Pular para o conteúdo

Danos contínuos prejudicam renda e alimentação, revela estudo

    dano continuado afeta renda e alimentação, aponta estudo – Portal G37

    Estudo aponta danos contínuos para população afetada pelo rompimento da barragem

    Uma pesquisa realizada em 15 municípios mineiros revelou que a população ainda sofre os impactos do rompimento da barragem da Samarco, que aconteceu há oito anos. A falta de peixes e a baixa produção agrícola são indícios de um dano persistente, que continua afetando a renda e alimentação dos atingidos. A desvalorização dos patrimônios no mercado imobiliário também foi destacada pelos entrevistados. Além disso, um grande número de pessoas não teve acesso a nenhum programa de reparação e a maioria considera que são necessárias mais medidas para garantir trabalho, renda e saúde. O estudo foi conduzido pela Associação Estadual de Defesa Ambiental (Aedas) e ouviu quase 2.000 pessoas pertencentes a aproximadamente 600 famílias.

    Tragédia ocorrida há oito anos ainda apresenta consequências para a população afetada

    O rompimento da barragem da Samarco em 2015 causou uma tragédia que afetou diversos municípios em Minas Gerais e no Espírito Santo. Dezenove pessoas perderam suas vidas e muitas comunidades foram impactadas. Em 2016, um acordo foi firmado entre o governo federal, os governos de Minas Gerais e Espírito Santo, a Samarco e suas acionistas para reparar os danos causados. A Fundação Renova foi criada para gerir mais de 40 programas de reparação, custeados pelas mineradoras. Entretanto, após oito anos, muitas pessoas estão insatisfeitas com o processo reparatório e diversas ações judiciais foram iniciadas.

    O estudo conduzido pela Aedas, chamado de Registro Familiar, teve como objetivo investigar os efeitos do rompimento da barragem oito anos depois. Foram observados danos como a diminuição da qualidade da água do Rio Doce, que impactou negativamente a pesca e a agricultura da região. Os resultados mostram que a maioria dos entrevistados teve aumento nas despesas pessoais e familiares após a tragédia, principalmente com alimentação. Além disso, o estudo abordou a perspectiva de gênero, revelando que as atividades e tarefas realizadas pelas mulheres aumentaram significativamente.

    Patrocinadores

    Apesar do investimento milionário da Fundação Renova em programas de reparação e compensação, muitos entrevistados afirmaram não ter recebido o auxílio emergencial e não terem sido consultados sobre medidas de reparação relacionadas a emprego e renda. A insatisfação e as dificuldades enfrentadas pelos atingidos persistem, indicando a necessidade de um novo acordo capaz de solucionar o grande passivo judicial.

    Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?
    Sumário:

    Patrocinadores

    1. Pesquisa foi realizada em 15 municípios mineiros
    2. Trajetória e impactos do rompimento da barragem da Samarco
    3. Insatisfação e acumulação de ações judiciais no processo reparatório
    4. Efeitos do rompimento da barragem na qualidade da água do Rio Doce
    5. Aumento das despesas pessoais e familiares dos atingidos
    6. Perspectiva de gênero: aumento das atividades e tarefas realizadas por mulheres
    7. Participação e alcance das medidas reparatórias
    8. Investimentos destinados às ações de reparação e compensação pela Fundação Renova
    9. Depoimentos dos atingidos: perdas econômicas e emocionais
    10. Relatório sobre a contaminação no Rio Doce e posição da Fundação Renova

    Pesquisa foi realizada em 15 municípios mineiros

    Um estudo realizado em 15 municípios mineiros aponta que a população ainda sofre os efeitos do rompimento da barragem da mineradora Samarco, ocorrido há exatos oitos anos. A falta de peixes e a baixa produção agrícola são indicadas como evidências de que há um dano continuado, que persiste limitando a renda e a alimentação dos atingidos.ebc

    A desvalorização definitiva de patrimônios no mercado imobiliário foi citada por 56,31% dos atingidos ouvidos. Além disso, mais de um terço disseram que não tiveram acesso a nenhum programa de reparação e mais de 80% consideram que ainda são necessárias medidas para garantia de trabalho, geração de renda e promoção da saúde.

