmente, e cada vez mais, alguns locais de Andhra Pradesh possuem maior tradição nesse tipo de seleção, com animais mais fortes e bem voltados ao tipo que se busca. Mas, e quem são os pais e mães dessas máquinas puxadoras de pedra? São as vacas mais leiteiras, que desmamam bezerros mais fortes, e os “AMBOTHU”. Este é o termo no dialeto telugu para os “Brahmini bulls” – cita Marino no livro.

    Touro Nelore Indiano - YELLAMARUTouro Nelore Indiano - YELLAMARU
    YELLAMARU

    Um campeão de dois mundos – Yellamaru, um dos grandes campeões dos torneiros é relacionado no livro. O touro foi campeão nos torneios da Índia e teve sua genética importada para no Brasil, através do projeto JOP, foi fortemente consistente na produção no país, por várias gerações.

    Até hoje, dessa última importação, este sem dúvida é o touro de maior contribuição. Participante do torneio de Mahanandi, vencedor em vários outros torneios, YELLAMARU era muito apreciado pelos indianos e se comprovou excepcional reprodutor nos dois países. Registrado pela ABCZ como LEI 15. Detalhe da perfeita caracterização de YELLAMARU, uma das importantes características que transmitiu aos seus filhos aqui no Brasil.” – conta Marino no livro.

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    Foto: Olivia Carvalho

    Sobre o autor do livro

    Carlos Alberto Marino Filho é o autor do livro Do “Gado de Ongole” ao “Nelore do Brasil” – Edição “Puxadores de Pedra”, engenheiro Agrônomo de formação pela ESALQ/ USP em 2007, possui especialização em Zootecnia e atua há mais de 20 anos com assessoria pecuária.

    Marino desde muito jovem sempre esteve envolvido no mundo da pecuária, sua história com o Nelore, começa com seu avô materno. Manoel Esteves Rubinho, imigrante espanhol, chegou ao Brasil na década de 20, e na vida adulta, junto com seus 3 irmãos, começou a história da família na pecuária brasileira.

    Até o presente momento, atuou como jurado em 78 exposições agropecuárias, realizando 86 julgamentos das raças Nelore (também das variedades mocha e pelagens), Brahman, Gir dupla aptidão, Guzerá e Tabapuã, num total de 19 mil animais julgados (18.500 da raça Nelore).

    O assessor de pecuária também realizou visitas técnicas de seleção e acasalamentos em mais de 500 fazendas em todas as regiões do Brasil. Há mais de 10 anos, atua como titular da marca 3Y, na seleção de Nelore, tendo essa marca mais de 50 anos de existência e sendo ele a terceira geração de pecuaristas da família.

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