Nos últimos meses, o mercado de boi gordo tem observado uma tendência de estabilidade e até pequenas quedas nos valores de comercialização. Esse movimento tem gerado impactos significativos tanto para o mercado em geral quanto para os pecuaristas. Para entender melhor essa situação, o chefe do setor pecuário da Agrifatto Consultoria, Yago Travaginicompartilhou sua análise sobre o assunto.
Sobre o primeiro semestre de 2023, Travagini destacou que a suspensão momentânea das exportações para a China teve um impacto significativo nas vendas. A China é um dos principais compradores de carne bovina do Brasil, e a interrupção temporária desse fluxo repercutiu no mercado de bovinos de corte.
Outro fator que contribuiu para o atual movimento de estabilidade e pequenas quedas de preços é a queda nos custos de produção. A redução desses custos contribuiu para um equilíbrio entre oferta e demanda, influenciando diretamente nos valores de comercialização do boi gordo.
Questionado sobre a situação atual do poder de compra dos pecuaristas, Travagini destacou que, apesar da estabilidade de preços, os custos de produção ainda são desafiadores para o setor. Os produtores enfrentam dificuldades para manter suas margens de lucro, pois os gastos com insumos e rações ainda são elevados.
Em relação às perspectivas para o segundo tempo, Yago Travagini expressou otimismo. Ele acredita que o mercado pode ter um aumento no consumo interno e nas exportações, já que o primeiro semestre foi marcado pela queda nos embarques de carne bovina. Essa retomada nas vendas, tanto no mercado interno quanto no externo, pode elevar os preços e trazer melhores resultados para os pecuaristas.
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**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**