    O estudo foi conduzido pela Associação Estadual de Defesa Ambiental (Aedas), entidade escolhida pelos próprios atingidos dessas 15 cidades para prestar assessoria técnica. Foram ouvidas 1.873 pessoas, pertencentes a aproximadamente 600 núcleos familiares. A Agência Brasil teve acesso aos resultados preliminares.

    A tragédia ocorreu em 5 de novembro de 2015, quando a barragem da Samarco, localizada em Mariana, se rompeu e liberou uma avalanche de rejeitos que escoou pela Bacia do Rio Doce. Dezenove pessoas morreram, e populações de dezenas de município mineiros e capixabas foram impactadas.

    Ninguém foi preso. Para reparar os danos causados na tragédia, um acordo foi firmado em 2016 entre o governo federal, os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, a Samarco e suas acionistas Vale e BHP Billiton. Por meio dele, foi criada a Fundação Renova, entidade responsável pela gestão de mais de 40 programas. Todas as medidas previstas devem ser custeadas pelas três mineradoras. Mas, passados oito anos, o processo reparatório é marcado pela insatisfação, e acumulam-se milhares de ações judiciais. Desde o ano passado, estão em curso tratativas para um novo acordo capaz de solucionar o enorme passivo judicial, mas ainda não houve nenhum consenso entre as partes.

    Batizado de Registro Familiar, o estudo conduzido pela Aedas teve como objetivo elucidar os efeitos e as percepções dos atingidos após oito anos do rompimento da barragem. Os dados foram coletados entre os meses de junho e setembro com moradores de Belo Oriente, Naque, Ipaba, Ipatinga, Periquito, Bugre, Iapu, Santana do Paraíso, Fernandes Tourinho, Sobrália, Caratinga, Conselheiro Pena, Resplendor, Itueta e Aimorés.

    Brasília (DF) 05/11/2023 – Caso Samarco: dano continuado afeta renda e alimentação, aponta estudo
Foto: AEDAS/DIVULGAÇÃO
    Estudo ouviu atingidos pelo rompimento da barragem sobre suas percepções após oito anos do episódio – Aedas/Divulgação

    De acordo com o levantamento, a má qualidade da água do Rio Doce está intimamente ligada aos danos citados pelos atingidos. Aqueles que tinham a pesca como fonte de renda e de alimento afirmam que não conseguem mais peixes como antes do rompimento da barragem. Além disso, produtores rurais que dependem do Rio Doce para irrigação lamentam que as plantações se tornaram menos resistentes e produtivas.

    Os resultados do estudo mostram que 91,94% dos entrevistados afirmaram que as despesas pessoais ou familiares aumentaram após o rompimento da barragem, sendo que para 84,89% houve alta nos gastos com alimentação. A Aedas sustenta que os dados obtidos são indícios de que os danos trazidos pelo rompimento da barragem têm relação direta com o quadro de perda de renda e de insegurança alimentar ainda encontrado nos territórios.

    “Observamos que 91% das pessoas que foram atingidas pelo rompimento da barragem exerciam algum tipo de atividade de subsistência relacionado ao Rio Doce. Essas pessoas utilizavam a água do Rio para descendentação animal ou para cultivo das suas hortas e dos seus quintais. Hoje elas não têm mais a mesma condição que tinham de prover sua subsistência”, diz a coordenadora institucional da Aedas, Franciele Vasconcelos.

    Brasília (DF) 05/11/2023 –  8 ANOS DA TRAGÉDIA DE MARIANA
Foto: AEDAS/DIVULGAÇÃO
    Mapa mostra cidades alcançadas pelo estudo Registro Familiar – Aedas/Divulgação

    O estudo também buscou compreender os danos sob uma perspectiva de gênero. Para 75,11% dos entrevistados, houve aumento das atividades ou das tarefas realizadas por mulheres. Para Franciele, as mulheres não têm sido consideradas como sujeitas autônomas.

    “Muitas eram donas de casa, mães e também pescadoras, e também agricultoras. Mas as políticas de reparação reconhecem o homem como pescador e a mulher como dependente, e não como pescadora ou agricultora. Elas ficam em desvantagem em relação a essas ações de reparação”, afirma.

    A coordenadora da Aedas avalia que, historicamente, as mulheres cumprem jornadas duplas ou triplas. “Elas estão fora de casa plantando, pescando, colhendo e cuidando dos animais. E essas mesmas mulheres, em casa, estão cuidando dos afazeres domésticos, cuidando das crianças, provendo o lar. Com o rompimento da barragem, são elas que vão, por exemplo, buscar água longe para poder fazer a alimentação. São elas que vão limpar a casa três ou quatro vezes por dia em função dos rejeitos que adentram. São elas que vão cuidar das pessoas que adoeceram em função do rompimento. Sem dúvida, elas são duplamente prejudicadas: por serem atingidas e por serem mulheres.”

    O estudo realizado pela Aedas busca observar ainda o alcance de medidas reparatórias e o grau de participação no processo de construção dessas medidas. De acordo com o levantamento 75% dos entrevistados afirmam não ter recebido o auxílio emergencial. Além disso, os resultados registram que 97,65% dos núcleos familiares afirmam não ter sido consultados de maneira prévia, livre e informada sobre medidas de reparação que envolvam emprego e renda.

    Em nota, a Fundação Renova, afirma que, até agosto de 2023, foram destinados R$ 32,66 bilhões às ações de reparação e compensação. “Desse valor, R$ 13,17 bilhões foram para o pagamento de indenizações e R$ 2,55 bilhões em auxílios financeiros emergenciais, totalizando R$ 15,72 bilhões para 431,2 mil pessoas”, sustenta a entidade.

    A nota também cita projetos sociais como o Edital Doce, voltado para o fomento de iniciativas culturais, esportivas e de lazer, e o Fortalecimento de Organizações Locais, que beneficia organizações do terceiro setor com foco no desenvolvimento comunitário da região.

    Depoimentos

    Para marcar os oitos anos da tragédia, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) lançou a campanha Revida Mariana, divulgando histórias pessoais relacionadas com a tragédia. Alguns dos relatos divulgados corroboram dados levantados pela Aedas.

    “Estamos cercados por água e perdemos gado com sede. Não tem o que beber. Perdemos 36 cabeças de vaca leiteira. Perdemos pasto, perdemos cerca e o potencial produtivo. A terra hoje não produz mais o que produzia. A nossa atividade econômica foi pro espaço. Tem gente que sofre. Tem amor ao terreno, ao lugar, à história do terreno. Isso aqui foi a base pra gente. Meu pai adquiriu isso aqui de forma difícil e isso foi roubado da gente”, diz o produtor rural Delon Viana, acrescentando que precisou fazer investimentos após a tragédia e enfrentou dificuldades financeiras.

    Há também relatos de pescadores que lamentam a falta de peixes. O depoimento do também produtor rural Marino D’ângelo vai na mesma direção.

    “Eu deixei de ser Marino e virei um atingido. Vou carregar isso pro resto da minha vida. Eu e minha família tínhamos decidido ir embora da região por isso. Tínhamos perdido a autonomia, a identidade. A gente passa a se sentir inútil. Tudo que o você fez na vida a lama levou”.

    O MAB também tem chamado atenção para o 4º Relatório Anual do Programa de Monitoramento da Biodiversidade Aquática, publicado em agosto pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). O documento apresenta uma análise atualizada do nível de contaminação no Rio Doce, na porção capixaba. Foram listados 295 impactos, a maioria deles classificados com relação direta ou indireta com o rompimento da barragem.

    O monitoramento foi realizado pelos pesquisadores da UFES com independência e foi financiado pela Fundação Renova como parte dos compromissos assumidos dentro do processo reparatório. Para a Fundação Renova, os resultados devem ser interpretados com cautela e devem ser posteriormente integrados a outros estudos para um melhor conhecimento da situação.

    De acordo com nota da entidade, os achados não indicam uma inequívoca associação causal com a tragédia. “É importante destacar que, mesmo havendo indícios de rejeitos da Barragem de Fundão nos ambientes estudados, os elementos constituintes desse material são os mesmos encontrados nos sedimentos naturais da bacia do Rio Doce, existindo similaridade geoquímica e mineralógica comprovadas nos diversos estudos pré e pós-rompimento. Por isso, é pouco provável que apresentem qualquer risco ecológico”, registra o texto.

    A Fundação Renova diz ainda que o monitoramento hídrico da Bacia do Rio Doce demonstra que a qualidade da água retornou aos parâmetros similares aos anteriores ao rompimento da barragem. “Ações integradas de restauração florestal, recuperação de nascentes e saneamento estão acontecendo ao longo da bacia e visam à melhoria da qualidade da água”, acrescenta.

    Um estudo recente realizado em 15 municípios mineiros revelou que a população ainda está enfrentando as consequências devastadoras do rompimento da barragem da Samarco, ocorrido há oito anos. Os danos contínuos, como a escassez de peixes e a baixa produção agrícola, têm impactado negativamente a renda e a alimentação das pessoas afetadas. Além disso, a desvalorização dos imóveis no mercado imobiliário foi citada por mais da metade dos entrevistados como um dos principais impactos do desastre.

    De acordo com o estudo conduzido pela Associação Estadual de Defesa Ambiental (Aedas), que contou com a participação de 1.873 pessoas de aproximadamente 600 famílias, mais de um terço dos entrevistados afirmaram não ter tido acesso a nenhum programa de reparação e mais de 80% acreditam que ainda são necessárias medidas para garantir trabalho, renda e saúde para a população atingida.

    A tragédia ocorreu em 5 de novembro de 2015, quando a barragem da Samarco, localizada em Mariana, rompeu-se, resultando em uma grande quantidade de rejeitos que contaminaram a Bacia do Rio Doce. Além das 19 vítimas fatais, diversas cidades em Minas Gerais e no Espírito Santo foram afetadas. No entanto, até o momento, ninguém foi responsabilizado pelo ocorrido.

    Para reparar os danos causados pelo desastre, foi firmado um acordo em 2016 entre o governo federal, os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, a Samarco e suas acionistas, Vale e BHP Billiton. Esse acordo deu origem à Fundação Renova, responsável pela gestão de mais de 40 programas de reparação. Todas as ações previstas devem ser financiadas pelas três empresas mineradoras.

    Entretanto, passados oito anos, o processo de reparação ainda é marcado pela insatisfação, e milhares de ações judiciais continuam pendentes. Tratativas para um novo acordo estão em andamento desde o ano passado, mas ainda não houve consenso entre as partes envolvidas.

    O estudo conduzido pela Aedas, denominado Registro Familiar, teve como objetivo compreender os efeitos e as percepções dos atingidos pelo rompimento da barragem após oito anos. Segundo o levantamento, a qualidade da água do Rio Doce está diretamente relacionada aos danos citados pelos entrevistados. A falta de peixes afetou diretamente aqueles que dependiam da pesca como fonte de renda e alimentação. Além disso, os agricultores que utilizavam a água do rio para irrigação relataram uma redução na produtividade e resistência das plantações.

    Os resultados do estudo também revelaram um aumento significativo das despesas pessoais e familiares após o rompimento da barragem. A maioria dos entrevistados afirmou que os gastos com alimentação aumentaram consideravelmente. Esses dados indicam que os danos causados pelo desastre têm impactado diretamente a renda e a segurança alimentar das famílias afetadas.

    A questão de gênero também foi abordada no estudo realizado pela Aedas. Segundo os resultados, houve um aumento significativo das atividades e tarefas realizadas pelas mulheres após o desastre. No entanto, as políticas de reparação não reconhecem as mulheres como sujeitas autônomas, deixando-as em desvantagem em relação às ações de reparação. As mulheres afetadas pelo desastre cumprem duplas ou até triplas jornadas de trabalho, enfrentando dificuldades adicionais para suprir as necessidades de suas famílias.

    Além das dificuldades enfrentadas pelos atingidos, o estudo também analisou o alcance das medidas reparatórias e o grau de participação dos afetados no processo de construção dessas medidas. De acordo com os dados levantados, a maioria dos entrevistados afirmou não ter recebido o auxílio emergencial e não ter sido consultada de maneira prévia sobre medidas de reparação relacionadas a emprego e renda.

    A Fundação Renova, em nota oficial, afirma que até agosto de 2023 foram destinados aproximadamente R$ 32,66 bilhões para ações de reparação e compensação. No entanto, muitas pessoas afetadas afirmam não terem recebido as indenizações e auxílios financeiros prometidos. A insatisfação com o processo reparatório tem levado a um aumento significativo no número de ações judiciais contra as empresas responsáveis.

    Em relação à qualidade da água do Rio Doce, a Fundação Renova afirma que os parâmetros atuais estão similares aos anteriores ao rompimento da barragem. No entanto, pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) divulgaram um relatório que aponta a contaminação do rio e seus impactos na biodiversidade aquática. A Fundação Renova argumenta que os resultados devem ser interpretados com cautela e integrados a outros estudos para uma avaliação mais precisa.

    Diante desse cenário, é evidente que o rompimento da barragem da Samarco continua afetando de forma significativa a vida das pessoas atingidas. Os danos causados persistem, limitando a renda, a segurança alimentar e a qualidade de vida dessas comunidades. É fundamental que medidas efetivas sejam adotadas pelas empresas responsáveis e pelo poder público para reparar os danos causados e garantir que essas populações sejam devidamente amparadas e compensadas pelos impactos sofridos. Só assim será possível oferecer um futuro digno e melhor para essas pessoas e para as regiões afetadas pelo desastre.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

    Pesquisa foi realizada em 15 municípios mineiros

    Um estudo conduzido pela Associação Estadual de Defesa Ambiental (Aedas) em 15 municípios mineiros revelou que a população continua sofrendo os efeitos do rompimento da barragem da mineradora Samarco, que ocorreu há oito anos. A falta de peixes e a baixa produção agrícola são evidências dessa continuidade de danos, que afeta a renda e a alimentação dos atingidos. Além disso, a desvalorização de patrimônios no mercado imobiliário também foi citada pelos entrevistados. A pesquisa ouviu 1.873 pessoas pertencentes a aproximadamente 600 núcleos familiares.

    As conclusões do estudo apontam que a qualidade da água do Rio Doce está diretamente ligada aos danos relatados pelos atingidos. Os entrevistados que se sustentavam pela pesca afirmam não conseguir mais peixes como antes do rompimento da barragem. Produtores rurais que dependem do Rio Doce para irrigação também lamentam a diminuição da resistência e produtividade de suas plantações.

    Além disso, o estudo abordou o impacto de gênero na situação dos atingidos. Aumento das atividades realizadas pelas mulheres após o rompimento da barragem foi relatado por 75,11% dos entrevistados. A falta de reconhecimento das mulheres como sujeitos autônomos nas políticas de reparação foi destacada pela coordenadora institucional da Aedas, Franciele Vasconcelos.

    O estudo também revelou que a maioria dos entrevistados não recebeu auxílio emergencial e não foi consultada de maneira prévia, livre e informada sobre as medidas de reparação relacionadas a emprego e renda.

    Após a tragédia, um acordo foi firmado entre os governos federal, de Minas Gerais e do Espírito Santo, a Samarco e suas acionistas para reparar os danos causados. A Fundação Renova foi criada para gerir mais de 40 programas de reparação, que devem ser custeados pelas três mineradoras envolvidas. No entanto, o processo reparatório tem sido marcado por insatisfação e milhares de ações judiciais. Um novo acordo está em negociação para solucionar esse passivo judicial.

    Pesquisa revela impactos contínuos do rompimento da barragem da Samarco em 15 municípios mineiros

    1. Quais foram os principais danos relatados pelos atingidos do rompimento da barragem da Samarco em 15 municípios mineiros?
    2. Como a qualidade da água do Rio Doce está relacionada aos danos citados pelos atingidos?
    3. Qual é a situação das mulheres atingidas em relação às políticas de reparação?
    4. Quantos entrevistados afirmaram não ter recebido o auxílio emergencial?
    5. Como está sendo conduzido o processo reparatório após o rompimento da barragem da Samarco?

    Verifique a Fonte Aqui